Acordo com Helena ao meu lado. Seu cabelo está todo arrepiado o que me faz querer ri. Hoje, os irmãos Guimarães, assinarão o contrato com a gravadora. Para fazer parte da banda. Acordo Helena e vamos até a cozinha tomar café.
- Mas que cacete, só pode que minhas meias são do Leonardo Dicaprio. Por que some assim? - pergunta Bill revirando o sofá - Tom? Foi você de novo?
- Dessa vez não - respondo calmamente - mas acho que talvez, só talvez, tenha acabado o papel higiênico do banheiro e usei algo preto para limpar.
- VOCÊ USOU MINHA MEIA PRA LIMPAR O CU? - meu irmão pega uma colher de pau na mão - VOU ENFIAR ISSO AQUI NO SEU ESTOMAGO.
- Mas é você que gosta disso não eu - zombo da cara dele correndo para não ser atingido pela colher - BRINCADEIRA BILL EU NÃO USEI SUA MEIA. SOCORRO.
Fico encurralado e meu irmão começa a me bater com a colher de pau levemente.
- Bill, você está usando ela - fala George rindo.
- O que? - ele para de me bater e olha para os pés - como assim? Isso não tava no meu pé minutos atrás.
- Acho que você está enlouquecendo irmão - brinco recebendo uma colherada na cabeça.
Ao terminarmos o café, nos dirigimos para a gravadora. Sinto Helena ficar um pouco nervosa. Seguro em sua mão tentado acalmá-la.
Os papéis são entregados a eles. Lemos com atenção. Não falamos nada até o homem entregar a caneta para os Guimarães- Assinem aqui - o homem pede para Helena e Guilherme - aqui também. Pronto. Meus parabéns. Vocês são oficialmente, parte da banda.
- EEEEEE TOKIO HOTEL, TOKIO HOTEL - gritamos e pulamos todos juntos.
Depois de eles estarem, oficialmente, fazendo parte da nossa banda, anunciamos para o público. Os comentários são de pessoas alegres e surpresas com a notícia. Tem aquelas, também, que dizem que isso irá estragar a banda. Foda-se a opinião deles. Estamos felizes.
Vamos ao shopping e me separo de Helena para procurar algum presente para ela. Amanhã completaremos um mês de namoro. Ando pelas lojas e sinto alguem esbarrar em mim.
- Olha por onde anda - digo irritado ao ver o menino rindo de mim.
- Olha você, Kaulitzinho - ele me provoca seguindo seu caminho.
O ignoro é vou até uma loja de roupas, avisto um belo pijama da Hello Kitty. Helena surtaria se eu a desse. Levo ele até o caixa e vou à procura da minha carteira. Droga. Não está aqui. Procuro em todos os meus bolsos. Tento ficar calmo e pensar em possíveis lugares que eu tenha a deixado. O menino. Isso. O menino roubou a carteira, só pode ser. Peço para moça reservar o pijama e procuro o menino que esbarrou em mim. Olho em todas as lojas, em todos os lugares. E não acho.
Sento em um banco aceitando a derrota, até ver o menino pegando um picolé, com minha carteira em mãos. Me levanto indo em sua direção, o garoto corre ao me ver. O sigo até a saída do shopping. O menino pode até correr rápido, mas eu corro mais. O encurralo em um murro. Ele parece assustado.- Sinto muito, mas você fez algo bem ruim - tento manter a calma - vai ter que me devolver a carteira.
- Desculpa moço, mas eu preciso do dinheiro - ele diz segurando a carteira contra o peito.
- Mas você não pode roubar de alguém - digo.
- Mas você é o Tom Kaulitz, tem dinheiro de sobra - fala nervoso.
- Isso não muda o fato de o que você fez ser errado - o repreendo - para que você quer o dinheiro?
- Ah... minha mãe está doente - ele suspira tristemente - só ela que nos sustentava, agora não temos ninguém, ela precisa de remédios.
- E o picolé? - levanto as sobrancelhas.
- Bom... achei que... Você tem muito dinheiro, então pensei em pegar algo para mim. Não ia gastar tudo em porcaria - fala sem jeito.
- Ok - suspiro - pode ficar com o dinheiro.
- O que? É sério? - os olhos do garoto se iluminam - posso ficar com o dinheiro?
- Pode, só me devolva a carteira por fav... - paro de falar assim que o garoto me abraça.
- Você é melhor do que imaginei que fosse, Tom Kaulitz - ele sorri - muito obrigado.
- Ah... De nada - fico surpreso com tal demonstração de afeto - Aliás, onde você mora?
- TOM - grita Bill ao me ver chegando no ponto de encontro - O QUE DEU NA SUA CABEÇA DE SAIR ASSIM DO NADA?
- Desculpa, houve um imprevisto - dou de ombros.
- Um imprevisto? - Helena diz se aproximando de mim - Você podia ter avisado! Ficamos preocupados. Eu fiquei preocupada.
- Desculpa, de verdade - digo - Ah... antes de irmos para o Hotel, podemos ir a um lugar?
Levo todos a um lugar que a pouco conheci, onde o menino chamando Harry mora com a família. Uma pequena vila, escura, sem vida. Meus olhos se encheram de lágrimas ao ter a visto pela primeira vez. Sinto um arrepio ao ir lá novamente. Sinto todos sentirem o mesmo, olhando com os olhos arregalados ao lugar triste.
- Tom! - Harry me vê e corre em minha direção - você voltou. Esses são os outros integrantes da banda, não?
- Sim, eles são - olho para os mesmos que me olham surpresos ao ver que conheço alguém daqui.
- Como você o conheceu? - pergunta Guilherme analisando o lugar.
- É uma longa história - rio.
Conto a eles o acontecido. Helena me olha com brilho nos olhos a todo momento.
- Então, você deixou ele ficar com o dinheiro mesmo depois de ter roubado? - pergunta Goerg.
- Sim.
- Uou - solta Gustav.
- Pensei em ajudarmos eles, alguma doação ou algo assim - proponho - o que acham?
Os meninos concordam e voltamos ao carro. Amanhã mandaremos uma sexta básica e mais algumas coisas que Harry diz fazer falta. Helena não diz nada o tempo todo.
- O que foi que você não tá falando nada? - pergunto a ela assim que saio do banho - Helen...
A garota me abraça me interrompendo. Sinto seus braço me apertando ainda mais.
- Foi lindo - diz ela se aconchegando em meu peito.
- Eu? Eu sei que sou lindo - brinco, a envolvendo em meus braços - que bom que acha.- Isso me fez lembrar o porquê te amo - ela diz.
- Você tinha se esquecido? - pergunto ofendido.
- Não. Com certeza não - Helena me deposita um pequeno beijo - Aliás, coloquei as minhas compras de hoje na sua conta.
- O QUE?
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Meu Imperfeito Amor - Tom Kaulitz
Roman d'amourHelena Guimarães - originalmente brasileira; amante de guitarra e uma pessoa completamente anti-social - se vê obrigada a mudar-se para Alemanha e a morar com seu irmão por conta de problemas familiares no Brasil. Encontra-se trabalhando em um merca...