Vingança de Tom.

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Estamos indo ao jardim da Villa Borghese. Já vi fotos dele, mas nada se compara com ver pessoalmente. As belas árvores de cerejeira se espalham por uma trilha, as pétalas no chão transformam a vista ainda melhor. Esse é um lugar muito romântico. Olho para Bill que parece meio nervoso.

- O que foi Bill? - pergunto me aproximando do Kaulitz mais novo.

- Nada não... - ele me responde, olhando para Gui que está no telefone com mamãe - é que... quero pedir Guilherme em namoro hoje.

- E porque está nervoso se sabe que ele vai aceitar? - lhe dou um soquinho em divertimento.

- Bom... não sei se esse lugar é apropriado - Bill exita - nem sei eu sou o cara certo.

- De onde você está tirando essas ideias? - digo - esse lugar é perfeito. E você também. Você é incrível Bill, merece o mundo.

- Você acha? - pergunta sorrindo sem jeito.

- Eu tenho certeza.

- Eu também - Tom surge interrompendo nossa conversa - Relaxa manão, a gente vai te ajudar nessa.

- Quando for a hora, a gente pode ir comprar sorvete e deixar vocês a sós, o que acha? - sugiro.

- Tem sorvete aqui pelo menos? - pede Bill olhando ao redor.

- Ah... não. Mas a gente pode procurar.

- Eae, do que vocês estão falando? - Gui aparece ao lado de Bill.

- Estamos falando sobre... sorvetes. Olha vi um lá - pego o Kaulitz mais velho pelo braço e pisco para o mais novo - vamos Tom. Me ajude a escolher um sabor.

- Que sorvete? Não tô vendo nenh... - belisco Tom - Ata sim. Sim agora eu vi. Tchau Gui e Bill.

- Você quase estragou meu plano - digo a Tom assim que estamos em uma distância segura - aliás... onde está Gustav e Georg?

- Talvez estejam no banheiro se mastu... - o belisco de novo - mascando chiclete.

Andamos pelo jardim em busca dos dois garotos. Mas não achamos. Tom vai por um lado e eu, para outro. Prometemos nos encontrar na cerejeira mais alta daqui à 5 minutos. Ando pelos arredores do jardim mas não encontro Georg e nem Gustav. Vou até a cerejeira mais alta e sento em um banco já sem esperanças, até que escuto uma voz conhecida.

- Helena? O que você está fazendo aí sentada? - Georg pergunta com Gustav logo atrás.

- Georg? Gustav? Onde vocês estavam? Eu e Tom estávamos procurando vocês - pergunto aliviada - até achei que tinham sido sequestrados.

- Ah desculpa - ri sem jeito Gustav - a gente foi ver se tinha café aqui perto. Tom está em um aliás, com uma garot...

Georg da uma cotovelada para que Gustav se cale. Mas eu sei o que ele ia dizer. Tom está com uma garota.

- Onde fica esse café? - pergunto calma. Não posso tirar conclusões precipitadas.

Vou em direção a onde Georg e Gustav me apontaram. Ao chegar lá não vejo Tom de primeira. Mas é fácil de vê-lo agora. Uma garota está agarrada no Kaulitz. Uma garota linda, loira de olhos azuis, o tipo perfeito de garota para Tom. Ela beija-o no rosto e o abraça. Não consigo suportar. Saio do café indo de volta à cerejeira. Mas me perco ao ver que fui para a direção errada. Tento não surtar. Preciso encontrar meus amigos. Busco voltar ao café, mas não me lembro de qual lado vim. Minha cabeça está agitada, não consigo pensar direito. Respiro fundo para não me desesperar. Quando acho que vou chegar ao meu ápice. Uma mão pega na minha.

- Helena! Helena! Você está bem? - Tom me sacode - entrei em desespero quando não te encontrei na cereje...

- Quem era? - pergunto segurando minhas lágrimas. Eu confiei em Tom. Confiei que ele não me magoaria mais, acho que me enganei.

- Quem era onde? - pede ele confuso.

- A garota. A garota no café - digo irritada - não vai me dizer que era só uma fã?

- Mas era uma fã.

- Então porque ela tava te abraçando e te beijando daquele jeito? - a raiva me consome.

- Eu não sei se você sabe - diz ele perdendo a paciência- mas quando um fã encontra seu ídolo ele faz o que ela fez. Se você estivesse ficado até o final, veria que eu disse para ela parar de me beijar, porque tenho namorada e ela não ficaria contente em ver.

Paraliso. Namorada? Ele disse isso mesmo? A culpa me atinge como uma flecha. Deixei o ciúme me levar, não agi pela razão.

- Desculpa Tom eu achei que...

- Eu te di minha palavra lembra? - agora ele está irritado - que eu mudaria. Se você pensou em coisa errada, quer dizer que não confia em mim.

- Tom... - ele me pega pelo braço e me conduz até onde os meninos estão. Não digo nada. E ele também não. Deixei me levar pela raiva e fiz merda. Fiz Tom pensar que não confio nele.

Quando chegamos lá, Bill e Gui estão de mãos dadas. Vejo os anéis brilhando em suas mãos. Os Parabenizo. Tento sorrir. Estou feliz por eles, muito feliz. Mas me sinto culpada por ter magoado Tom. Olho para ele para tentar dizer que sinto muito, mas ele evita me olhar. Temos algo em comum, nos irritamos muito facilmente.

Voltamos para o Hotel e nos arrumamos para o show. Tom está tomando banho. Sento em sua cama e o espero. Ele não poderá me evitar se eu estiver sozinha com ele. O Kaulitz entra e me vê.

- Oi - digo.

- Oi - diz ele desviando o olhar - diz logo o que você quer. Preciso me trocar, ou quer me ver pelado?

Fico vermelha ao pensar nessa possibilidade, mas evito sentir vergonha. Digo tudo o que quero de uma só vez.

- Sinto muito Tom. Sinto muito mesmo. Eu deixei a raiva me levar, não pensei direito. Não queria ter te feito pensar que não confio em você, porque eu confio - respiro - Eu apenas fiquei com ciúmes ao te ver com aquela fã. Só pensei na pior das possibilidades. Me desculpa Tom.

- Ok - diz ele sorrindo. Fico confusa.

- Você não está mais irritado? - pergunto sem entender. Então ele começa a rir. Ao recuperar o fôlego diz.

- Antes de tudo. Peço desculpa a você. Eu não estava irritado, eu sei que você fica esquentadinha em relação a isso, gatinha. Foi apenas uma vingança. Quis te evitar de propósito e ver como você reagiria - O Kaulitz diz. Fico sem reação.

- Você... Você brincou com os meus sentimentos! Me fez sentir culpa pra nada - me aproximo com raiva dele.

- Mas você também fez isso hoje de manhã - diz ele levantando as mãos em defesa - desculpa por ter te feito sentir culpa. Eu não achei que você se sentiria tão culpada assim. Acho fofo você sentir ciúmes de mim.

- Fofo vai ser o tapa que vai levar - ameaço levantando minha mão mas Tom a segura.

O Kaulitz beija minha mão e segura meu queixo levantando minha cabeça.

- O seu beijo... os seus olhos, tudo em você. Me faz querer mais, diferente das outras - diz me dando um selinho.

- VAMOOOS TOOOM!! - grita Bill da cozinha - VAMOS NOS ATRASAR!

Tom sai do quarto me deixando sem palavras. Meu coração acelera. Minhas pernas fraquejam. Droga Kaulitz.

Meu Imperfeito Amor - Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora