Meu Imperfeito Amor - Tom Kaulitz

Melhor amiga de Tom.

- Eu tenho aula amanhã Bill, preciso dormir cedo - digo ao Kaulitz mais novo que está implorando para que eu durma aqui no terraço com eles. Eles querem fazer uma última brincadeira, quem dorme primeiro tem a cara desenhada.

Ficaremos aqui só mais essa semana. Tokio Hotel fará seu último show amanhã, nessa região da Alemanha, e irá para outro lugar. Então, terei só esse período de tempo para ir à escola. Depois terei que estudar online ou contratar um professor particular, só dor de cabeça.

- Ainda é 22:30. Fica acordada só para fazermos a última brincadeira. Peço para nosso motorista levar você amanhã cedinho à escola. Por favor - Bill me lança o seu melhor olhar de súplica.

- Ok, ficarei só porque te amo. Mas se eu dormir primeiro não venham desenhar uma rola em mim - olho para todos principalmente para Tom, que já está com uma caneta na mão.

- Relaxa gatinha - Tom me olha com ar inocente - não farei nada.

É 23:00 quando sinto sono. Meus olhos estão fechando lentamente. Não aguento mais, terei que dormir se não quiser parecer um zumbi amanhã na escola. Olho para os meninos e vejo que estão no mesmo barco que eu. Tom parece estar dormindo. Graças a Deus poderei dormir sem ter a cara riscada.

Sinalizo aos meninos para que vejam
Tom dormindo. Eles me dão uma caneta e começo meu trabalho. Chego perto de Tom. Quando estou para tocar a caneta em seu rosto, ele abre os olhos. Dou um grito e ele pula em cima de mim me fazendo cócegas.

- GUERRA DE CÓCEGAS - grita ele.

Todos os meninos entram na brincadeira também. Bill com Gui, Georg com Gustav e eu com Tom. Tom está por cima de mim me fazendo rir até sair lágrimas dos meus olhos. Me esforço para tirá-lo de cima de mim. Fico por cima dele. Minha vez de brincar. Faço cócegas em sua axila fazendo-o implorar pra parar. Ele mal consegue falar de tanto rir. Tom é mais forte que eu e segura meus braços. Rolamos até ele ficar por cima de mim novamente.
O Kaulitz esta ofegante, recuperando o fôlego. Olho para seus lábios e vejo seu piercing mexer. Ele gosta de me provocar. Sei que fiquei vermelha quando o vejo sorrir. Mordo os lábios revidando sua provocação. Ele olha fixamente para minha boca e se aproxima. O empurro assim que chega perto de mais. Eu quero muito beijá-lo, mas não quero ser só um objeto que pode ser descartável. Tom me olha ofendido por eu ter o empurrado e rio da cara dele. Georg puxa seus dreads e os dois começam a se fazer cócegas. Deito vendo-os brincar e acabo dormindo.

Acordo com Bill me chacoalhando dizendo que está na hora de ir. Ele vê minha cara e começa a rir.
Ah não.
Vou correndo ao banheiro e vejo algo escrito em meu maxilar. "Melhor amiga do Tom". Esfrego mas não sai. O culpado daquilo ainda está dormindo. Pego uma caneta e escrevo em sua bochecha "Sou uma putinha". Bill ri e balança a cabeça em aprovação. Paço um álcool em gel e consigo tirar o que está escrito em mim.
Pego as minhas coisas e vou à escola.

Algo está muito estranho. Todos estão me olhando. Passo pelo corredor da escola e vejo várias pessoas cochichando. Paro uma menina que me olha por trás dos livros.

- Por favor. Poderia me dizer porque todos estão me olhando?

- Veja por si mesma - responde ela me entregando seu celular.

Vejo uma foto minha e de Tom naquele dia do shopping. Não no provador é claro, ainda bem. Mas de quando estávamos andando e eu estava tentando pegar a câmera dele.
Ele está me olhando intensamente nessa foto. Minhas bochechas ardem ao ver a manchete da notícia "Tom e suposta ex-namora estão voltando a se falar" suposta ex-namorada? Arrasto para baixo e vejo a foto do dia da festa, em que eu estava brigando com ele.
Devolvo o celular para a menina e ignoro essa notícia. Deve ser difícil para os meninos saírem e as pessoas ficarem especulando coisas, sobre a vida particular deles.

Algumas meninas me param quando acaba a aula.

- Você por acaso namora o Tom? - pergunta uma loira emburrada.

- Não. Sou assistente do produtor musical deles então só trabal...

- De onde você acha que tem liberdade para tocá-lo? - uma das meninas me interrompe.

- O que? - pergunto sem entender o motivo da revolta.

- O Tom Kaulitz é meu garota. Se eu ver você tocando nele novamente eu te mato - a garota loira sai me empurrando e suas amigas me olham com nojo.

Então lembro dela. Aquele dia no mercadinho, a menina do cartaz, a que queria mostra os peitos para o guitarrista. Essas fãs obcecadas por eles me dão medo, mas ignoro o que acabou de acontecer também. Eu nunca namoraria o Tom, não ele sendo um mulherengo desses.

Chego em casa e vejo um carro preto na frente do meu jardim. Olho sem entender e Gustav abre o vidro sinalizando para que eu me aproxime. Meu irmão está lá dentro juntos com os garotos.

- Se arruma gatinha - me diz Tom abrindo a porta - vamos te levar para um show nosso.

- O que? Vocês sabem que não gosto de lugares cheios.

- Não se preocupa, vocês ficarão na área VIP em um canto afastado das outras pessoas - Georg diz apontando para mim e meu irmão - bem pertinho da gente.

Nem me pediram se eu queria, me obrigaram. Entro em casa e me arrumo.
Coloco uma roupa qualquer o mais rápido que posso, os meninos estão fazendo um escândalo lá fora. Entro e fico do lado de Georg.

- Troca de lugar comigo Georg, quero sentar do lado de minha melhor amiga - diz Tom empurrando-o, mas Georg o para.

- O que você tem a me oferecer? - quis saber o garoto de cabelos mais hidratados que os meus.

- Cinco euros - Responde Tom já com o dinheiro em mãos.

- Fechado - Georg sai do meu lado dando lugar a Tom.

- Olá melhor amiga - o garoto de piercing me olha.

- Olá putinha - digo em referência ao o que escrevi na cara dele hoje de manhã.

- Você me paga - ele me cutuca.

- Apenas me vinguei.

Vamos em direção a onde será o show. A alguns dias atrás eu desprezava quem ia ver bandas tocarem ao vivo, cá estou eu com os garotos que fazem parte de uma.
Esses meninos significam muito para mim, entendo Gui de querer ajudá-los nessa jornada. Estarei com eles até o fim.