-Millie-Ontem Sadie me deixou em casa e eu entrei pela janela, claro, já passava das quatro da manhã, alguém poderia acordar, deitei na minha cama só para esperar minha me sair de casa.
[...]
Hoje é Domingo, não tem aula, mas tem a tal festa que a Sadie me disse, eu não queria ir, até porque minha mãe não vai deixar, e também porque não vou ficar só com ela lá, com certeza a Isabella não vai querer ficar conversando comigo, ela sempre arruma os namorados idiotas dela e depois de ontem acho difícil ela querer falar comigo.
Mas ela não é a dona do mundo, eu posso fazer outras amizades, eu sou uma pessoa legal, não é Isabella quem dita isso. Ela nem é uma boa amiga. Não me apoia em nada, e até ter que mentir eu tenho, qual a graça.
-Millie, querida, o almoço está pronto. -Cleonice me chamou. -quer que eu coloque seu prato? -me levantei do sofá, desligando a televisão logo em seguida, e me dirigi até a cozinha.
-sim, obrigado. -ela foi colocar e eu me sentei na cadeira.
Ela terminou de colocar e disse que iria limpar o quarto dos meus pais, eu assenti e comecei a comer, amo a comida dela, tem um sabor de comida de mãe, coisa que eu não me lembro de ter experimentado.
Enquanto estou saboreando minha comida, a porta é aberta com ignorância, me virei para olhar quem era e meu pai entra furioso. Cruzou uma linha reta em minha direção, passando até por cima de uma almofada que deixei cair no chão.
Me assusto quando para à minha frente, com o peito subindo e descendo. Percebi que tem alguma coisa a ver comigo o que ele veio dizer, dei um passo para trás quebrando a proximidade, ele me fuzilava com o olhar.
-que história é essa de que você anda com menina? -esbravejou.
-amiga? -debochei, não deixando transparecer meu nervosismo.
-nao foi isso que a câmera que tem no seu closet me disse. -arregalei os olhos.
-você colocou uma câmera onde me visto? -gritei, desacreditada.
-não te observo, pensei que estava trazendo homens para cá, seria maravilhoso se fosse, mas não, você trás mulher, o que é isso agora? -empurrou meu prato oara cair no chão. -me responda!
-licença, me afastei, você acabou de derrubar a comida que eu paguei, juntamente com o prato, inclusive está pisando no meu chão, então não te devo satisfação de nada que acontece dentro da minha, casa. -falei sem me alterar. -portanto, saia dela agora e não volte mais, seu corno. -ele estava assustado.
-oque é isso filha? -seu tom amansou. -ta jogando na minha cara, depois de eu ter feito isso maior trabalho, te colocar no mundo. -chantageou.
-não. -meu tom era firme. -você não tinha intenção nenhuma, saia da minha casa. -mandei. -depois mando suas coisas, agora saia, e comunique sua traidora, de que não quero ela aqui também. -ele arregalou os olhos.
-do que está falando?
-do amante que ela traz aqui toda vez que você sai com os amigos, otario, não sabe o que consigo escutar do meu quarto, é nojento. Não aguento mais ela aqui, sai. -mandei pela última vez e ele saiu.
Bufando e rosnando para tudo, até chegar na porta, saiu e me olhando com raiva, a bateu forte. Ótimo mais uma coisa que não posso esquecer, agora tenho que trocar a fechadura.
-o que aconteceu aqui, querida? -desceu as escadas com pressa. -oque é isso? -se abaixou catando os cacos de vidro no chão.
-agora você é a minha contratada, e a casa é só minha, não deixe meus pais entrar em hipótese alguma. -ela assentiu. -não fazem mais parte da minha vida.
