Um encontro arruinado.

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- Tom - pergunta Bill sério quando saímos da entrevista - o que você acharia se eu pedisse...

- O Guilherme em namoro? - completo - os fãs vão entender, se você está feliz, eles também vão estar.

- Disso eu sei, mas quero saber o que você acha.

- Eu digo o mesmo. Mesmo se você ficasse com um velho de 50 anos e estivesse feliz eu te apoiaria - Bill me dá um beliscão.

Quando meu irmão gêmeo sai do meu quarto e Gustav e Georg me dão boa noite, me preparo para minha jogada épica.
Pego o carro de Gustav e vou até a casa de Helena. Eu não a vi hoje e gostaria de levá-la a um lugar comigo. Dessa vez bato na porta. Guilherme abre levando um susto.

- Tom. Que surpresa agradável - me diz cumprimentando com um aperto de mãos - veio ver Helena? Ela está tomando banho. Pode esperar lá em cima.

Subo em direção ao quarto dela. Vejo os vários pôsteres que não estão mais na parede, ela irá jogá-los fora ou levar junto para quando viajarmos. Não sei se eu devia ter avisado ela que viria, porque quando ela entra, não tem nenhuma reação agradável. A garota está só de toalha novamente. Cacete. Aquilo me faz querer tirá-la.

- Tom kaulitz - diz ela suspirando - você pelo menos podia avisar que viria? Você aparece do nada em vários lugares.

- Sabia que você fica linda de toalha? - lhe lanço um sorriso malicioso - mas ficaria melhor sem.

As bochechas de Helena ficam escarlates e ela se vira, indo em direção ao closet.

- Acho incrível que tudo que falo, você fica vermelha - me levanto e vou até onde ela está - acho que vou te chamar de tomatinho, ou melhor, pimentinha.

Me aproximo e a puxo, pela cintura, para mais perto. Estamos a centímetros de distância.

- Se você me chamar assim eu te dou um soco - diz ela tentando me fazer ficar intimidado, mas fracassa terrivelmente.

- Ah é? Pimentinha - digo lhe dando um beijo em suas mãos, sem desviar o olhar dos olhos dela.

Aquilo foi a gota d'água. Helena me empurra para fora do closet fechando a porta na minha cara.

- Para de me provocar Kaulitz - me responde irritada, sei que gostou.

- Coloca aquele vestido verde que comprei pra você - me aproximo da porta para que me ouça - vou te levar a um encontro.

- Um encontro? Você? - sinto um sorriso bobo enquanto fala - quem te deu essa ideia?

- Eu mesmo.

Helena sai do quarto usando o vestido que compre para ela. Está linda, se ela me deixasse eu a beijaria agora mas sei que me empurraria. Levo Helena até o carro e prometo a Guilherme de trazê-la antes da meia noite.

- De quem é esse carro? - pergunta a garota.

- Do Gustav.

- Ele sabe que você pegou? - ela arregala os olhos.

- Não - respondo rindo - só não toca em nada, vai saber o que Gustav faz aqui.

Pisco a ela e vamos para o lugar mais alto dessa cidade. Helena parece feliz. A vejo sorrir do nada. Acho que também estou fazendo isso. Nunca fui de ser romântico mas Bill, me disse para tentar. Chegando lá, desço do carro e abro a porta para que ela saia. Helena ri do meu gesto de cavalheirismo.

- Que lugar é esse? - pede ela olhando ao redor - é lindo.

Estamos no alto de uma colina cheia de árvores, iluminada apenas com a luz das estrelas e da lua. Abro o porta malas e pego uma cesta de piquenique, alguns lençóis e travesseiros. Vi isso em um filme e fiquei com muita vontade de fazer com Helena. Vamos até a ponta da colina, onde não tem muitas árvores para bloquear a visão para do céu. Helena estende o lençol e eu coloco os travesseiros. Não falamos nada, apenas nos olhamos sorrindo.
Deitamos olhando para as estrelas e Helena se acomoda em meu ombro, juntinhos lá ficamos, em um silêncio confortável. Até ela quebrá-lo.

- Por que você gosta de mim? - pergunta de repente.

- Por que quer saber? - viro para ela, ainda deitado.

- Porque... eu sou tão sem graça e idiota - ela olha para mim.

Depois de alguns segundos que pareceram minutos, respondo.

- Talvez eu também seja - olho bem fundo em seus olhos, ela sorri em resposta.

Me aproximo dela, sem pensar em recuar. Quero beijá-la de novo. Quero sentir seu toque. Quando estamos perto o suficiente para que isso aconteça, escuto um carro buzinando e vindo em nossa direção. Porra. Os corta clima chegaram.

- Eae rapaziada! - grita Georg com vidro aberto.

Os meninos descem do carro. Vejo Bill, Guilherme, Georg e Gustav.
Eles tiram do carro algumas bebidas e mais comidas. Vão em nosso lençol e se sentam. Bill vem em minha direção com um olhar arrependido.

- Desculpa irmão. Gustav quis se vingar por você ter pego o carro sem avisá-lo. Eu que sugeri eles atrapalharem mas não sabia que aceitariam de verdade - meu irmão parece mal por ter feito isso.

- Tudo bem Bill - dou um soquinho reconfortando-o - mas você vai ter que me pagar uma semana de pizza.

Sentamos com o resto dos meninos e falamos sobre o próximo lugar que iremos. Itália. Nosso próximo show será em Roma. Nunca fui para esse lugar. Espero que seja bom assim como dizem.
Lanço um olhar de desculpas para Helena por terem atrapalhando nosso encontro, ela assente em compreensão. Teremos mais chances de fazermos isso. Espero eu.
Guilherme pega o carro de Gustav emprestando, para levar Helena para casa. Nós ficamos um pouco mais.

- Foi mal Tom - fala Gustav - eu só queria pregar uma peça em você, pra aprender a não pegar mais meu carro sem pedir.

- De boa. Não reclame se acordar com uma rola desenhada na sua cara de caneta permanente - digo lhe jogando um travesseiro.

Começamos a nos tacar os travesseiros. Mesmo nós sendo maiores de idade, ainda temos a mente de uma criança.

Voltamos para o Hotel e vou me deitar. Sonho com Helana. Sonho com ela me beijando. Sonho com ela em minha cama. Sonho com ela de várias formas.
Acordo no meio da noite ofegando. Essa garota não me deixa em paz nem mesmo na hora de dormir.

Meu Imperfeito Amor - Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora