Logo após o almoço, Gui nos leva à praia. Chegamos em uma hora que não está tão lotada. Mamãe foi junto também, ela queria passar mais tempo com os meninos. Que bom que gostou deles. Arrumamos nosso lugar na areia. Tiro minha blusa e meu calção, passo protetor solar e deito para me bronzear.
- Olá. O que uma garota tão linda está fazendo aqui? - Tom diz sentando do meu lado - faria a gentileza de passar protetor solar em mim?
- Por que está pedindo para mim? - me finjo de boba.
- Porque confio a você essa tarefa tão importante, aposto que adora me tocar - pisca Kaulitz e olha ao redor - os outros meninos sumiram.
- Foram comprar uma limonada, creio eu - digo me sentando - vira aí.
Pego o protetor e passo nas costas de Tom. Vê-lo sem camisa me causa arrepios.
- Se você quiser pode passar em outro lugar também - ele me provoca. Fico vermelha e lhe dou um beliscão - AAAAI, calma. Eu estava falando do meu abdômen pimentinha.
Termino de passar o protetor e olho para ele. Que bom que está aqui. Queria que eles não fossem embora. Tom percebe meu olhar e me olha por alguns segundos.
- Helena... sobre aquele dia no hotel - hesita Tom - queria me desculp...
- Fala ae pombinhos!! - diz Gustav se aproximando com Gui, Georg e Bill o seguindo - espero não estar atrapalhando em nada. Trouxe uma limonada pra vocês.
- Onde está mamãe? - pergunto a Gui ao ver que mamãe não está com eles.
- Ela encontrou nossa vizinha, devem estar fofocando - responde ele rindo.
- Vamos entrar? - pede Bill apontando para o mar.
- Eu não vou - digo - água salgada estraga meu cabelo.
De repente todos os meninos olham para mim. De novo não.
- Não. Não pensem em querer me levar a força - me levanto preparando para correr.
- O que? Imagina a gente nunca faria isso - ironiza Tom se levantando também.
- É só lavar seu cabelo depois - diz Bill - eu te empresto meu shampoo.
- Não obrigada. Prefiro ficar com ele assim e não duro de sal - recuo.
Fico prestando atenção. Se algum dos meninos se mover, eu corro. Então Georg aponta para trás de mim.
- Olha lá, o Wesley Safadão! - grita ele. Olho para trás sem entender. Então me dou conta que isso foi para me distrair.
Tento correr assim que percebo os meninos vindo em minha direção. Mas Georg fez uma boa jogada. Me pegam pelo braço antes que eu possa fugir. Bill segura meus braços Gustav e Georg, minhas pernas. Tento me soltar mas desisto. Tom e Gui estão ao meu lado rindo. Juro que me vingarei.
Quando estamos perto do mar, consigo soltar uma de minhas pernas, por descuido de Gustav. Georg parece surpreso, lhe dou um leve chute no braço fazendo meu outro pé se soltar. Bill segura com toda sua força meus braços, mas consigo me soltar quando me jogo ao chão. Me levanto e corro. Corro até sentir eles gritando para me pegarem. Corro até sentir mãos se fechando em minha cintura e me jogando em seu ombro. Tom conseguiu me pegar mais uma vez. Começo a me debater mas ele me dá um tapa na bunda.- Relaxa gatinha, se quiser eu lavo seu cabelo no banho depois - diz ele me jogando na água salgada.
Abraço Tom ao sentir a água gelada em minha pele. Ele afunda e emerge comigo.
- Senti sua falta - digo cuspindo água nele.
- Eu também senti - ele afasta meu cabelo do rosto e olha fixamente para meus olhos. Quando acho que vai me beijar, ele me larga na água.
O Kaulitz ri de mim e jogo água nele. Bill aparece nos ombros de Gui e joga água em mim. Georg surge por trás de meu irmão fazendo cócegas em sua axila, Bill se desequilibra e cai pra frente afundando na água. Rio daquela cena. Sinto como se nada de ruim tivesse acontecido. Como se Tom não tivesse sido atropelado. Como se eles não fossem embora amanhã, para fazer o prometido show em Roma. Então aproveito o máximo do meu tempo com eles. Da forma certa.
