Acordo ofegante no meio da noite. Tive mais um sonho safado com Tom. Dessa vez nós estávamos em um... nós estávamos em um motel. Fico vermelha só de lembrar o que aconteceu. Tento dormir mas não consigo. Preciso beber água. Vou até a cozinha e vejo Tom dormindo no sofá da sala. As vezes nós dormimos juntos, as vezes não. Abro a geladeira para procurar água gelada. Preciso esfriar minha cabeça. Mãos se envolvem em minha cintura e levo um susto. Tom apoia o queixo sobre meu ombro.
- Não consegue dormir? - pergunta me abraçando por trás.
- Não - digo lembrando novamente do sonho - e você?
- Eu estou com sono mas... - Tom começa a me dar beijos em minha nuca - prefiro fazer outra coisa.
Antes que eu possa perceber já estou em cima do balcão da cozinha. Tom entre as minhas pernas acariciando minha coxa, coma boca na minha. Minha respiração se torna irregular, e me pressiono contra ele, lutando para chegar mais perto. O calor entre nossos corpos me deixa agitada e impaciente. Sinto um arrepio ao sentir os dedos de Tom por debaixo da minha blusa, em minha pele. Paro naquele instante, antes que não pudesse mais. Fico frustrada, e vejo Tom perceber minha frustração. O que eu realmente queria fazer era desabotoar minhas calças para ele. Eu ainda estou insegura com isso. Com medo. O Kaulitz entende e tenta preencher o silêncio entre nós.
- Quer que eu te ajude a dormir? - sua voz falha. Sei que isso mexia com ele também. Tom queria mais do que eu. E eu sabia que não podia mais continuar nesses joguinhos de parar do nada.
- Sim. Me ajudaria - minto. Não me ajudaria a dormir. Me deixaria mais acordada.
Acordo e Tom não está mais ao meu lado. Creio que esteja tomando café. Hoje é sábado então não terei aula. Graças a Deus. Vejo Tom com Georg na varanda. Precisava falar com alguém que me entendesse. Entendesse minha insegurança de querer ir além de só beijos com Tom. Mas só tem pessoas com um pau no meio das pernas aqui. Ninguém me entenderia realmente. Pego meu telefone e ligo para minha mãe, talvez ela saiba como me ajudar.
- Filha? Oi minha querida. Tudo bem aí? - pergunta ela.
- Sim mãe, estou bem - minha voz sai rouca.
- Eu conheço esse tom de voz, algo está te incomodando - afirma.
- É... sim mãe - tento achar as palavras - queria falar com você sobre... relaçõe...
- Relações sexuais? - sinto ela rir do outro lado - eu sabia que uma hora ou outra você iria me pedir. Como você se sente em relação a isso?
- Insegura. Eu não sei se... se Tom iria gostar. Eu nunca fiz nada do tipo e ele já é - suspiro - experiente.
- Primeiro passo: elimine o pessimismo. Se você ficar pensando nesse tipo de coisa, pode realmente dar errado e estragara o prazer. Passo dois: deixa que ele te conduza. Tom já é experiente então isso vai ajudar. Passo três: se solte. É melhor vocês estarem sozinhos porque talvez você grite. Uma vez eu e seu pai...
- Ok mãe - digo rindo de desespero - não precisa me contar essa história.
- Tudo bem minha filha. Mais uma coisa - ela exita - pode doer. Já que seria sua primeira vez, então você sentirá certo desconforto. Mas logo se torna prazer. E use camisinha.
- Como compro no mercado sem sentir vergonha? - pergunto nervosa.
- Liga o foda-se - diz minha mãe. Fico surpresa ao escutar tal coisa vindo dela.
Desligo o telefone agradecendo a ela sobre os conselhos. Saio do quarto morrendo de vergonha por ter falado sobre sexo com minha mãe.
De tarde, digo aos meninos que preciso ir ao mercado para comprar coisas de garotas. Mas eles insistem em me acompanhar. Merda. Pego alguns absorventes e espero nenhum dos meninos me ver, pego algumas camisinhas e vou correndo até o caixa. Torcendo para que a moça enfie dentro da sacola logo. Nem me lembro de sentir vergonha.
Os meninos surgem em meu campo de visão e entro em desespero. Eles se aproximam do caixa com salgadinhos e cocas na mão. A moça ainda não passou as camisinhas. Sinto meu coração saindo pela boca. Eles verão. Verão o que comprei. Bill nota meu desespero e segue meu olhar.- Meninos! Esqueci de algo, venham comigo - ele puxa todos e os leva na direção oposta. Solto um suspiro de alívio. Preciso agradecer a Bill depois. De verdade. Eu amo esse garoto.
Estamos indo em direção ao carro quando Bill me para.- Oi. Você não quer ir comprar uma lingerie nova? - ele sussurra para que só eu ouça.
