Capitulo 2: parte 2: Perigo

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Para esse capítulo recomendamos Dangerous woman - Ariana Grande

Freen

Eu consigo me arrumar e sair de casa no horário exato em que preciso. Estou vestindo um terninho preto, me sinto bonita. Retiro meu carro e sigo em direção a empresa. Uma música está tocando e eu deixo. Começo a dançar enquanto dirijo, o céu está claro, tão azul. Teremos um dia quente hoje. Observo as pessoas na rua, a música tocando, me sinto feliz. Hoje será o início de um novo dia, tenho certeza que coisas boas virão. Meus planos darão certo.

Chego à empresa, deixo o carro no estacionamento, vou até o meu elevador pessoal e aperto o botão para o meu andar. Assim que chego nele, eu saio, seguindo até a mesa de Mirtes. Assim que me aproximo, ela me informa que a advogada do grupo Armstrong está me esperando na sala ao lado. Eu estranho a informação no mesmo instante, a palavra advogada não parece combinar com o grupo Armstrong, antes de contratá-los eu pesquisei tudo a respeito.

O grupo Armstrong apesar do êxito que apresentam, não são muito fãs de terem mulheres como advogadas, são presunçosos e machistas. É uma empresa administrada pela família, mulheres estão em cargos menores, escritórios e afins. Apesar disto, são muito bons no que fazem. Por isso eu os escolhi. Tento imaginar quem poderia ser a advogada, nada me vem à cabeça, sei que no grupo, que é formado pela sua maioria por familiares ou amigos próximos, há algumas mulheres trabalhando, mas geralmente elas ficam com casos pouco relevantes.

Já fico intrigada e louca para conhecer essa tal advogada, isso vai ser no mínimo intrigante. Mirtes aponta para a sala, eu olho. Sinto que o mundo inteiro ao meu redor gira, coloco a mão sobre a mesa. Não é possível. "Ela não. Ela não. Qualquer pessoa, mas ela não". Mirtes me olha assustada:

- Está bem, senhorita Sarocha?

- Estou bem, Mirtes. Só fiquei um pouco cansada, acho que dormi mal.

Digo voltando a erguer o meu corpo.

- Quer que lhe traga alguma coisa? Um copo de água?

- Não é necessário. Você pode me dizer qual é o nome da advogada?

- Senhorita Rebecca Armstrong.

"Rebecca, Rebecca"

- Becky.

Falo sem pensar.

- Como?

Pergunta Mirtes.

- Nada, irei para minha sala, farei uma ligação, aguarde.

- O que eu digo para a senhorita Armstrong?

- Não sei, diga que vou demorar, que não posso atendê-la, diga qualquer coisa.

- Está bem.

Saio apressada

Sei que o CEO, sócio majoritário tem uma filha, mas nem por um segundo eu poderia imaginar que a Rebecca da lista do grupo Armstrong é Becky, a pessoa que me trouxe até aqui. A filha da puta que me fez ser quem eu sou. De um jeito péssimo? Sim. Mas ela é a responsável. Consigo ouvir sua voz pelo corredor "ratinho", "ratinho". Tenho vontade de ir até ela nesse momento e lhe dizer tudo que sempre quis. Mas não posso, estou prestes a realizar a última parte da vida que planejei, a jogada final, ela não pode e nem vai me atrapalhar.

Quando chego na minha sala, ligo para o senhor Armstrong, ele atende com a sua voz mansa, aquela voz passiva de quem só faz o que faz por presunção, há um sorrisinho no seu tom de fala. Só podia ser pai dela. Só podia.

- Senhorita Chamkinha, bom dia! Espero que esteja bem, já recebeu nossa advogada por ai?

- Bom dia, senhor Armstrong. Sim ela está aqui. Mas bem, ela não é exatamente o que eu esperava encontrar hoje. Acredito que houve um equívoco, não posso trabalhar com ela. - Paro um instante, preciso pensar em um argumento válido. - Quer dizer, não posso trabalhar com essa jovem mulher. Quando contratei o grupo, foi pela experiência que tinham e os grandes nomes do ramo que sua empresa tem.

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