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- Você acredita em destino? 

- às vezes, sim, mas outras, não.

- por quê?

- acho que tem algumas situações que me fazem querer acreditar que não foram planejadas. 

- tipo o quê? 

- tipo não poder ter você agora.

- mas você me tem! - respondo confusa.

- então por que você não está aqui? 

- mas eu estou na sua frente, matheo.

- não, você não está. 

- o quê? - olho para o mesmo um pouco perdida.

- você já me esqueceu? - diz com a face chateada. - eu pensei que você me amasse! 

- mas.. Eu te amava.. 

- então por que você está com ele agora? Você realmente me superou? 

- eu te deixei para trás.

- você me enterrou mesmo, não é?! - diz me olhando com chateação em sua face.

- não seria justo eu pensar em você enquanto estou apaixonada por outro! 

- você me matou. - diz me olhando. - lembra quando estudávamos juntos? Quando a gente corria e você pegava doces comigo? 

- eu não matei você. - falo sentindo os meus olhos se encherem de lágrimas.

- você tem certeza ou só está tentando se enganar outra vez? - diz tranquilo. - ben tem se esforçado para ser notado, e como você está agradecendo ele? 

- por que você está fazendo isso? - pergunto sentindo as lágrimas saindo do meu rosto.

- não sou eu, querida. Eu nunca faria isso com você! - diz limpando as minhas lágrimas. - Benjamin está se esforçando para te ver sorrir. 

- eu sei.. - respondo.

- sua mãe ainda te odeia por tudo, o seu pai se esforça, mas sua mãe o mantém ocupado, Benjamin se sente na obrigação de te ver feliz, ana deixava você se esconder na casa dela, quando você tinha uma recaída e mesmo assim, você não percebe as coisas ao seu redor. Esse garoto vai mesmo me substituir? 

- ele é melhor do que você, matheo. 

- você está me chateando, meu amor. - diz com a face triste novamente. - eu só queria te ver bem.

- não faz assim, você me quebrou. - falo me afastando. 

- e mesmo assim você não supera o que aconteceu. - o mesmo me olha. - a sensação de me ver no caixão foi desesperadora, não é?! Eu sei.

- isso foi há 2 anos. - respondo limpando as minhas lágrimas.

- oh querida, você errou a data. - diz me olhando. - hoje está fazendo 3 anos.

- 3 anos? - pergunto.

- lembra desse jardim de rosas? - o mesmo faz a minha atenção ir para o local onde tinha gramas e rosas de todos os tipos. - eu te mostrei quando decidir contar que estava apaixonado. Você me recompensou me jogando em um caixão.

- eu não queria que isso acontecesse, me perdoa. - falo olhando para o mesmo enquanto as lágrimas caíam dos meus olhos.

- sua mãe não te apoiou, não é? - o garoto diz me analisando. - ela é traumatizada também.

- a minha mãe? 

- nataline é a irmã morta de quem ela nunca fala. 

- nataline? - olho para o mesmo confusa. - a minha mãe é filha única.

this is love ? - tom kaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora