-Millie-Levanto e decido descer para ver o que está acontecendo lá embaixo, então tive a brilhante odeia de pegar o maior salto de pole que tenho e o derrubar delicadamente no segundo degrau, então apenas o calcei, depois os tirei, usando os dedos do pé o derrubei no próximo degrau, fazendo assim até chegar na sala de casa.
-Millie! -sadie- brigou assim que me viu.
-eu não forcei.
-entao como desceu? -interrogou.
-vou lhe mostrar. -subi nos saltos e depois no primeiro degrau.
-continuou forçando.
-para de colocar defeito, eu estou ótima. -a encarei sério.
-so estou preocupada, não entendo pra que essa necessidade de se virar sendo que tô aqui pra te ajudar... -começou com os dramas.
-nao se importe amor, você já está fazendo o suficiente. -lhe dei um selinho.
-mesmo assim, Millie, você pode acabar sofrendo algum mal com isso. A doula foi bem clara.
-pare de preocupação, agora quero ver meus meninos, e também aquele delicioso brigadeiro seu.
-tudo bem, vou fazer. -riu. -so não tira o Miguel do castigo.
-o que? Ele está de castigo? -perguntei sem entender.
-ele fez malcriação e me chamou de chata, depois me bateu e me chutou, até mordidas ele me deu, olhe isso aqui... -mostrou as mãos marcadas.
-e o que você fez? -perguntei.
-tentei parar ele, segurando mas não teve jeito então me descontrolei um pouquinho. -disse baixo.
-voce bateu nele? -ela assentiu. -Sadie! Nós praticamos educação respeitosa, não pode ter agressão! -briguei com ela.
-mas ele não me ouvia, vida, o que queria que eu fizesse?
-ignorasse ele ou demonstrasse tristeza! - respondi óbvia.
-eu tentei de tudo.
-onde ele está? -perguntei.
-no quarto de visitas, não va buscar ele, ele estar errado e você vai tirar a minha autoridade.
-eu sei disso. -respirei fundo. -quanto tempo dura o castigo?
-ate ele se desculpar. -respondeu pegando os ingredientes para fazer o doce.
-tudo bem, já foi verificar?
-sim, ele só me gritou e me xingou novamente.
-sinto muito, amor. -fui até ela e a abracei.
A Sadie é sensível com essas coisas, eu sinto bastante culpa por os meninos fazerem esse tipo de coisa com ela, comigo que sou mais forte eles não fazem, parecem até que sente que nasceram de mim, acho que ela também fica ressentida com isso.
Acontece que a Sadie não quer engravidarela não tem esse desejo para ela, e eu sinto que ela acaba de culpando pelos meninos preferirem a mim e serem desrespeitosos com ela.
Mas vamos trabalhar nisso para poder conseguir a igualdade, não gosto de a ver triste.
-me desculpe, amor. -a apertei mais.
-nao é sua culpa.
-sim, é sim. -fiz um cafuné nela, tentando a consolar.
-por que eles não gostam de mim? -perguntou entre soluços.
-eles te amam, eles só não são tão inteligentes ainda para enxergar o quão maravilhosa você é, minha princesa. -segurei suas bochechas.
Ela chorava descompassada e eu me sentia culpada por aquilo, também me sentia triste por o amor da minha vida estar sofrendo com uma coisa que eu mesma gerei.
-vamos tomar um sorvete e depois você vai conversar com ele e resolver isso da maneira certa?
-uhum... -concordou.
-vai indo, eu levo. -falei do sorvete.
[...]
Já faz uns minutos que Sadie está com o amiguel lá dentro, e posso dizer que lá dentro está muito silencioso.
Tive que chamá-la para pegar as meninas no quarto. Já que não posso subir e subir com a minha técnica iria ser muito trabalhoso.
Quando abri levemente a porta vi os dos se abraçando e ali parecia que eles tinham criado um vínculo lindo e enorme, fiquei muito emocionada.
Desisti de ligar para essa escada e subi, o máximo que pode acontecer é nada, já retirei os pontos mesmo, estou ótima.
Peguei a heloísa a mais esfomeada, essa menina é uma fofa, linda, sorridente, e se parece com a Sadie, tem o cabelo ruivo acobreado e os olhos azuis escuros. Algumas sardas e a pele quase igual a de Sadie.
Fizemos um novo tratamento, eu amei, assim ela pode ter alguém mais parecida com ela já que não tem a possibilidade de ter um vivendo dentro dela.
Amamentei primeiro a Helô a Helena consegue esperar. Também foi bem rápido e elas já estavam deitadas no carrinho, soltando suas gases.