Termino de estudar e me jogo na cama. Que canseira. Minha cabeça pede socorro. Vou até a cozinha e vejo Bill arrumado para sair.
- Para onde vocês vão hoje? - pergunto vendo Georg e Gustav arrumados também.
- Eu ia te falar antes mas não queria te atrapalhar - diz Bill - Temos uma sessão de fotos, para revista. Passaremos a tarde fora. Vai querer ir junto?
- Ah... acho que não - repondo pensativa. Posso tocar minha guitarra em paz hoje - Gui vai?
- Vai. Mas só vai ao mercado e logo volta. Precisamos de mais açúcar e pão se não me engano.
- Preciso de mais shampoo - fala Georg - não é fácil ter uma cabelo lindo e hidratado como o meu.
Volto ao quarto para pegar algumas roupas para eu lavar hoje a tarde. Peço aos meninos se eles tem alguma que precise ser limpa. Vou até o banheiro e grito para Tom que está tomando banho.
- Tom! Você tem roupa que precise ser lavada? - pergunto.
- Uma o que? Sopa de salada? - fala sem entender.
- Roupa pra ser lavada! - repito.- Abre a porta, não escuto nada! - pede ele. Exito - não estou pelado se quer saber.
Abro a porta e espio Tom. Ele está só de cueca. Tento não ficar vermelha. Já vi várias vezes meu irmão assim. Mas é diferente com Tom. Sinto minhas bochechas queimarem.
- Ah... você tem sopa... quer dizer roupa, roupa pra ser lavada? - tento esconder minha agitação.
- Tenho essa cueca aqui, quer pegar agora? - Tom ameaça tirar a que está usando e arregalo os olhos fechando a porta. Escuto o Kaulitz rir do outro lado - brincadeira gatinha, essa já está limpa. Na cadeira do lado da sua mesa tem algumas roupas.
Me despeço dos meninos e começo meu trabalho. Deixo a roupa na máquina e vou limpar a sala. Parece um chiqueiro. Tem latas de coca espalhadas por todo o canto. Papel de balas, chicletes. Junto e jogo tudo no lixo. Ao terminar, vou ao meu quarto e toco minha guitarra. Como eu estava com saudade de fazer isso. Meus dedos dançam em harmonia sobre as cordas. Deixo a música penetrar em meus ouvidos. Escuto Gui me chamando. Vou até ele e vejo suas mãos cheias de sacolas. Não era só pão, açúcar e o shampoo do Georg?
- Comprei várias coisas para cozinharmos amanhã de meio dia - Gui coloca as sacolas no balcão - se arruma aí.
- Por que? Não gostou da minha blusa da Hello Kitty? - pergunto fazendo beicinho.
- Não é isso - ri meu irmão - Vamos à uma festa hoje a noite. Quero saber como são as festas italianas. Tom disse que só vai se você for, você vai não?
- Ah... não sei não.
- Tom disse que se você fosse e não gostasse ele te levaria de volta para o hotel - Gui disse com um sorriso malicioso no rosto - por favor. Vamos nos divertir um pouco.
- Tudo bem - acabo cedendo como sempre. Quero que Tom se divirta, ele se privou de festas por minha causa. Posso fazer um sacrifício por ele.
Os meninos chegam e já estou pronta. Bill me vê e grita de alegria. Gustav e Georg dizem que tem muitas garotas lindas aqui em Roma. Tento não parecer desconfortável. Elas com certeza darão em cima de Tom. O Kaulitz mais velho sorri ao me ver arrumada. Seguimos para a festa.
- Caralho - diz Georg olhando pela janela do carro - tá cheio esse lugar.
Uma fila enormes se estende até a entrada da festa. Como somos VIPs, poderemos entrar direto. Me seguro a pedir para darem meia volta. Consigo escutar a música alta aqui de fora.
- Tudo bem? - pergunta Tom ao meu lado - se você não gostar te levo de volta.
Concordo com a cabeça e entramos. As músicas invade meus tímpanos como marteladas, igual a última vez. Vejo os meninos maravilhados com o design da festa. Tento fingir que gostei. Observo os meninos do balcão do bar. Várias garotas se aproximam de Tom mas ele as dispensa. Faz sinal para que eu vá dançar com ele. Recuso mas ele vem e me pega pelo braço.
- Eles vão ver, Tom - digo olhando ao redor.
- Que se dane - diz ele me puxando para mais perto.
Dançar com ele me acalmou. O Kaulitz me gira com sua mão e dançamos alegremente. Sorrio para ele e ele sorri para mim. Queria beijá-lo agora, mas seguro a vontade. Sentamos na cadeira do bar ofegantes, recuperando o fôlego.
- Quer fazer o que agora? - pergunta ele em meu ouvido.
- Ir pro hotel é claro - digo ironizado mas ele leva a sério.
- Então vamos - ele pega em minha mão e me conduz até fora da festa - se você quiser podemos ir para o jardim da Villa Borghese de novo. Só nós dois dessa vez. Escolhe.
- Ah... ir para o hotel eu acho - respondo pensativa.
- Beleza. Vou chamar um táxi - Tom faz sinal na rua.
Subimos até nosso andar e entramos. Tiro meus sapatos e tomo um copo d'água.
- Me deu sono só de entrar - Tom diz ao ir em direção ao seu quarto.
- Você só quis voltar pra dormir? - pergunto o seguindo.
- Não. Definitivamente não - Tom me puxa para mais perto segurando em minha cintura, entrelaço meus braços ao redor de seu pescoço - estar com você a sós é muito melhor do que ficar naquela festa, mil vezes melhor. Quero privacidade.
- Você está muito boiola hoje - digo olhando para seus olhos castanhos - tá querendo o que?
- Privacidade. Eu não poderia fazer isso - o Kaulitz me dá pequenos beijos pelo rosto - em público.
- A gente podia ter ficado no carro - sugiro.
- Mas as pessoas iriam escutar. Se bem que aqui... teremos que ficar quietinhos também, para os vizinhos não escutarem - Tom me lança um olhar ardente fazendo minhas pernas tremerem.
- O que você está querendo dizer? - sinto minhas bochechas arderem.
- Interprete como quiser. Estou bonzinho hoje, mas não tão bonzinho - ele me dá um tapa em minha coxa me fazendo arregalar os olhos - sua vez de escolher o que fazer já passou... agora é minha vez.
Meu coração está completamente acelerado, sinto o de Tom contra o meu peito saltar também. Sinto que tudo o que ele mandar, eu farei.
- Deita - manda ele apontando pra cama. Obedeço.Tom fica por cima de mim e tira a camisa. Ele olha para mim e me lança um sorriso malicioso.
- Que cara é essa? Vai me dizer que nunca me viu sem camisa. Eu simplesmente amo suas bochechas rosadas - ele se abaixa e começa a beijar meu pescoço.
Arrepios percorrem meu corpo.
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Meu Imperfeito Amor - Tom Kaulitz
RomanceHelena Guimarães - originalmente brasileira; amante de guitarra e uma pessoa completamente anti-social - se vê obrigada a mudar-se para Alemanha e a morar com seu irmão por conta de problemas familiares no Brasil. Encontra-se trabalhando em um merca...