Quatro meses depois.
-Sadie-
-olha só, mamãe, você parece com a mamãe Millie. -o Noah disse enquanto passávamos pelo jardim.
-por que? -perguntei interessada.
-porque vocês duas ficam rindo de mim. -falou bravo.
-filho! -gargalhei. -não é isso, é que você é um fofo. -ele cruzou os braços. -esta irritado? -perguntei enquanto me abaixava, ficando do seu tamanho.
-sim. -falou com a carinha de bravo.
-o que fazemos quando o Noah está irritado? -perguntei.
-o Noah e a mamãe conta até dez e da um abraço apertado. -falou ainda com sua representação de raiva.
-vamos contar então? -perguntei calma.
-um. -começou sério.
-um. -repeti.
-dois. -falamos ao mesmo tempo.
-três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez. -contamos juntos e suspiramos no final.
-agora relaxa... -falei com uma voz suave.
-tá, agora o abraço. -ele levantou um pouco os braços e eu o abracei, bem apertado.
-prontinho, melhor? -continuei o encarando, porém ele olhava para o meu colar, já é de costume mesmo.
-sim. -respondeu.
-então vamos voltar a olhar as flores! -o convidei animada.
-sim mamãe. -segurou minha mão.
Fos passeando pelo jardim repleto de flores, agora. Eu mesma plantei todas essas flores, suculentas e plantas, está muito lindo, ciudo todos os dias do meu jardim. O dia está lindo hoje, trouxe o noah para se distrair um pouco, já que agora Millie está na reta final da gravidez. Oito meses e meio... da pra acreditar?
O médico recomendou repouso total para ela, ele quer manter eles na barriga até completar os nove meses, mais precisamente, daqui a duas semanas.
Estamos muito ansiosas, descobrimos que são meninos no sexto mês, desde lá viemos decorando e nós preparando para eles, claro que teve o maravilhoso chá revelação. Minha mãe não deixou não ter.
Dentre todos nós, ela é a mais ansiosa, vem aqui todo fim de semana, brigar comigo, mimar millie e passar o dia inteiro com o noah. Ele já está enjoado, tadinho.
Eu estou de licença, maternidade agora, dispensei todos os co.promissos que tinha. Quero me concentrar em cuidar da minha família agora. Logo seremos cinco, Eu, Minha Esposa, e meus três meninos lindos, estou tão ansiosa.
-o que acha de entrarmos para tomar um suco? -perguntei quando terminamos de olhar todas.
-o Noah quer o suco da tia Cleo! -disse animado.
-então vamos! -o apressei.
Entramos em casa já encontrando a millie reclamando na cozinha e a Cleonice fazendo suco de abacaxi. O único que a gravidinha consegue beber agora, se for outro ela vomita.
-o que está acontecendo, vida? -perguntei enquanto deixava meu celular em cima da mesa.
-eu estou com dor! -gritou comigo.
-calma, vida. A médica disse que é normal, vamos fazer o que ela mandou? -sugeri com cautela, falar com qualquer nível de normalidade ela surta dizendo que sou ignorante.
-porra... -reclamou, eu entendi como um "sim" então comecei a massagear o quadril dela, como a médica que acompanha ela, que eu não me lembro como se chama, só sei que é Ana, mandou. -não me toca! -gritou grossa.
-tudo bem. -a soltei e me afastei. -que tal tomar um banho quente? -sugeri novamente.
-eu quero remédio. -falou, ainda com a ignorância dela.
-mas não pode tomar remédio para isso, sabe que não pode.
-que inferno! -rosnou.
-calma, vida. Vamos subir um pouco, você me explica como é a dor e vejo como posso ajudar.
-tá. -respondeu e esticou a mão para que eu ajudasse ela.
(A barriga da Millie tá assim, só que com bastante estrias)-pronto. -ajustei ela na cama.
-não! -gemeu. -assim dói, me ajuda a levantar.
-claro. -segurei seus braços, a ajudando.
-meus pés doem... -choramingou.
-quer uma massagem? -ela ficou me encarando.
-uma massagem seria bom. -concordou.
Peguei o óleo de massagem e a bola dela, me sentei na bola e coloquei seus pés no meu colo. Comecei uma massagem gostosa enquanto ela parecia se aliviar da dor de estava sentindo.
Os pés dela viraram dois pães bem fofinhos, de tão inchados. Acredito que seja pelo peso da barriga, já que ela mal se move sozinha, e está sempre com dor.
-melhorou? -perguntei uma do já tinha acabado.
-sim... -falou mais calma.
-pode me explicar como estava se sentindo? -perguntei calma.
-eu estava com aquelas cólicas fortes, e meus pés estavam doendo também. -contou. -mas agora já estou um pouco melhor.
-acha que é melhor tirar o dia de repouso? -perguntei.
-não sei... -falou entediada. -eu quero sair, mas tudo está doendo, eu estou pesada. -lamentou.
-tá tudo bem, vida. É normal sentir desconfortos, você quer que eu chame a Mary e a Clara? -sugeri.
-seria bom nome conversar com Mary. -concordou.
-vou ligar para ela, elas estão doidas para vir mesmo, acredito que nem demorem para chegar. -ri.
-tudo bem, pode me trazer uma fatia daquele bolo de chocolate e algumas uvas? -pediu.
-claro, linda.
-te amo! -demos um selinho.
-tambem te amo, chatinha.
-só não te mato porque preciso daquele bolo. -debochou.
-me ama menos vai. -zoei.
-se lasca, Sadie. -estalou a língua.
Desci para telefonar para as madrinhas dos meninos. Antes que minha esposa surte dentro daquele quarto.