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-Sadie-

Acabamos de deixar o Noah na casa dos meus pais e estamos quase chegando na casa. Eu e Millie estamos conversando sobre coisas aleatórias enquanto eu dirijo, eu dei um carro para ela mas ele nem sai da garagem, quem dirige sempre sou eu só porque ela não quer ficar cansada, minha noiva é muito engraçada.

Chegamos no terreno e tomamos um susto, a casa já estava praticamente pronta, só faltava o piso, pintura, mas já estava quase pronta.

Desliguei o carro e Millie desceu, indo de encontro à Mari que estava nos esperando. Saí do carro também e fui até elas. Acabamos por escolher uma rua hem calma, assim podemos nos concentrar na criação do Noah e na nossa vida de casadas. Claro que quando a família crescer vamos arrumar uma casa nova, mas teremos essa como lembrança do nosso primeiro lar, nosso.

-oi, Mari! -cumprimentei ela sorrindo.

-Oi, meninas, como vai? -nos cumprimentou com dois beijos. -animadas para escolher os ajustes da casa? -pegou seu iPad enquanto sorria.

-estamos muito. -Millie falou. -na verdade eu estou mais, é que a Sadie é chata... -fingiu sussurrar a última parte.

-ei! -entrei na brincadeira. -eu estou ouvindo!

-desculpe, amor... -fez beicinho e me deu um selinho.

-conheci uma menina na semana passada, ficamos fofas juntas. -comentou animada.

-que legal, Mari, fico muito feliz por vocês. -falei.

-devem ser muito fofas mesmo, depois temos que marcar um encontro de casal! -Millie disse.

-sim, vou falar com ela, ela vai adorar, precisa ver como ela é linda... -sorriu e pude até ver estrelas em seus olhos.

-imagino que ela seja mesmo. -disse inocente, já recebendo um tapa da minha morena favorita.

-Sadie! -me olhou com raiva.

-eu falei normal, amor! -tentei me explicar mas cara de raiva que ela estava quase não deixava.

-que vontade de socar a sua cara, sua ridícula! -fechou a mão e encostou no meu rosto, o empurrando.

-não pode me bater porque eu nem falei nesse sentido! -tentei me defender segurando ela.

-eu posso fazer o que eu quiser! -eu juro que pude ver ela até tremer de raiva.

-vocês são muito engraçadas. -Mari falou em meio a uma gargalhada.

-vamos logo olhar essas coisas antes que essa cachorra fale mais alguma coisa. -bufou me olhando de canto de olho. -vem, amiga.

-eu não sou cachorra! Eu só falei por estar feliz pela minha amiga! -fui atrás delas tentando me explicar.

-de graças a Deus por eu não te deixar trancada no carro! -falou firme e continuou andando na minha frente, eu juro que se não fosse pela Mari que estava aqui eu ia dar uma lição nela agora mesmo.

[...]

-então temos essas opções que vão combinar bastante com a casa, em questões de claridade e conforto. -entregou um livrinho cheio de miniaturas de pisos, acho que tinha umas cem páginas, ma acabamos escolhendo um de mármore, que ela falou alguma coisa lá, eu só sei que é branco. -e a bancada não vou nem mostrar muitas opções, acho que uma pedra branca ficaria incrível. -ela falou e concordamos.

-certo. E aquele pedido que fizemos para o nosso quarto, já ficou pronto? -não precisei especificar muito, acho que ela já entendeu.

-o quarto de... -limpou a garganta. -que é no closet?

-sim. -Millie falou segurando o riso.

-aí gente, desculpa, eu não tô julgando vocês é que eu não quero deixar vocês com vergonha. -se explicou. -eu já pratiquei essas coisas se isso for ajudar a não me entenderem mal.

-tá tudo bem. -ela falou e rimos. -mas já ficou pronto?

-sim, falta só colocar as coisas de vocês mas já está pintado, com o piso maravilhoso e muito sexy que vocês escolheram. -falou enquanto subia as escadas indo até o quarto. -escondemos a porta como me pediram, essa tem até uma tranca com uma chave que vou entregar a vocês fora da chave da casa. -abriu a porta.

-ficou bastante escondido mesmo. -falei surpreendida.

-foi o meu assistente que deu a ideia. -falou. -o piso ficou perfeito, eles entregaram os armários como queriam, de vidro, imbutido na parede, uma parede quase inteira de armários, fui na vidraçaria e encomendei com queriam, demorou bastante para ficar pronto. -bos mostrou os armários. -os suportes chegam na semana que vem, vamos instalar aquele teto gradeado que pediram no canto, a janela imensa colocamos também, e tem uma película de privacidade, o pessoal da rua não vê o que acontece aqui dentro. -foi dando os detalhes, como pedimos e eu fui prestando bastante atenção, quem mais vai usar isso aqui sou eu. -alguns dos abjetos já chegam no mês que vem, aquela cruz, a cama imensa que pediram, e mais alguns móveis.

-esta ficando perfeito. -Millie falou.

-vamos conversar sobre os lustres, vocês querem algo mais moderno ou cristais, uma coisa clássica? -é como sempre ela veio com seu livro de modelos de coisas.

Acabamos por escolher uns dez diferentes por conta do ambiente, tinha o quarto do Noah e o quarto de criança que colocamos para caso tenhamos mais filhos no futuro, nosso quarto, as salas, tudo precisou de um diferente.

Depois fomos embora, minha mãe já ligava falando que o Noah queria a mãe dele, no caso Millie. Então fomos logo buscar ele e fomos para casa.

Já eram cinco da tarde quando chegamos e Cleo estava preparando o jantar, depois daquele incidente com o marido dela, ela passou uns quatro meses afastada, até para cuidar dos filhos dela. Só sei que ela não voltou com ele até hoje.

-sobe com a mãe, para tomar banho. -falei com Noah assim que entramos em casa. -ele tem que fazer as atividades da escola, amor. -comuniquei. -pode fazer com ele antes do jantar?

-claro, linda. -quando veio pegar ele que estava do meu lado, me roubou um beijo.

-vou tomar um banho. -observei seu olhar quando se afastou, me prometendo mil coisas sem ao menos dizer nada. -vai lá filho. -ele segurou na mão dela e eles subiram as escadas enquanto brincavam.

-Senhora Sadie? -Cleonice me chamou da cozinha.

-sim? -fui até lá.

-eu poderia tirar folga amanhã? É que a minha filha tá precisando fazer alguns exames...

-claro que pode. -falei.

-obrigada, é que essa menina só sabe me dar trabalho, agora ela arrumou uma barriga, como se não tivesse trabalho demais, as vezes eu queria que todos eles fossem igual a vocês. -falou sinceramente enquanto terminava a sobremesa.

-como assim?

-não me entenda mal, é que vocês não podem engravidar se não quiserem, e não precisam dar trabalho.

-ah, sim. -ri. -é que eu não tinha entendido. -ela assentiu. -quantos anos a sua filha tem? -Cleonice é jovem, tem vinte e oito anos já tem como ela ter uma filha com idade o suficiente para engravidar?

-ela vai fazer quatorze. -respondeu. -tive ela com quatorze, fui meio que obrigada a casar, por causa da minha pobreza, meu pai faleceu e eu não tinha onde morar.

-que pesadelo... -eu não sabia o que falar agora, mas também quem manda ser curiosa?

Amores de SillieOnde histórias criam vida. Descubra agora