Postar a foto com nossos anéis, talvez não tenha sido um boa ideia quanto achei que seria. Apesar dos xingamentos não terem meu nome incluído, ainda sim, são para mim. Rolo para baixo da foto e fico olhando os comentários. Tem fãs felizes com o acontecimento. Mas há também as com ódio. Tom excluía todos que podia, para que eu não visse. Mas a cada minuto que passava era impossível de não ver os comentários. Posso receber mil elogios, mas uma só crítica, me faz desabar.
Já está anoitecendo quando o entrevistador vai embora, gravaram literalmente toda a nossa rotina. Quando eles se vão, deitamos todos no sofá cansados.
- Socializar é muito cansativo - digo deitada nas pernas de Tom.
- Ainda bem que eles foram embora - suspira Gustav - querem assistir algum filme?
- Seria uma boa - diz Gui.
Os meninos pediram o que eu sugeria para assistir. Harry Potter é claro. Nesse ano seria lançando Ordem da Fênix e eu estava super ansiosa.
Já são 00:02 quando estamos vendo o terceiro filme, Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban. Tom está dormindo ao meu lado. Bill e Gui foram para o quarto. Georg e Gustav estão esparramados no chão com os olhos fechados. A ideia de assistir foi deles e estão todos dormindo. Minha obsessão não me deixa dormir. Não importa quantas vezes eu assisto, nunca enjoarei. De repente Tom acorda e deita em meu colo. Ele fica me olhando de baixo com um olhar malicioso.- Vamos ao quarto - sussurra ele - não aguento mais de olhos abertos.
- É só fechar eles ué - brinco - pode dormir, eu te carrego depois.
Vejo Tom fechar os olhos lentamente, até dormir de novo. Quando acho que terei meu momento de paz, que nada atrapalhará minha concentração no filme, Tom pega minha mão e começa a beijá-la. Me causando arrepios. Tiro elas da boca dele e as escondo atrás das minhas costas. O Kaulitz faz beicinho e se senta ao meu lado. Suas mãos começam a acariciar minhas coxas, subindo lentamente até minha virilha. Lanço-lhe um olhar para que pare. Ele quer tirar minha atenção do filme. Quer me provocar. Me afasto dele mas não ajuda em nada. Tom se aproxima de mim me fazendo recuar até chegar na ponta do sofá.
O Kaulitz abre minhas pernas e fica entre elas. Arregalo os olhos com tal gesto. Ele ri ao me ver corar. Se aproxima do meu pescoço e começa a me dar pequenos beijos. Minha respiração sai do controle e fico ofegante, querendo mais.- Se você... queria minha atenção - sussurro sem fôlego - Parabéns, porque... você conseguiu.
Tom me olha com seu olhar ardente. Me fazendo estremecer. Então ele me beija. Seu beijo me devora, e o puxo para mais perto. O afasto assim que Georg se mexe no chão.
- Acho melhor irmos ao quarto - diz ele me pegando no colo.
Ao chegarmos no quarto, Tom me joga na cama. Ele fica por cima de mim. Meu corpo todo fica tenso de desejo. Sinto-me febril. Ele tira sua blusa sem desviar seu olhar do meu. O empurro ficando em cima dele. Tiro minha blusa e o Kaulitz fixa o olhar em meus seios. Me abaixo e beijo sua barriga. Passo as mãos por seu tórax o arranhando levemente. Tom solta gemidos de desejo. Me pedindo mais. Me precisando contra sua cintura. Mas então recuo.
Cruzo os braços e o encaro. Ele está ofegante, ainda olhando para mim de uma forma possessiva.
- Por que parou - diz ele com a voz falhando.- Só estava te provocando - digo saindo de cima dele e colocando minha blusa novamente - você me provocou. Fiz o mesmo.
- Mas isso é sacanagem - ele resmunga passado a mão pelo rosto - você merece ser castigada.
- Veremos - o provoco ainda mais. Indo em direção ao banheiro, para me preparar para dormir.
Fecho a porta e tampo minha boca. Foi tão difícil recuar. Ainda sinto o toque de Tom em meu corpo. A sensação de sua pele em meus dedos. Mas não podia deixar barato. Tinha que me vingar. Volto para o quarto, fingindo que não tive um surto no banheiro. Ele não está lá. Aposto que ficou emburrado e vai dormir na sala.
Não reclamo. Preciso acordar cedo para estudar.Após terminar meus estudos, vou até a cozinha. Sinto um clima estranho rolando entre meu irmão e Bill. Eles estão afastados um do outro com umas caras não muito agradáveis.
- O que aconteceu? - pergunto a Gustav que está limpando seus tênis.
- Eles brigaram. Você não escutou nada ontem a noite? - pergunta ele. Fico quieta. Eu estava distraída demais para escutar algo - não foi muito bom não.
- Ah... - suspiro. Bem que eu imaginei, estava tudo mil maravilhas. Algo tinha que dar errado.
Enquanto nós almoçavamos, ninguém disse nada. Bill evitava olhar para Gui e meu irmão o mesmo. O clima estava pesado.
Depois do almoço Gui entra em meu quarto... quer dizer, no quarto de Tom.- Oi. Posso ficar aqui um pouco? - pergunta tristemente.
- Claro que pode - digo. Depois dele se sentar ao meu lado na cama, pergunto - o que está rolando entre você e Bill?
- Não quero falar sobre isso - diz.
- Ah... tudo bem então. Queria só saber se podia ajudar.
- Você não tem como ajudar - suspira se jogando para trás .
- Você sabe que pode me contar as coisas, sou sua irmã - deito ao seu lado.
- Nós... brigamos por causa de uma mensagem... Bill havia recebido uma de um "amigo", dizendo que estava com saudade e que queria vê-lo. Ele não me contou. Você pode até achar que sou xereta, ao ter visto a mensagem no celular dele, mas foi sem querer. Eu só queria por uma música. Fiquei curioso e vi as mensagens. Essa não é a pior parte da história - continua meu irmão - Bill disse que o encontaria hoje a tarde. Fiquei irritado por não ter me contado nada. E ele por eu ter bisbilhotado o seu celular. Me disse que era para me acalmar que ele iria explicar tudo. Eu não consigui. Eu devia ter ficado, eu acho. Mas fechei a porta e não olhei mais para a cara dele depois disso. Ele não se desculpou por não ter me falado nada e eu não me desculpei por ter tido um xilique. Somos orgulhosos demais para isso.
Depois de mais alguns desabafos de meu irmão. Ele simplesmente dorme. Tom entra com a mesma expressão que a minha. Deve ter falado com Bill também. Vamos até um lugar que não possamos ser ouvidos.- O que faremos? - pergunto desesperada - isso não pode durar. Por que Bill escondeu aquela mensagem dele?
- Eu sei o motivo. Mas tenho uma ideia - Tom sussurra - vamos levá-los para o shopping hoje. Operação cupido.
- Operação cupido - repito.
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Meu Imperfeito Amor - Tom Kaulitz
RomanceHelena Guimarães - originalmente brasileira; amante de guitarra e uma pessoa completamente anti-social - se vê obrigada a mudar-se para Alemanha e a morar com seu irmão por conta de problemas familiares no Brasil. Encontra-se trabalhando em um merca...