Capítulo 1: Parte 2: Ela faz o meu sangue ferver

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Para esse capítulo indicamos a música Simmer - Hayley Williams 

Becky

O motorista do Grupo Armstrong me buscou em casa, exatamente no horário previsto. Trinta minutos depois eu estava em frente a um suntuoso prédio e todo ele era da "Bit Company" cada andar dedicado a uma área da empresa, ao todo onze andares. Se não bastasse, o décimo primeiro inteirinho era da Senhorita Sarocha. Quem precisa de uma andar inteiro? Para alguém de origem tão humilde ela parecia uma megalomaníaca.

Eu tive esse pensamento bem antes de ter visto o rosto dela estampado na fachada do prédio. Ela brilhava na altura do quarto andar, ao lado dela estavam outras três pessoas, em tamanho um pouco menor, um homem mais jovem, provavelmente, uma mulher loira e um senhor, um pouco mais velho. Apesar do exagero, você olhava para aquela foto e sentia segurança, como se você pudesse entregar qualquer coisa para aquela empresa cuidar. O olhar de Sarocha, transmitia confiança e medo.

Eu respirei fundo, caminhando em direção a porta de entrada, que devia ter uns quase três metros, a entrada tinha cinco metros vagos e depois uma mesa com duas mulheres trabalhando. Era tudo tão bem iluminado e bonito lá dentro. Me encaminhei até o balcão, uma senhora sorridente me cumprimentou:

- Bom dia, seja bem vinda a Bit Company. Como posso ajudar?

Ela parecia tão simpática. Um tipo de pessoa certa para um primeiro atendimento.

- Bom dia, me chamo Rebecca Armstrong tenho um horário marcado com a senhorita Sarocha.

- A sim, claro. Você é a advogada do grupo Armstrong.

- Sim, obrigada.

- Aqui está o seu cartão de acesso. - Ela me entregou um cartão preto. Após isso ela me indicou o elevador. - Você irá selecionar o décimo primeiro andar, ele vai solicitar o uso do cartão para confirmar sua ida ao andar, aponte o cartão para o acesso brilhante, o elevador irá subir, depois parará no andar devido, sem interrupções. A secretária de Sarocha já estará te esperando.

- Muito obrigada.

Eu respondi e fui até o elevador. Porque eu me sentia nervosa? Era somente um elevador, indo de encontro a minha primeira cliente de fato, meu primeiro caso. Que por sinal era uma mulher poderosa. Eu senti meu corpo suar. Era sim mais que um elevador. Ali estava em jogo tudo pelo qual abdiquei até aqui. Horas e horas de sono perdidos, festas não idas, amigos esquecidos. Eu precisava dar o meu melhor.

Meus pensamentos foram interrompidos pelo bip do elevador, de repente as portas se abriram, aquele andar era totalmente diferente do que eu imaginava, estava mais para um playground. O que eu pensei ser um andar inteiro dedicado a uma pessoa exclusivamente, era nada mais que uma área de lazer para os funcionários da empresa.

Bem, era tudo organizado, cada coisa em uma sala específica com o nome determinado e bem ao centro uma cafeteria circular, onde os funcionários poderiam se reunir para para o trabalho, ou quem sabe um bate papo descontraído. Eu estava perdida em meus pensamentos até que um moça jovem veio até mim, era bem bonita, cabelo negros, olhos castanhos. Vestia-se elegantemente. Deve ser a secretaria.

A mulher assim que se aproximou se apresentou para mim, seu nome era Mirtes, que me encaminhou até uma pequena sala de espera, com poucas cadeiras. Desta sala eu conseguia ver alguns espaços. A cafeteria, a mesa da senhora Mirtes e uma sala que eu deduzi ser a sala da senhorita Sarocha, devido a organização.

Pelo visto Sarocha ainda não tinha chegado. Olhei no relógio e faltavam dez minutos para o horário marcado. Ela estava no tempo certo, eu quem havia me adiantado. Esperei enquanto organizava as fotos da minha galeria do celular. Me deparei com uma foto de minha cliente. Eu tinha salvo ontem, quando estava no jantar com Irin e Heng. Eu não sabia porque tinha feito aquilo. Mas também não apaguei. Eu fiquei olhando para ela durante um tempo.

The laws of loveOnde histórias criam vida. Descubra agora