Recomendamos ouvir Traitor da Olivia Rodrigo. Comentem, gostamos de saber o que pensam sobre o que estamos escrevendo.
Becky
Hoje é dia de ir até a "Bit company" espero que algo prospere por lá, pois se isso não acontecer eu terei que ter uma conversa séria com Sarocha. Irei verificar toda a documentação presente na empresa, apesar de acreditar que estou sendo feita de trouxa por ela, não acho que vou perder meu tempo, pode ter algo lá que eu possa aproveitar.
O motorista está me esperando na entrada de casa, saio sem ver ninguém, nenhuma novidade, estão sempre ocupados por aqui. Chego a empresa e ainda é cedo, me apresento na portaria, recebo um crachá diferente, sou direcionada a ir até o setor contábil, onde um tal de Seng irá me atender.
Entro no elevador social e sou encaminhada até um dos andares que já na porta diz "setor contábil" é um andar inteiro para contabilidade. Quantas pessoas trabalham aqui? cem? duzentas? E nesse andar? Não faço ideia, mas hoje irei ficar sabendo. Caminho até a recepção do andar e me apresento a um jovem, de cabelos pretos e sorriso amigável, ele faz uma ligação e sou encaminhada para outra sala junto a ele.
Chego em frente a porta e lá está escrito: "Wichai, Seng / Diretor contábil" eu conheço esse nome. Será que é o... Antes de concluir meus pensamentos o recepcionista abre a porta e sentado a frente em uma mesa grande, está ninguém menos do que Seng, o garoto que estudou comigo o ensino fundamental e o ensino médio inteiro, um dos meus parceiros de brincadeiras, festas e tudo mais na escola. E também o cara mais causador da face da terra.
Estou praticamente estática, que mundo pequeno, Seng Wichai, o topeira, meu amigo do ensino médio, simplesmente trabalha para Sarocha. Muita coincidência. Ele levanta o rosto e sorri para o meu lado. Parece também me reconhecer.
- Patrícia? - Meu Deus ninguém mais me chama assim no mundo. É ele mesmo. - Rebecca Patrícia Armstrong? O que faz aqui?
- Topeira velha? Não creio. Você por aqui? Eu olho para ele e ele sorri, eu sorrio de volta.
Não posso evitar deixar as lembranças virem, e meus pensamentos retomam ao passado. Lá estou eu vestida de uniforme, branco com detalhes azuis, ao meu lado caminhando pelo corredor estão Irin, Heng e Seng, andando pelo colégio. Irin e Heng em seu mundo particular falando de alguém. Enquanto Seng me enchendo a cabeça sobre as fofocas do colégio, os apelidos novos, me incentivando a falar coisas para as outras pessoas.
Confesso que não éramos muito legais, nenhum de nós. Mas Seng era o pior, ele pensava cada apelido, cada jeito novo de brincar e zombar de alguém. Creio que era devido a vida triste que ele levava. O pai era violento, a mãe alcoólatra, filho único de uma família muito rica, tinha tudo, menos amor. E a escola era o lugar que ele reinava. para ser mais sincera, nós reinavamos.
Não posso me tirar fora dessa, sei bem quem eu era. Sou pega entre as minhas lembranças com o abraço de Seng e volto a realidade. Estou novamente no escritório contábil da "Bit company".
- Patrícia você está ainda mais bonita, o que aconteceu? Como me encontrou aqui?
- Eu sou a advogada que cuidará do caso de corrupção envolvendo a empresa.
Nesse mesmo momento Seng muda a face inteira, seu rosto está contorcido, sua testa franzida. Ele se afasta um pouco de mim, está tão sério que não sei o que dizer. Ele coloca uma das mãos no queixo, está vestido com um terno cinza de muita qualidade. Depois ele me olha, caminha até a sua mesa e senta na cadeira com a postura extremamente ereta.
Com os dois cotovelos apoiados na mesa e uma das mãos apertando uma caneta, ele aponta para a cadeira à frente da mesa. Permanece me olhando sério e em silêncio. Me constranjo um pouco com a mudança repentina de humor dele, além do silêncio que paira há alguns minutos, vou até a cadeira e me sento. Então decido falar:
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The laws of love
FanficFreen é empresária do ramo digital, sua empresa "Bit Company" está sendo processada por corrupção. Por este motivo ela contrata o Grupo Armstrong, no qual o pai da Becky é sócio majoritário, para defesa. Com a certeza que é um caso perdido, o senhor...