Hoje será o primeiro show com eu e Gui participando oficialmente da banda. Hoje também, eu e Tom completamos um mês de namoro. Ele não disse nada, talvez tenha esquecido, estou nervosa demais para me importar. Não comento nada assim como ele. Guardei minha surpresa pro final do dia. Termino de estudar e me dirijo à cozinha.
- Estão animados? - Georg pergunta se escorando no balcão.
- Estou mais nervosa do que animada - suspiro.
- Você já fez isso não tem porque ficar tão nervosa - Gustav diz.
- Eu sei - pego uma torada e passo maionese por cima - mas é impossível não ficar.
- Realmente - Billz fala - eu também fico, mesmo tendo feito isso um monte de vezes. Mas é só por um momento, depois que subo no palco, todo o nervosismo se esvai.
- Eu não fico nervoso - Tom diz de boca cheia - sei que vou arrasar.
- Agora você tem uma concorrente - lhe lanço um sorriso de desafio.
- Faço você comer poeira - ele me provoca.
- Vocês pensam nisso sendo da mesma banda - Gui ri - imagina se fossem de outra.
- Com certeza eu ia ganhar - brinco - você é mais bonito, se serve de consolo.
- Assim você aumento meu ego - gesticula - Mas você é mais bonita.
- Chega de boiolice - ri Bill.
Após o almoço, Tom aparece no quarto todo arrumado.
- Se arruma - ele diz - vou te levar a um lugar.
- O que? - pergunto surpresa - Agora? Mas eu nem...
- É rapidinho, eu juro - pede ele.
- Tá bom - digo correndo para o banheiro me arrumar.
Depois de eu estar pronta, vou com Tom até o carro. Ele não diz nada, me parece estranho.
- Onde a gente vai? - tento não ficar curiosa mas não consigo - você tá me matando de curiosidade.
- Calma, você já vai ver - ri ele de minha expressão. Depois de algumas voltas pela cidade ele para o carro - vou te vendar.
- Você não tá me levando pro mercado negro né? - brinco - Ok... faz o que você quiser.
- Relaxa - sinto suas mãos atarem um pano em meus olhos - tá vendo alguma coisa?
- Não - respondo.
Tom liga o carro novamente e anda por mais alguns minutos.
- Prontinho, chegamos. Espera aí que vou abrir a porta pra você - escuto a porta se abrir e ele me ajuda a sair - pode tirar a venda.
Tiro e a luz do sol atinge meus olhos. Quando consigo ver claramente. Paralizo. Um mercado. Um mercado idêntico ao que eu trabalhava. Olho para Tom que sorri para mim.
- Bom. Como eu estava sem dinheiro pra comprar algo pro nosso um mês de namoro, resolvi te trazer a um lugar significativo. É claro que não é o mesmo mercado, mas é parecido - ele diz - o primeiro lugar que nos vimos. O lugar que nos uniu.
- Como você o achou? - pergunto olhando admirada para o mercado - eu adorei Tom. De verdade. Isso foi incrível.
- Pesquisei por aí. Demorou mas achei - ele responde - quer entrar?
- Sim!
Entramos no mercado e olho ao redor, não é exatamente igual mas me lembra o que eu trabalhava. Tom vai até a prateleira de higiene feminina e olha para mim sorrindo.
- Essa bela moça podia me dar uma toalha para me secar? - ele afina a voz.
- "Precisávamos de roupas não de toalhas" - tento imitar sua voz. Ele solta uma gargalhada ao lembrar de sua fala.
- Você ficou gamada em mim desde aquele dia, não? - ele arqueia uma sobrancelha.
- Eu não gostei de você de primeira - rio - mas você era muito atraente.
- Era? - se ofende.
- É - corrigo revirando os olhos.
Entramos no carro e ele da mais uma volta pela cidade. Essa região do México é linda. Ele estaciona para apreciarmos a paisagem.
Olho para ele. Seu piercing fica tão atraente que me derreto toda. Hoje ele não está usando um boné, apenas a touca. Seus dreads caem lentamente pelos seus ombro. A luz do sol em seu rosto o faz ficar ainda mais angelical. Ele me pega o olhando, sai do banco do motorista e vai para o banco de trás. Tom gesticula para que eu vá também. Sento em seu colo e ele me olha surpreso.- Eu não imaginei que você faria isso, mas gostei - ele sorri de lado olhando para meus lábios. Não resisto e o beijo. Ele pega em minhas pernas me puxando para mais perto. Tento não fazer nenhum movimento em seu colo, porque meu corpo grita em desejo. Esqueço totalmente onde estamos. Apenas aprecio o gosto do seu beijo.
- Ei... ei para - ele diz entre meus lábios - A gente tá no carro. Quase esqueci disso, e se aparecer alguém aqui?
- Não ligo - beijo seu rosto, mordiscando seu piercing.
- Olha como você tá - ele sussurra, se dirigindo para minha camisa caindo e meu cabelo descabelado - Escuta, isso não vai dar bom não, pode aparecer qualquer um.
- Por que você tá sussurrando? - rio.
- Sei lá vai que tem alguém escutand... - o calo beijando-o novamente - Meu Deus garota... você só sabe me beijar, é isso que você sabe?
- Ah - começo a me mexer em seu colo - sei fazer outra cois...
- Helena, para com isso - ele ofega.
- Tô só brincando - me justifico.
- Sai do meu colo agora, vou ir pro banco do motorista, vamos pra outro lugar menos... movimentado - ele parece irritado.
- Você não quer? - pergunto vendo-o suspirar.
- Você sabe que eu quero mas... mas é que... eu esqueci algo no hotel - reponde rindo e choramingando.
- DE NOVO TOMKKKKAKAKAK? - gargalho.
- Eu deixei em cima da cabeceira da cama - o Kaulitz bufa.
- E porque a gente não faz sem? - o provoco.
- Tá maluca? A gente nunca fez sem. Não dá, não. Vamos pro Hotel pegar, a gente fala que esqueceu o celular ou algo assim e a gente volta, ou fica, não sei - ele diz, lhe lanço um olhar ardente e intenso - Você tá... Olha, é difícil negar as coisas com você me olhando desse jeito. Porra, vai ser rápido então, tá? Bem rápido. A gente vai aproveitar o tempo que temos aqui, só que nada de fazer o que não pode.
- Se for pra fazer o que não pode, prefiro ir pro Hotel - digo em desafio.
- Relaxa gatinha, a gente já vai voltar - Tom da partida no carro indo em direção ao nosso Hotel - Nunca imaginei você assim. Quer dizer, agora imagino mas antigamente não, eu te achava muito chata pra pensar nessas coisas. Na verdade eu pensava sim, mas não como agora. O que você tá fazendo?
Fico atrás de seu banco e começo a passar a mão pelo seu tórax, só quero ver o quanto aguenta recusar o que digo.
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Meu Imperfeito Amor - Tom Kaulitz
RomanceHelena Guimarães - originalmente brasileira; amante de guitarra e uma pessoa completamente anti-social - se vê obrigada a mudar-se para Alemanha e a morar com seu irmão por conta de problemas familiares no Brasil. Encontra-se trabalhando em um merca...