Quando chegamos em casa todos com a cara vermelha do sol, vou tomar meu devido banho. Meu cabelo não está tão ruim depois que o seco. Sinto alguem me olhando pela porta, quase acho que é o pervertido do Tom. Mas me engano ao ver minha mãe me observando.
- Você parece tão feliz - diz ela se sentando ao meu lado na cama - Faz tanto tempo que não te vejo sorrir como hoje. Me desculpa por ter feito vocês voltarem.
- Mãe - seguro sua mão - você não precisa pedir desculpa. Eu não devia ter te deixado quando papai quis ir embora e morar com outra mulher.
- Tudo bem meu amor, você fez bem em ir morar com seu irmão e escapar dos problemas da vida - ela me olha com olhos sonhadores iguais os meus. Depois de alguns minutos de silêncio diz - você tem que ir com eles.
- O que? - pergunto surpresa.
- Você tem que ir com eles para Itália, Helena.
- Não mãe. Eu não vou te deixar sozinha de novo - sinto lágrimas descerem pelo meu rosto.
- Eu não vou ficar sozinha, decidi ir morar com sua tia - diz enxugando minhas lágrimas - seja feliz com eles.
- Mas...
- Está tudo bem. Eu sei que você quer ficar comigo, mas sei que também quer ir com eles - ela me abraça - pode ir meu bem. Abra as portas para o mundo.
- Mãe... - soluço - eu te amo. Obrigada.
Depois de alguns minutos chorando ao lado de minha mãe, começo a fazer as malas. Os meninos estão na sala rindo feito loucos. Mamãe foi falar com Gui agora. Que bom que ele poderá seguir seu sonho novamente. De ver a banda que tanto ama, alcançar novas conquistas.
- Oi - viro e vejo Tom na porta me olhando, não conseguindo disfarçar o sorriso ao me ver fazendo as malas - sua mãe nos disse que vocês irão com a gente.
- Sim. Vou ter que te aturar vinte quatro horas por dia - brinco suspirando. Tom ri e fica sério de repente.
- Desculpa. Desculpa por não ter ido me despedir. Desculpa por não ter respondido suas mensagens - ele se aproxima de mim - eu não podia aceitar que você iria embora.
- Eu te desculpo Tom - seguro suas mãos - e peço desculpa também. Por ter tentado transar com você do nada.
- Dessa parte eu gostei - ri ele - mas você não parece ser esse tipo de garota. Vamos com calma.
- Eu te amo Tom Kaulitz. Meu Imperfeito Amor. Quero estar ao seu lado em todos os momentos.
- Repete - pede com um sorriso bobo na cara.
- Que quero estar ao seu lados em todos os momentos? - pergunto confusa.
- O que você disse primeiro - diz se aproximando.
Olho para ele que está me olhando intensamente. Com um sorriso em seus lábios. Suas pupilas estão dilatadas. Passo a mão por seu rosto decorando cada tração seu.
- Eu te amo - digo entre seus lábios.
- Repete - pede Tom novamente.
- Cala boca e me beija.
Quando sua boca se aproxima da minha. Três estraga prazeres aparecem na porta.
- Helena! Tom! Venham assistir com a gente - grita Gui - vamos comer toda a pizza se vocês não vierem.
- Tá legal. Vou deixar a sobremesa pra depois - Tom vai até a sala piscando para mim, me olhando de cima a baixo.
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Meu Imperfeito Amor - Tom Kaulitz
RomanceHelena Guimarães - originalmente brasileira; amante de guitarra e uma pessoa completamente anti-social - se vê obrigada a mudar-se para Alemanha e a morar com seu irmão por conta de problemas familiares no Brasil. Encontra-se trabalhando em um merca...