Capítulo 10: Parte 1: Eu sinto

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Olá, se puderem dizer o que esperam da história a partir de agora, podem nos ajudar a fazer algo diferente, inédito. De qualquer forma, o final já está na nossa mente, só uma direção até chegar lá. Ouçam Lana Del Rey: hope is a dangerous thing for a woman like

Becky

Alguns dias haviam se passado desde o dia que jantei com Freen, encontrei o Seng e em seguida percebi que tinha me apaixonado por Freen. E dias depois, analisando todas as coisas, eu estaria me precipitando em dizer que estou apaixonada, na realidade, estou interessada.

Provavelmente pelo fato de não saber exatamente quem ela é, ou ainda em perceber que possa haver uma confusão, pois ela me faz sair da zona de idealismo, para a zona de realização. É como se a Bit Company fosse o primeiro trabalho realmente valioso que eu faça em toda a minha vida. Mas ao mesmo tempo, a Freen é o ponto de tudo, pois ela me faz pensar que talvez realizar esse sonho, esteja longe de ser quem eu quero realmente ser.

E é nisso que eu estava pensando, enquanto escrevia alguns argumentos para enviar ao tribunal, então meu telefone tocou, ao olhar a tela vi que era Freen. Meu coração começou a errar as batidas, talvez eu tenha me enganado sobre ela ser o ponto de tudo, talvez o que eu sinto é só paixão mesmo. Que merda. Respirei fundo e atendi a chamada.

- Rebecca falando, bom dia.

O que eu era, uma atendente de telemarketing?

- Bom dia, Becky.

A voz dela era tão doce, tão boa de ouvir, também pelo telefone.

- Bom dia, Freen. - Ela sorriu e eu fiquei sem graça. - Eu já tinha dito bom dia antes, não é?

- Estou te ligando para saber se pode me encontrar, hoje a tarde.

Ela não respondeu a minha pergunta, talvez estivesse rindo de mim e não da minha situação. E ela quer me encontrar? Para quê afinal? Quando foi que parei de acreditar que Freen é uma megera, para ficar em dúvidas sobre o fato dela querer me encontrar, era alguma coisa pessoal ou de trabalho? E afinal, esse trabalho vai se resumir a isso? Eu agindo como uma besta, toda vez que ela fala comigo? "Não Rebecca, você não é esse tipo de pessoa, nunca foi"

- Te encontrar?

Respondi.

- Sim, eu recebi uma intimação para o julgamento.

Claro, trabalho.

- Qual a data?

- Na semana que vem, terça, às nove horas.

- Já?

- Acho que o juiz já tem tudo que precisa.

Ela fala sorrindo.

- Freen, isso não é engraçado.

- Não acho engraçado.

- Então porque está rindo?

- Acho que de desespero, tipo isso.

Eu sorrio, é audível. Depois respondo.

- Mas não é algo para rir nem de brincadeira. Você pode ser presa.

- E porque você está rindo?

- Tipo isso. - Eu falo imitando-a, sorrindo novamente. - Você falando gíria, é engraçado.

- Eu sou engraçada.

- Se você diz.

Ficamos um tempo em silêncio. Até que ela falou:

The laws of loveOnde histórias criam vida. Descubra agora