-Sadie-
-já estou indo, amor! -Millie gritou do andar de cima.
-certo, estou esperando no carro! -gritei de volta. -vamos filho? -me virei para Noah que estava ansioso me puxando.
-sim, sim! -continuou me puxando e dessa vez eu fui atrás dele. -oah quer ver a tia Maria mamãe.
-oah não, amorzinho. -fiz ele parar para me escutar. -voce é o Noah. -corrigi, ele já tinha parado com isso de falar o final da coisas.
-Noah. -falou encarando a logo da minha camisa. -qual o nome desse bichinho? -perguntou passando a mão.
-esse é o jacaré, ele faz assim... -imitei o som do animal.
-ele é muito fofo, mamãe, Noah quer um desse. -continuou me puxando.
-a gente vê depois. -tapeei, ele vão esquecer logo, e não tem como eu comprar um jacaré de verdade.
Fui com ele até o carro e coloquei ele no banco que ele sempre senta, se eu colocar o Noah em um banco diferente ou ele chegar aqui e achar algo fora do lugar ele vai ter uma crise.
Ele já estava brincando vom os brinquedinho de montar que ele sempre deixa ali no mesmo lugar e eu me sentei no meu lugar. Enquanto minha noiva enrolada não vinha logo eu aproveitei para falar com o gringo.
Ele estava agoniado todos esses dias por que o marido dele não quer tirar férias em Paris. Acontece que meu amigo, simplesmente ama viagens e passeios, tudo que envolva sair de casa, só que seu marido não gosta, ele é mais do trabalho e casa.
Estávamos conversando da nossa maneira calma, em língua de sinais, o bom disso é que até se você estiver em um ambiente cheio pode conversar. Quando ela apareceu começou a conversar também, passei o celular para ela e dei partida no carro, eu tinha que ir logo se não o Noah iria se atrasar.
Chegamos lá rápido até, moro bem próximo ao centro da cidade, onde tem as clínicas e o comercio. Estacionei o carro no prédio da clínica que ele tem as sessões com a Maria, fonoaudióloga.
Desci do carro e Millie também, ela ainda estava falando com o gringo, naquela conversa que já estava durando uma hora de relógio. Agora o assunto parece estar sendo divertido, ela ri enquanto respo de algo a ele, não consegui prestar atenção, estava tirando o Noah da cadeirinha.
-vamos logo, mamãe! -puxou a barra da minha bermuda, querendo que eu fosse de qualquer jeito, deixando até o carro sem trancar.
-espera um pouquinho, filho. -passei a mão em sua cabeça e fechei o carro. -segura na mão da mamãe. -estiquei para ele minha mão, ele logo a pegou.
-vamos, vamos! -saiu me puxando.
-vem, amor. -segurei na mão de Millie e a puxei junto.
-Oi, Noah! -falou assim que passamos pela porta de vidro imensa. -animado para brincar comigo hoje? -abriu os braços para ele que foi correndo e a agarrou, confesso que sinto até ciúmes disso. -olá mamães, bom dia! -falou assim que pegou ele no colo.
-bom dia! -falamos ao mesmo tempo.
-vou levar ele, certo? -assenti. -se quiserem podem observar lá da porta, só não deixem ele te ver. -falou baixo para ele não ouvir.
-certo. -sorri e ela foi com ele até a sala.
-aí, amor... -passou os braços por cima do meu ombro e me puxou para um beijo.
-vamo sentar ali... -falei e fomos.
-temos que ir visitar a obra hoje, amor. -falou pegando o celular dentro da bolsa. -a Mari já mandou mensagem perguntando se nós vamos, tem que escolher a cor do piso e das bancadas e olhar alguma coisa lá. -me mostrou o celular com a mensagem da designer.
-vamos levar o Noah na casa dos meus pais por conta do barulho da obra e vamos lá olhar, mas temos que voltar cedo, sabe que ele não gosta de ficar longe de nós. -a encarei.
-não vai demorar, eu estava pensando em levar ele no parque hoje de noite, faz tempo que não levamos. -falou guardando o celular.
-acho que vai dar tempo, mas seria bom deixar para o sábado que ele não vai ter aula mo outro dia e vamos estar de folga. -sugeri.
-tem razão. -arrumou meu cabelo. -não gosto quando você prende ele, é muito lindo para ficar preso. -puxou meu rabo de cavalo, provocando.
-isso dói, amor! -reclamei.
-mais tarde você não vai falar isso... -maliciou.
-mais tarde não vou falar porque quem vai é você. -apertei suas bochechas.
-para amor, já faz dois meses que você não deixa eu ser ativa! -reclamou.
-que peninha. -ela me olhou torto.
-te odeio.
-não, você me ama. -ri.
-chata! -estalou a língua. -o que você vai fazer durante a semana?
-tenho uma entrevista na quarta e o resto da semana inteira em casa, fazendo compras e levando o Noah nas terapias.
-eu trabalho quase a semana inteira, tenho uma viagem de um dia na quinta e tenho que resolver algumas coisas da Florence e fazer algumas parcerias.
Ficamos conversando sobre nossos compromissos da semana e aproveitando o tempo livre que tínhamos para falar qualquer coisa, até o Noah acabar.
