HelenA gatinha.

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- Eu juro que se eu pegar um resfriado, eu te mato Tom - me disse Georg com raiva, secando seu cabelo - por que caralhos, você quis dar autógrafo na saída? Parecia que as garotas estavam no cio, quando começaram a pular em você.

- Eu não tenho culpa de ser bonito - respondi, piscando para ele.

Quando terminou o show, eu vi várias garotas bonitas que estavam me pedido um autógrafo. Já que o resto dos meninos da banda tinham ignorado elas, pensei que seria uma boa ideia ir autografá-las. Não imaginei que todas as meninas do show fossem querer um também. Derrubaram até os seguranças. Então Bill me tirou do meio daquele monte de garotas e saímos correndo com Georg e Gustav atrás.
Pena que o nosso carro estava do outro lado da rua, tivemos que correr para o outro lado. Ainda bem que conseguimos achar um mercadinho que seria ótimo para nos escondermos. Tem até uma menina gatinha que nos ajudou a se esconder, pena que é chata pra cacete.

- Vocês gostariam de mais toalhas?! - perguntou a garota, na qual nos informou se chamar Helena, por trás da porta.

- Precisávamos de roupas, não de toalhas - respondi, secamente.

- Seja educado Tom, ela quer nos ajudar. - repreendeu-me Bill - Gostaríamos de mais toalhas sim, Helena.

A garota entrou olhando para baixo. Estava morrendo de vergonha, pude perceber, ao ver que estávamos sem camisa. Acho estranho que ela não nos conhecia antes. Nem quis meu autógrafo quando ofereci. Problema dela.

- Que foi gatinha, quer passar a mão no meu abdômen? - perguntei, me aproximando de Helena, que ficou escarlate.

- Não me chame mais de gatinha e eu não quero encostar em alguém tão insensível como você. - respondeu ela, que estava de costas.

- Não liga pra ele Helena, Tom gosta de provocar todo mundo - Falou Bill, me olhando feio.

- An...vocês poderiam, por favor, me chamar de Helen? Sem o a. Eu não gosto muito desse nome, porque é muito comum no Brasil. - Helena parecia meio desconfortável, com quatro meninos em um banheiro.

- Você é do Brasil? Que maneiro. - disse Gustav, que já estava com sua camisa de volta.

- Sim. Me mudei recentemente pra Alemanha, me desculpem se meu alemão é meio estranho.

- Nem percebi - disse sarcástico para ela, que me olhou e logo desviou o olhar, ao me ver passando a língua pelos lábios. Adoro provocar as meninas tímidas.

- Gostaríamos muitíssimo de agradecer você, por ter nos deixado entrar aqui, para nos "abrigarmos" de monstros perigosos - disse Bill rindo da própria piada.

- Disponham, foi engraçado ver aquelas garotas correndo atrás de ninguém. Vocês parecem ser bem famosos para causar esse tumulto. - respondeu ela, que agora nos olhava com as camisas postas.

- O Tom que deu corda, mas nós não éramos tão famosos assim no passado. - respondeu Gustav ajeitando seu óculos.

- Bom - disse Bill que estendeu a mão para Helena - liguei para o motorista e ele vai passar aqui logo logo, queria me despedir e agradecer novamente por ter nos deixado aqui por um tempo.

- Foi um prazer conhecê-los. Voltem sempre. - Helena disse a última frase piscando para Bill. Ela até que era bem atraente.

Nosso motorista chegou e todos nós nos despedimos de Helena. Eu esperei todos entrarem no carro e estendi a mão para ela. Ela me olhou com desprezo. Puxei ela para mais perto assim que pegou na minha mão.

- Foi um prazer te conhecer HelenA gatinha. - disse seu nome, botando ênfase no A, que fez com que ela soltasse nossas mãos e se afastasse.

- Foi um completo desprazer te conhecer, menino do piercing. - disse ela, olhando para meu piercing. Aproveitei a brecha e mexi ele com a língua. Adorei ver que ela ficou vermelha e desviou o olhar.

Pisquei pra ela e entrei no carro. Os meninos me olharam com um sorriso malicioso.

- Você não deixa nenhuma passar, não é "menino do piercing"? - perguntou Georg, rindo do que acabou de dizer.

- Uma garota bonita é uma garota bonita. - respondi me acomodando no banco.

- Me pareceu que ela não gostou muito de você. - afirmou Bill rindo.

- Concordo - disseram Georg e Gustav ao mesmo tempo.

- Mas não é como se eu fosse namorar com uma garota qualquer de um mercadinho sem graça, não acham? - perguntei olhando para minha mão que estava com um belo cheiro do creme de Halena.



Meu Imperfeito Amor - Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora