Capítulo 13: Parte 1: Razão para viver

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Hello, pessoas. Aqui está o capítulo, pelo jeito nossos encontros serão nas segundas né? É quando está rolando.

Recomendo a música "Azul da cor do mar" Tim Maia. Desculpe, sou uma senhora das antigas. rsrs Boa leitura. 

Becky

Eu comecei a correr e a cada passada uma lágrima descia, meus olhos estavam turvos, minha mente e coração acelerados, cada passo que eu dava mais distante eu estava de Freen e mais perto eu estava da realidade. Voltar para minha casa, rever meu pai, era talvez pior do que imaginar que Freen não correspondia a meus sentimentos.

Antes de sair de casa tive outra discussão com meu pai, desta vez ele queria que eu me preparasse para outro almoço, eu neguei, ele foi enfático em insistir então anunciei que me mudaria, ele ameaçou me tirar o cargo de advogada, eu fui insistente que aquilo não teria importância, ele riu e disse que não tinha mesmo, pois eu não fazia diferença na empresa, nem como advogada nem como sua filha. E isso me doeu muito.

Tanto que apenas sai correndo de casa para espairecer, eu queria apenas correr até que a dor fosse embora e agora não era diferente, eu queria correr até que Freen desaparecesse da minha mente, que minha família se modificasse, que meu pai mudasse de ideia, se as coisas fossem fáceis assim. Mas nada tem dado certo, eu queria que apenas uma só coisa desse certo essa noite. Quando vi Freen pensei que era essa a oportunidade que eu teria, mas, não foi isso.

E é por isso que estou correndo, mas não sei para onde, não sei porque. E é aterrorizante saber que talvez, essa seja a última noite da minha vida como planejei até agora. Eu terei que começar do zero, em outro lugar, de outra forma, eu vou precisar, quem sabe até, pensar em outra carreira.

Meus passos estão tão acelerados que eu não sei se posso continuar correndo. Então eu ouço uma voz, é Freen, ela grita meu nome. Não sei porquê, talvez pelo desespero do seu grito, agudo, tão alto, eu desacelero e paro. Não criei coragem para virar para ela, então ainda de costas, sinto seu corpo esbarrar no meu, sinto meu corpo ser lançado para frente, mas antes que ele se afaste do dela, ela me abraça, com força, com tanta força que quase perco o ar.

Eu não estava preparada para aquilo, não sei o que estou sentindo, nem sei o que está acontecendo, então, lentamente ela começa a girar meu corpo, olha dentro dos meus olhos e me beija. Não me permite qualquer reação, não me permite nem secar as lágrimas que ainda estão caindo. O beijo é calmo, lento, seu lábios são macios. O beijo é salgado, levanto uma de minhas mãos e coloco em sua nuca, tudo fica quente, gostoso.

Nossa boca começa a se movimentar com mais ênfase, meu corpo começa a esquentar inteiro, sua mão vai até meu cabelo e começa a me tocar com intensidade. Nossos corpos se colam, ela também está quente. Ela me beija com tanto fervor, que acho que vai me devorar. Quando sua língua pediu passagem para minha boca, é tão, tão bom. Diferente do nosso primeiro beijo, minha língua encontra a dela e ficamos assim por um tempo, corpos, mãos, bocas, línguas, cabelos.

Enfim, quando sua boca se afasta da minha, e eu olho nos seus olhos, estou temerosa, do que pode vir, mas Freen sorri, o sorriso mais lindo que já vi em toda a minha vida, pois ele começa nos olhos, irradia para as bochechas e vai até a boca. Seus dentes brancos avistados de canto a canto, Freen está sorrindo por inteira. Eu sorrio também. Nos encaramos por algum tempo, então ela diz:

- Acho que também estou apaixonada por você.

E meu corpo parece flutuar, sou eu agora que torno a beijá-la, nossos beijos misturados a sorrisos são diferentes de novo, quanto beijos será que Freen tem para mim? Quantos beijos diferentes ela consegue dar? Nossa boca parece não querer se separar, mas acabamos por parar, Freen segura minha mão, suas mãos são macias, seus dedos longos. Ela me guia até um banco próximo dali. Nos sentamos.

The laws of loveOnde histórias criam vida. Descubra agora