- Precisa disso mesmo? - pergunto vendo quanto dinheiro trouxe.
- Eu pago. Sei o que está planejando. Quero ajudar - ele me olha com compreensão.
- Tudo bem. Mas os outros meninos não vão né? - pergunto vendo-os nos olhando curiosos do carro.
- Com certeza não vão, quer ver? - Bill vai em direção a eles - Olá meninos. Helena vai ir comprar uma lingerie nova e ela só confia em mim nessa tarefa. Esperem todos aqui e já voltamos.
- Bom... eu sou o namorado dela. Quem que deveria aprovar, sou eu - Tom diz piscando para mim. Minhas bochechas coram.
- Mas ela queria fazer uma surpresa pra você - Bill olha para mim - não é Helena?
- Ah... s-sim - digo totalmente surpresa e envergonhada com a sinceridade de Bill. Não imaginei que que diria isso.
Bill comprou uma lingerie completamente diferente das que sou costumada a usar. Ele me disse que só poderei usá-la em ocasiões especiais. O Kaulitz mais novo diz que vai levar os meninos à outra festa e deixará eu e Tom, a sós hoje a noite. Terei que dizer, como parte do plano, que não quero ir pois tenho prova para estudar. Apenas concordo e agradeço. Estou morrendo de vergonha.
- Vou ficar se você não vai então - diz Tom, conforme o planejado, quando os meninos estão prestes a sair.
Bill pisca para mim e sai de mãos dadas com Gui, com Georg e Gustav logo atrás. Não faço ideia do que fazer.
- O que foi? - Tom me pede - você está quieta demais.
- Eu nem ia estudar - digo sem pensar - quer dizer... vou estudar amanhã. Quer ver minha lingerie... quer dizer... ver um filme.
Eu não sei o que está acontecendo comigo. Tom me olha como se eu fosse louca e começa a rir.
- Eu concordo com todas. Principalmente com a segunda opção. Você queria me mostrar a lingerie não? - pergunta ele com um sorriso malicioso no rosto - mostra agora.
Vou ao banheiro e me olho no espelho. Que vergonha do cacete. Me sinto totalmente vulnerável assim. Pedi para Tom me esperar no quarto. Eu não sei se ele sabe o que planejo fazer mas foi sem exitar.
Minha lingerie tem vários tons de vermelho com preto. A calcinha é fio e me incomoda um pouco. Me enrolo em uma toalha e vou até o quarto de Tom.- Quanto suspense - diz ele ao me ver coberta - se você não tirar eu tir...
Tom para de falar assim que solto a toalha. O Kaulitz me olha de cima a baixo. Percorrendo os olhos para cada curva de meu corpo. Vejo que ele fica ofegante. Não diz nada nem por um momento, apenas me olha sentado na cama.
- Diz alguma coisa - falo nervosa - você ficar me olhando assim não me ajuda em nad...
Tom levanta da cama e vai em minha direção. Me beija. Me beija possessivanente. Com vontade. Profundidade. O Kaulitz me deita devagar nos travesseiros, e espero que ele recue. Mas eu não quero que recue. Meu corpo vibra com o desejo. Quero que ele me toque, me beijasse mais, me explorasse. Enrolo minhas pernas contra seu corpo, puxando o quadril de Tom para mais perto, dizendo com cada movimento que o queria. Que queria aquilo. Agora.
- Tem certeza? - pergunta Tom ofegante entre meus lábios.
- Claro que tenho - eu estou nervosa e excitada ao mesmo tempo - Tenho uma camisinha na sacola ali.
- Eu também tenho - diz ele pegando uma do bolso - sabia que você acabaria cedendo. Aliás... você está linda com essa lingerie mas... ficaria melhor sem.
Tom suspira, movendo os lábios para meu pescoço enquanto tira sua camisa. Ele está lindo. O Kaulitz tira lentamente minha parte de cima, acariciando minha pele nua, provocando arrepios.
Quando tudo terminou. Eu estava maravilhada com o que tínhamos feito. Era maravilhoso, e lindo, e nada do que eu esperava que seria.
A dor foi mais intensa do que imaginei. Fiz o máximo que podia para não gritar. Tom notou meu desconforto insistindo para que parassemos. Mas não deixei. O Kaulitz acariciou meus cabelos até a dor se tornar algo... menor.
Tom Kaulitz foi extremamente paciente e calmo.
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Meu Imperfeito Amor - Tom Kaulitz
RomansaHelena Guimarães - originalmente brasileira; amante de guitarra e uma pessoa completamente anti-social - se vê obrigada a mudar-se para Alemanha e a morar com seu irmão por conta de problemas familiares no Brasil. Encontra-se trabalhando em um merca...