Olá meninas, essa parte dois, está um pouco diferente do que temos costume, pois ao invés de Becky reviver todos os momentos e nós acompanharmos as partes na visão das duas, achamos por bem escrever como uma continuação, pois acreditamos para o nosso propósito atual seja necessário. Esperamos mais uma vez que gostem, vamos deixar hoje a música:
Se divirtam, nos digam o que estão achando de tudo isso. Beijinhos.
Becky
O copo de panna cotta estava em minhas mãos, eu levava a colher a minha boca devagar, para aproveitar o sabor, pois estava delicioso, mas também para observar Freen, que agora também comia sua sobremesa, um Tiramisú. Mas, para além de observá-la, eu precisava sentir tudo que eu estava pensando. As coisas que ela havia acabado de me falar durante o jantar, assim como a comida, estavam ainda descendo por minha garganta, palavra por palavra, pouco a pouco.
Eu sabia que seria difícil essa conversa e foi, não pelo que ela disse, mas por todas as expectativas, além claro do que eu percebi quando a vi hoje dentro do carro. Freen me olhava diferente das outras vezes, perceber isso foi estranho no começo, tirou algumas reservas de mim, algumas perguntas que eu queria fazer ficaram para trás.
Eu deixei que ela me dissesse o que ela queria dizer, sem interromper, ou levá-la para outro caminho. Eu achei que estava fazendo isso para vê-la sendo sincera. Mas agora que ela terminou e eu continuo com essa sensação de que tem alguma coisa errada, mas ao mesmo tempo com essa ideia de que eu preciso acreditar no que ela está dizendo. E essa sensação não deixava confortável e não fazia sentido, pois como advogada dela, eu precisava do máximo de informações possíveis, mas o modo como ela falou comigo hoje, a maneira como aquele olhar dela me encarou assim que entrei no carro, parece me deixar de um jeito que nunca estive antes. E eu simplesmente não consigo entender.
Terminamos de comer nossas sobremesas em silêncio, Freen insistiu para pagar a conta. Eu permiti, afinal era um jantar de trabalho, ela era a cliente, fazia sentido. Continuamos sem conversar até o caminho do carro. Estavamos lado a lado, até que ela acelerou um pouco os passos, foi até a porta do lado do carona, abriu e estendeu as mãos para eu entrar.
- Obrigada.
Respondi, achando ela gentil. Ela sorriu. Acho que esse foi o primeiro sorriso que ela deu para mim, desde que a conheci. Sabe, aqueles sorrisos singelos, apenas como resposta, foi esse tipo. Quando eu já estava sentada no carro, Freen passou pela frente dele, ela estava muito bonita, seus cabelos presos deixavam a mostra seu pescoço. Quando ela se sentou no banco do motorista, ela olhou para mim e sorriu mais uma vez. Só que esse foi um sorriso diferente, senti uma coisa estranha descendo pela garganta, como se houvesse algo.
- Vamos?
Perguntou.
- Vamos.
Eu respondi. Ela ligou o carro, o silêncio estava em todos os espaços, mas não me incomodava desta vez, era como se estivesse tudo bem. Mesmo aquela sensação estranha, incomodava pouco. Paramos em um sinal e Freen me olhou. Fiquei tentando desvendar seus pensamentos, aquele olhar dela estava diferente. Um oceano ao sul. Chegamos em minha casa, Freen desligou o carro e saiu.
De repente a porta do meu lado abre, é ela sendo gentil outra vez. Esse lado que vi hoje me deixou esquisita. Não sei dizer sobre o quê. Quando saio do carro, eu olho para ela. Ela me olha de volta, ela está balançando uma das pernas parece nervosa. Um pensamento me ocorre, preciso perguntar-la isso apenas essa vez, sinto que ela vai ser sincera, sinto que é o momento.
Mas antes que eu diga qualquer coisa, ela fala:
- Obrigada por me ouvir e pelo jantar, foi bom.
- Eu que agradeço, foi muito boa a nossa conversa.
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The laws of love
FanfictionFreen é empresária do ramo digital, sua empresa "Bit Company" está sendo processada por corrupção. Por este motivo ela contrata o Grupo Armstrong, no qual o pai da Becky é sócio majoritário, para defesa. Com a certeza que é um caso perdido, o senhor...