Uma entrevista.

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Acordo entre os braços de Tom, sentindo o calor de seu corpo. Pedi para que ele dormisse comigo ontem. Eu estava cansada e dormi no minuto em que me aconcheguei em seus braços. Fico olhando para o Kaulitz que ainda dorme. Sua respiração está lenta e calma.
Tom é irresistivelmente lindo. De todas as garotas do mundo, aqui estou eu. Me sinto insegura em relação a isso. Há tantas meninas mais lindas por aí, que dão em cima dele. E Tom já ficou com várias delas. O menino do piercing é muito mais experiente do que eu nessa área. Quando nossos amassos vão além de só beijos, quando estamos chegando em outro patamar, fico nervosa. Tom finge não notar mas sei que percebe. Ele já teve tantas outras experiências. E se ele não gostar? E se eu fizer algo de errado? Esses pensamentos vão embora assim que o Kaulitz me vê o encarando.

- Bom dia gatinha - diz ele se espreguiçando - tava me vendo dormir? Me diz qual é a sensação de ver um galã desses bem a sua frente.

- Para Tom - rio assim que beija meu rosto - a gente não escovou os dentes aind... ECA KAULITZ!

Tom começa lamber meu rosto e me prende entre seus braços. Rolamos na cama até cairmos. Começamos a rir alto de mais e Bill abre a porta.

- Bom dia pra vocês também - diz o Kaulitz mais novo rindo de nosso estado - o café está pronto, vamos ao Studio que alugamos daqui a pouco. Que no caso é a garagem.

- Coitados dos vizinhos, se não estão acordados agora, vão estar quando vocês começarem a tocar - brinco.

- Eles vão achar que estão no céu ao ouvir minha bela voz - gesticula Bill.

- Que horas são? - pergunto me lembrando que dia é hoje.

- 7:09 por que? - responde o Kaulitz mais novo.

- AAAA MERDA, EU TENHO AULA ONLINE - me solto de Tom desesperada procurando meu notbook. Ainda bem que não começou.

É 10 horas e ainda estou estudando. Permaneço com a câmera ligada fazendo minhas atividades. O professor está lendo um jornal. Estou concentrada em meus afazeres, até Tom entrar no quarto e me tirar a concentração. Olho para ele séria que gesticula que só vai pegar um boné. Volto a minha atividade até sentir algo em meus pés. Tom está debaixo da mesa me fazendo cócegas. Solto uma gargalhada repentina.

- Helena? Tudo bem aí? - meu professor pergunta estranhando minha risada.

- Ah... sim... - chuto a mão de Tom - só achei uma pergunta muito fácil aqui.

Lanço ao Kaulitz um olhar mortal, para que pare, mas finge não estar fazendo nada até começar a fazer carinho em minhas coxas. Me seguro ao máximo para não me mexer e não xingar Tom na frente do professor.

- P-Professor? - gaguejo assim que Tom sobe a mão até minha virilha - posso ir ao banheiro rapidinho?

- Claro que pode - responde.

Desligo a câmera e o microfone me afastando de Kaulitz. Olho irritada pra ele.

- Não era pra você estar no Studio? Quer dizer... na garagem? - pergunto jogando uma almofada nele.

- Fizemos uma pausa.

- Você poderia por favor, aproveitar essa pausa em outro lugar? Eu preciso estudar - vou até a porta esperando para que saia.

- Mas você parecia tão entediada, só quis te alegrar - diz Tom saindo debaixo da mesa.

- Quis me provocar isso sim - digo a ele que se aproxima de mim - Você tem tempo pra fazer isso depois.

- Ah então você quer que eu continue com aquilo? - Tom segura meu queixo me obrigando a olhar para ele. Minhas bochechas ardem e o empurro.

- Não necessariam... Quer dizer, não, não quero, mas você poderá fazer esses joguinhos outra hora - olho séria para ele.

- Mas de tarde temos entrevista - diz ele tristemente - queria aproveitar agora.

- Mas, infelizmente, não vai poder - o levo para fora e fecho a porta. Por mais que eu queira que ele fique, preciso estudar.

Ao terminar a aula, vou em direção a cozinha e vejo Bill me observando silenciosamente.

- O que foi Bill? - pergunto preocupada.

- Ah, surgiu um pedido de última hora... os entrevistadores querem que você venha conosco - Bill me olha preocupado - tudo bem?

- O que? Por que eu? - fico sem reação.

- Bom... eles gostaram da sua performance no dia em que Tom não pode tocar. Disseram que queriam fazer algumas perguntas.

Paraliso. Não gosto de estar em lugares cheios, me sinto nervosa. Aquele dia em que toquei no palco, foi diferente. Eu estava fazendo algo que gosto e pude fingir que não tinha ninguém me olhando. Tendo ficar calma. Mas a ideia de estar ao vivo, com pessoas me assistindo pessoalmente e na TV, me assusta. Será poucas perguntas, penso. Ficará tudo bem. Preciso enfrentar meus medos.

- Você está bem? Posso dizer que você não poder...

- Está tudo bem. Eu irei, mas com uma condição - respondo decidida.

- Qual condição? - quis saber Bill.

- Gui terá que ir comigo.

Vamos até onde será a entrevista e respiro fundo. Como vou trabalhar com os meninos e andar com eles, tenho que me acostumar com a plateia.

- Você está bem? Está mais quieta que o normal - me diz Gui.

- Desculpa ter te metido nessa também, mas sua presença me acalma - respondo a Gui.

- E eu não? - pede Tom ao meu lado fazendo beicinho.

Lhe dou uma cotovelada mas não digo nada. Estar com ele é completamente o contrário.

Descemos do carro nos preparando para entrar ao vivo. Uma mulher passa pó em meu rosto me fazendo querer expirar. Vejo Bill ao meu lado me lançando um olhar de encorajamento. Georg e Gustav me dizem que é normal sentir nervosismo de começo, mas que tudo se ajeita depois.
Entramos onde será a transmissão e vejo toda a plateia lançando olhares para mim e meu irmão. Ignoro. Ignoro minha vontade de sair correndo. Ignoro a vontade de vomitar. Me sinto melhor ao me sentar, Tom e Gui estão ao meu lado

- Boa tarde, garotos lindos - o entrevistador me lança um olhar sorrindo - e garota linda.

- Começando em um dois e... três - alguém atrás da câmera diz.

- Boa tarde telespectadores, hoje estamos aqui com uma das bandas mais famosas do momento, Tokio Hotel!! - a plateia grita e bate palma ao ver os meninos cumprimentando-os - estamos aqui também, com dois convidados especiais. O produtor musical, Guilherme, e sua irmã e assistente, Helena, que ficou famosa ao tocar guitarra no lugar de Tom em um show. Helena minha querida, pode me dizer qual foi a sensação de tocar na frente de uma plateia?

Respiro fundo e respondo.

Meu Imperfeito Amor - Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora