-Millie-
Chegamos na frente da casa dela, é toda branca, enorme, dois andares, e no térreo é uma área de lazer, muito bem feita, com uma piscina imensa, umas mesas de ferro brancas e tem um jardim no canto.
Além disso notei um cachorro, um Golden, acredito que já adulto, ele era enorme. Na hora que nós aproximamos dele, fiquei com medo, o cachorro se atirou na minha direção.
Minha única reação foi pular no colo da Sadie, e a agarrar firme na esperança de que o cachorro não a alcançasse.
-esta com medo dele? -perguntou confusa, mas, me agarrou de volta, segurando abaixo da minha bunda. Eu assenti apavorada. -ele é dócil, não se preocupe. -senti afagar meus cabelos.
-entra, por favor. -pedi com a voz embargada, pronta para chorar.
-ele tem que entrar também, amor. -falou carinhosa. -ele não vai te morder. -encarei ela.
-tem certeza? -ela secou a lágrima insistente que caiu doa meus olhos.
-eu não vou deixar, prometo. -me colocou no chão devagar. -olha só, ele quer te cheirar, não fica nervosa. -o cachorro veio para perto de mim, eu tensionei, cravando minhas unhas no braço dela. -calma... -fez um som estranho. -fica quietinho Simba, essa menina muito linda, eu sei que ela é perfeita, mas ela tem medo de você... -se abaixou na altura do cachorro. -vai com calma com ela tá bom? -fez carinho nele. -olha só. -segurou ele pela coleira e colocou ele próximo a mim, ele começou a me cheirar.
-Deus... -gruni serrando os punhos ao lado das pernas.
-faz um carinho na cabeça dele. -pediu.
-tá brincando? -falei num fio de viz sem ter coragem nem para me mover.
-assim ele vai te considerar da família, vai te tratar como dona e te obedecer. -eu estiquei a mão devagar. -isso, agora toca nele. -encostei a ponta dos dedos e passei duas vezes.
-pronto. -tirei a mão com pressa. -vamos entrar agora? -ela se levantou.
-claro, ele não vai ficar em cima de você, com certeza vai brigar com os brinquedos dele, não se preocupe. -repousou a mão calorosa nas minhas costas, me conduzindo para entrar na casa.
E como imaginei aqui dentro é incrível. Os móveis todos de couro, branco, as janelas imensas e brancas, o pé direito é altíssimo. As paredes são decoradas com quadros muito caros, tudo aqui tem um ar sofisticado, cheio de decoração, mas ao mesmo tempo é bem amplo e limpo, quase não parece ter muitas coisas, pois o espaço é grande.
-gostou? -sussurrou no meu ouvido, me fazendo arrepiar de susto.
-é bem bonito, você mora aqui sozinha? -olhei ela de lado.
-sim, ela ficou pronta há meses, só agora que pude me mudar de vez. -olhou o ambiente. -quer comer alguma coisa? -sugeriu. -ou podemos beber algo, se quiser.
-vinho. -ela assentiu.
-olha só, ela bebe! -fez som de falsa surpresa. -quem será a má influência que fez isso com a minha pequena menina? -fingiu desapontamento.
-idiota. -ri. -vai logo. -ela assentiu, levantando as mãos em forma de rendição.
-to indo, me espera aqui. -deu as costas indo até alguma parte da casa que ajuda não cheguei a ver.
Ela parece que vai demorar, então decido dá uma olhada pelas coisas dela, uma coisa que notei agora, há muitos quadros aqui, em cima da lareira de mármore, branco. Há fotos de duas crianças, e depois de uma família, e as fotos se resumiam a isso.
-são fotos de infância. -falou as minhas costas, me viro, depois de ter me assustado e ela me oferece a taça com um sorrisinho casual nos lábio. -essa daqui sou eu e minha irmã, Jacey. -apontou para o quadro.
-você era muito fofinha. -ri bobamente, e depois me recriminei por isso. -seu cachorro está aqui! -falei agoniada.
-ele não vai te fazer nada, não é Simba? -senti um plástico encostar na minha perna. -pega o brinquedinho na boca dele. -apontou.
-tá brincando?! -gemi em aflição e seus olhos desceram para a minha boca, fitando meus lábios, envergonhada, passei a língua entre eles e percebi seus olhos ficarem mais intensos. -olha só! -me abaixei a contragosto e peguei o brinquedo, depois o joguei longe, vendo o animal correndo atrás dele.
Quando volto a encarar Sadie ela está pensativa, terminando de tomar o vinho, e colocando a taça sobre a mesa de canto do sofá.
-quer ver o resto da casa? -passou as mais pelos cabelos, só então, percebi o quão linfa ela está hoje, usando uma camisa Polo azul claro, e uma calça jeans, de lavagem clara, no pé está com tênis branco. -tem uma coisa que quero te mostrar. -assentiu terminando de tomar o vinho.
-pronto. -coloquei a taça no mesmo lugar da dela.
-venha. -estendeu a mão para mim e por instinto segurei, ela foi me puxando para cima, subindo as escadas e dando de cara com o corredor com algumas portas, tudo branco também. -esse aqui é o quarto de visitas. -abriu uma porta. -esse é para uma criança, tipo a filha ou filho da visita.
Era bem bonito, decorado com coisas simples, e brancas, e também tinha tons suaves de azul. Abriu a próxima porta entrando num quarto de casal, bem organizado, esse tinha mais tons de zul.
-esse é o quarto para visitas e tem o outro, que é igual so que tem um banheiro, e tem o meu quarto, que vamos ver agora. -saímos do cômodo indo até a última porta do corredor, quando ela a abriu me surpreendi, era incrível, os lençóis em diferentes tons de azul, um sofá azul escuro, formando ima pequena salinha, um banheiro incrível, e um closet bem maior que o meu.
-Sadie, seu quarto é incrível! -falei abismada. -você gosta de azul?
-é, acho que sim. -deu um risinho. -venha, deixa eu te mostrar. -me puxou para uma gaveta dentro do closet. -eu comprei para você. -tirou de lá uma caixinha azul, com um lacinho.
-poxa, não precisava... -peguei e ela riu.
-eu quis te dar de presente, achei parecia muito com seu gosto. -modeu o lábio. -abre! -sorriu. Desfiz o lacinho com cuidado e abri a caixinha, dentro tinha um colar de borboleta, com a pedrinha roxa, um par de brincos do mesmo enfeite e uma pulseira cheia de borboletas iguais. -são de ouro, e essa pedrinha roxa o nome é ametista, foi o vendedor que me disse.
-Sadie...-balbucio emocionada. -são incríveis! Obrigada. -lhe dei um abraço longo e caloroso. -mas não precisava.
-fico feliz que tenha gostado, muito feliz mesmo. -sorriu largo. -vira de costas, deixa eu colocar em você... -eu entreguei a ela e me virei. -vai ficar tão lindo... -passou o cordão pelo meu pescoço e eu segurei o cabelo no alto. Com delicadeza, ela fechou e me admirou pelo espelho, eu conseguia ver nitidamente seu olhar amoroso em cima de mim. -deixa eu colocar a pulseira. -me virei de frente. Ela passou a correntinha ao redor do meu pulso e fechou com delicadeza em seguida se inclinando e beijando minha mão sutilmente.
-que cavalheira... -ri sem graça e senti meu rosto corar violentamente.
-para você, sempre. -deu um beijo na minha testa e me encarou antes de dizer. -você é linda, amor. -juntou nossas bocas, iniciando um beijo igual o de ontem, só que com mais pressa, mais caloroso.