Capítulo 22: Parte 1: Uma mudança radical

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Sei que estão ansiosas para o desenrolar, mas em minha defesa, quando comecei a escrever esta fic, haviam apenas 5 leitoras, 10 no máximo e todas eram minhas amigas, ou seja, aceitariam com vigor as ideias que eu colocaria aqui. Ou me xingariam no off com veemência. Eu jamais imaginei que teriam outras pessoas lendo, apesar de saber da possibilidade. Esta semana batemos mais de 25k de leituras. Assustador para mim. Ontem pensei em escrever um milhão de vezes e não consegui, até que uma leitora me deu um up. É isso galera, esta parte estava imaginada desde o início, todo este capítulo (parte 1 e parte 2) e o próximo capítulo foi o motivo de eu ter criado esta fic. Espero que gostem. Beijinhos.

Boa leitura?

A música para agora é: La la Land - Demi Lovato (Ela regravou, ouçam a nova versão)

.....

Rebecca Patrícia Armstrong

Estava sentada conversando com Nam, contando a ela como havia sido meu embate com Seng e ela me perguntou:

- Quando você percebeu ser uma emboscada, você sentiu medo?

- Na verdade, eu cogitei a ideia desde o início.

Nam arregala os olhos para mim e dá um gole em sua sangria.

- E você foi mesmo assim?

- Claro. Eu jamais imaginei que Seng fosse capaz de fazer mal a mim.

- Mas Rebecca, nem depois do que ele fez comigo?

- Eu entendo, mas veja bem, não foi ele quem fez, ele mandou fazer. Eu achava que ele era covarde demais para tentar fazer algo com as próprias mãos dele. E eu estava preparada para enfrenta-lo. Mas quando eu vi aquele quarto, as coisas organizadas, foi como se uma lampada acendesse na minha cabeça, e se ele estivesse armado?

- Você foi completamente imprudente.

- Eu sei. Mas confesso que senti uma adrenalina em mim, como jamais sentida antes.

- Mas me diga uma coisa, quando a arma caiu no chão e os dois colocaram a mão, você decidiu puxar o gatilho. Você imaginou que pudesse atirar em si mesma?

- Eu joguei com a sorte. Foi no calor do momento. Eu só pensei, preciso sair viva daqui e encontrar Freen.

- Que romântica.

Nam fala sorrindo.

- Mas esta é a verdade. A única coisa que eu conseguia pensar era nela.

- E quando você percebeu que ele estava sangrando?

- Foi imediatamente, nossas mãos estavam próximas demais dos nossos corpos, ele estava me empurrando e a arma encostou entre nossas barrigas. Foi por um instante. Ele caiu me puxando junto com ele, eu me levantei com a arma na mão, sangue jorrando da barriga dele, ele ficou deitado no chão. Nam, você não vai acreditar naqueles olhos dele, as pernas jogadas para o lado, parecia um rato após ser envenenado. Sinistro.

- E você sentiu medo que ele fosse morrer?

- Eu me senti aliviada. Não só porque eu estava viva, mas também porque estava finalizado. Eu jamais conseguiria conviver sabendo que Seng estaria por aí, esperando para fazer mal a alguém.

- Eu acho que você foi burra. Mas também muito corajosa. Eu ouvi no noticiário que ele está bem, deve ficar internado mais alguns dias e depois será levado para prisão.

- É o mínimo que ele merece, eu não me importaria se ele tivesse morrido.

- Rebecca, quem te viu quem te vê.

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