Capítulo 9: parte 1: O jantar

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Olá! Aqui está o tão aguardado jantar esperamos que gostem dos plots. Queremos saber o que acharam desta parte. Abraços... A ouçam Taylor, claro né? Ready for it. Até breve! Escrevemos muito!

FREEN

O restante do dia transcorreu normalmente, fui até a empresa e executei todos os trabalhos que eram preciso. E agora eu estava em casa olhando para o meu guarda roupas pensando em que roupa seria adequada para um jantar deste tipo, um jantar de negócios, mas que ao mesmo tempo precisaria passar uma confiança mais pessoal.

Encarei durante algum tempo aquele espaço, talvez o que eu precisava estava no closet, entre algumas roupas que não usava tanto. Eu queria estar bonita, eu sabia que Rebecca estaria deslumbrante. Não havia um só dia que ela estava mal vestida, ou feia. Se tinha uma coisa que aquela mulher tinha era presença. Eu não poderia de maneira alguma sair de casa de qualquer forma. Olhei tanto para todos os vestidos e conjuntos sociais que eu tinha, que comecei a sentir dor de cabeça. Eu realmente não sabia o que usar. E o pior de tudo era que já estava muito tarde para sair e comprar qualquer coisa que fosse.

Diante de todos os meus receios, resolvi ir tomar banho, uma quantidade de água quente com sais minerais e incenso poderia me deixar mais relaxada. Abri a torneira da banheira e tirei a minha roupa. Eu sentia todos os meus músculos doloridos. Acendi um incenso. Eu estava mesmo extressada, os últimos meses estavam sendo corridos, sobrecarregados de trabalho e sem quase nenhum lazer.

E no dia que eu tinha uma noite tranquila eu ainda inventei um jantar de negócios. Não sei onde eu estava com a cabeça. Na verdade eu sabia sim, minha cabeça nos últimos dias estava em Rebecca, a menina do passado que me moveu a ser quem eu sou hoje e a advogada do presente que vivia mexendo comigo de várias maneiras.

Eu sabia que eu tinha um plano a executar, uma vida que precisava seguir, de coisas que eu estava planejando desde minha adolescência, eu não poderia desistir agora que ela apareceu. Aliás, não haveria motivo nenhum para tal. Rebecca ressurgiu em minha vida como um ponto de interrogação, uma forma de interpretar e questionar tudo que eu estava vivendo.

Eu realmente não sei se Rebecca se lembrava de mim na escola, eu não sei se queria saber disso. Se antes eu era a garota que um dia desejou que Rebecca aparecesse na minha frente e percebesse que a menina que ela humilhou não existia mais, por outro eu neste exato momento, estava entrando em uma banheira para tomar banho e me encontrar com Rebecca e falar de assuntos difíceis para mim, justamente para que ela se sentisse confortável, pois eu sabia que ela estava dando o melhor dela, além de perceber que havia algo que ela queria mostrar para alguém, que muito provavelmente era a família.

E eu sabia o que era esse sentimento, o sentimento de ter que provar aos outros nossas capacidades. De repente meus pensamentos começaram a se modificar, comecei a me lembrar de Rebecca no tribunal, respondendo o juiz e eu me senti estranha, como se ela estivesse mais bonita que em outros momentos. Como se as lembranças que eu tivesse dela fossem diferentes.

Agora eu não era a cliente de Rebecca, eu era sua parceira de trabalho, estávamos ali de outra forma, e após as falas do juiz para dar continuidade ao processo, nós saímos dali e entramos no banheiro. Rebecca me olhou, sorriu para mim, como em um sonho, eu começo a imaginar cada detalhe, a Rebecca se aproximando devagar, tocando meu rosto com carinho, me olhando nos olhos, meus olhos descendo para a sua boca, sua boca entreabrindo e vindo em minha direção.

Puta que pariu Freen, você está louca. Não é possível, que você deixa essa mulher entrar na sua mente desse jeito. Que espécie de loucura é essa que você está imaginando? Seu papel hoje é exclusivamente convencer Rebecca da sua inocência, nem que para isso você precise contar a ela algumas de suas verdades. Você precisa estar bem, centrada e principalmente tranquila.

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