A noite é uma criança.

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O show termina em sucesso. A plateia vibra em emoção. Agradecemos a eles e vamos nos preparar para os autógrafos. Sonhei com algo ontem a noite que não contei para Helena. Sonhei que ela tocava ao meu lado. Seria legal ter mais alguém tocando guitarra. Mas ela ficaria muito nervosa diante da plateia, então não toquei no assunto com os meninos.
Vamos ao camarim para bebermos água e retocarmos a maquiagem. Helena e Guilherme entram batendo palma.

- Magnifico! Magnifico!! - nos elogia Guilherme com sotaque italiano - Voglio mangiare un maiale.

- Você fica muito sexy falando em italiano amore mio - Bill se aproxima de Guilherme lhe dando um beijo - mas o que você falou por último?

- Não sei. Vi uma moça falando quando acabou o show, mas me parece romântico - ele retribui o beijo.

Faço uma careta com tal demonstração de amor. Vou até onde Helena está e a pego por trás. A garota se sobressalta e me dá uma cotovelada na barriga.

- Porra amore mio... - digo a soltando e arfando de dor - por que você fez isso.

- Ainda estou brava com o que você fez hoje - ela cruza os braços.

- Mas eu já me desculpei - faço beicinho. Helena olha para meus lábios e mexo o piercing com a língua. Ela já deveria estar acostumada mas ainda fixa vermelha.

- Bora lá rapaziada! - diz Gustav indo em direção a onde vamos tirar fotos com os fãs e dar autógrafos.

Helena e Guilherme vão por outra direção. Vão ficar nos observando até irmos para o Hotel.
Autografo camisas, pôsteres, DVDs, rostos, clavículas, braços e muito mais. Sempre fui conhecido por tirar fotos ousadas com as fãs, hoje porém, tento não ser tão ousado. Helena está me queimando com os olhos. Sei que está com ciúmes e amo vê-la toda bravinha.

Ao terminarmos com os fãs, vamos em direção ao nosso carro. Os irmãos Guimarães já estão lá esperando. Helena está emburrada. Sento ao lado dela.

- Ficou com ciúmes não é? - a provoco.

- Não. Não fiquei - responde ela.

- Então por que essa carinha aí? - digo apontando para ela.

- Estou com fome, só isso - mente Helena.

- Hmmm. Então quando chegarmos ao Hotel vou lhe dar um banquete - lanço um sorriso malicioso para a garota ao meu lado, que fica vermelha - no que você pensou? Que mente poluída. Só ia esquentar a comida de hoje de meio dia.

- Não pensei em nada - diz.

- Se você diz... Você aguentaria 30 centímetros? - pergunto a Helena que fica escarlate - do sanduíche bobinha. Ou prefere 15 centímetros?

- Para com isso Tom - ela vira a cara. Mas logo volta a atenção para mim arrependida - Desculpa. Eu não deveria ficar com raiva de você por causa do meu ciúme. Deveria ficar com raiva de mim mesma.

- Relaxa gatinha - olho para ela com um olhar ardente - De todas as garotas, você é minha preferida.

- Ah... então você já ficou com todas? - ironiza Helena.

- Quase todas - respondo rindo.

Ao chegarmos no Hotel. Georg e Gustav saem para uma festa procurar ragazze, que acredito que signifique "garotas".
Seguro a vontade de ir. Minha garota já está aqui, não preciso ir em festas para procurá-la. Desde o incidente em uma com Helena, não fui mais a esses lugares. E se vou, ignoro as garotas dando em cima de mim. É difícil ser um bonitão desses.

Guilherme deu a ideia de vermos Gatinha & Gatões. Não sou fã de romance, mas sou a minoria. Meu irmão e o de Helena foram fazer algumas pipocas. A garota de olhos verdes senta ao meu lado. Ela está com um shorts curto que me leva às alturas. Helena apoia as pernas em mim. Acaricio sua coxa. Sinto ela se arrepiar. Desço minha mão até sua virilha, dou carinho na região. Ela se remexe e me olha querendo mais. Mas tiro minha mão assim que escuto os meninos voltando para a sala.

Passo o filme todo dando carinho no corpo de Helena. Ela apoia a cabeça em meu ombro com as pernas esticadas em meu colo. Espero que ela não sinta nenhuma elevação. Quando termina o filme, Guilherme e Bill vão para o quarto. Ficamos apenas eu e Helena juntos no sofá, apreciando o momento.
A garota olha para mim de repente com brilho nos olhos.

- Sabia que você tem olhos lindos? - diz ela olhando profundamente para mim.

- Que boilage é essa? Tá querendo me agradar? - rio me aproximando dela - Veleu. Seus olhos também são lindos.

Ficamos nos olhando por alguns segundos. Olho para seus lábios e vou ao encontro dos dela. No começo, é um beijo leve. Mas começa a ficar mais ardente. Helena senta em meu colo e me beija com intensidade. Minhas mãos vão de suas costas a sua bunda. A garota segura minha nuca nos aproximando mais. A deito no sofá e fico por cima dela. Desço beijando sua clavícula e levanto sua blusa para beijar sua barriga. A garota solta pequenos barulhinhos satisfatórios. Tiro minha blusa vendo Helena ficar vermelha ao me ver de tal ângulo. Aposto que gostou.
Desde que vi essa garota, senti vontade de tê-la para mim. De estar com estou agora com ela. Mas ela nunca fez isso, não sei se seria a hora certa.
Toco em meu bolso em busca de algo.

- Você tem certeza que está pronta? - pergunto a ela - eu entenderei se não estiver, estarei aqui o tempo todo.

Vejo um fogo em seus olhos, um fogo de desejo, mas logo se acalma.

- Eu... eu não estou pronta. Sinto muito Tom - responde ela sentando.

- Não precisa sentir muito. Eu disse que entenderia. Você é nova nesse quesito, então tudo bem.

- Sabia que você ficou vermelho? - pergunta rindo.

- Eu? Quando? - pergunto confuso.

- Quando eu subi no seu colo - responde orgulhosa - acho que agora sei como te fazer ficar com vergonha.

- Adoraria ver você tentar mais uma vez - digo me aproximando para beijá-la, até escutar dois estraga prazeres entrarem pela porta.

- Boa noite pombi... ah desculpa atrapalhar - diz Georg ao me ver sem camisa.

- Tudo bem, a gente só tá vendo um filme - responde Helena.

- Mas a TV tá desligada - Gustav aponta para a TV.

- Ah é porque acabou ué - ri Helena da própria mentira.

Esperamos os meninos irem para seus quartos e começamos a rir.

- Quer dormir no seu quarto hoje? - pergunta Helena de repente.

- Mas você vai dormir na sala? - pergunto sem entender.

- Não bobinho - ela me lança um sorriso malicioso - vou dormir com você.

Meu Imperfeito Amor - Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora