Epílogo: The Weapons Of Love

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Eu dedico este pequenino epílogo a minha amiga Juliana, que desde o princípio da fanfic me acompanhou, além disso me apoiou durante todo o tempo nos estudos para o mestrado que fui aprovada (ALELUIA). E a todas as leitoras.

......

O tempo estava extremamente quente Sarah entrou no banco, passou pela porta da segurança, pegou sua ficha de espera e se sentou ao banco. Ficou um tempo olhando o celular, até que ele tocou. Ela atendeu, falando baixo, pois no banco era proibido. De repente, um segurança veio a seu encontro:

- Senhorita, pode por favor desligar o celular, é proibido.

Sarah fez sinal de espera para o segurança, que respirou fundo e depois tornou a dizer:

- Senhorita, se você não desligar o telefone vou pedir que saia.

- No te entediendo.

- Como?

- No estoy entendiendo.

- A senhora não fala português?

- Yo no entendiendo portugués.

- Nãaao pode usar o celular.

O segurança diz fazendo sinal de telefone com a mão em torno do ouvido.

- Teléfono celular?

- Isso, não pode. CELULAR.

- Necesito hablar con mi madre.

- Tua madre?

- Esto es mi madre. Un momento. Mamá, ¿me estás escuchando? Es un guardia de seguridad que está hablando conmigo. Creo que es hora, estás saliendo. Hay 8 personas en la fila y otras diez de pie, afuera está lleno. Mamá, cuídate, ¿estás tomando tus medicamentos correctamente?

- Senhorita, vou ver se encontro alguém que fale sua língua.

- El hombre dijo algo y se alejó.

Assim que o segurança se afasta ele vai até uma das mesas, onde há um gerente sentado.

- Senhor, aquela mulher está falando ao telefone mais ela não entende português, como posso fazer para ela sair do telefone?

- Ela fala que língua?

- Não sei, acho que é espanhol. Ela fala muito enrolado, parece estrangeira.

- Espanhol? - O gerente diz enquanto parece pensar. - Claro. Vá lá dentro no setor empresarial e chame a Juliana. Ela vai poder ajudar.

- Juliana?

- Isso.

- Ok.

.................

Becky

Este era o meu primeiro assalto em um banco na cidade em que eu morava, precisava ser perfeito e não poderia haver suspeitos, deveríamos sair e entrar sem erros. Planejei junto à equipe um tumulto de uma mulher que não sabia que era proibido usar telefones em agências do Brasil. Até aqui tudo bem, o segurança comprou a ideia, saiu da porta, foi chamar alguém para auxiliar. Ainda estou no telefone despistando.

- Agora.

Informo a equipe que entra imediatamente em ação. Estão todos armados. Seguro o telefone mesmo tendo desligado, o segurança retorna, está com uma mulher ao seu lado. Ela caminha até a mim e diz:

- Buenas tardes. ¿Podría por favor apagar el teléfono?

- Sí, por supuesto. ¿Pero por qué?

- En Brasil, está prohibido hablar por teléfono dentro de las agencias bancarias para mantener un ambiente tranquilo y evitar posibles interferencias con los dispositivos de seguridad de la institución bancaria.

Encaro a mulher que está me olhando fixamente, ela parece desconfiada. Um barulho lá fora denuncia o assalto. A equipe acaba de entrar no banco. Todos estão assustados . Um dos meus homens apontam a arma para o segurança na parte externa, junto aos caixas. Depois ele o faz de refém e consegue acesso até onde estamos.

A mulher ainda está me encarando, estática. Aproveito o momento e a faço de refém. Seguro seu braço e a puxo em minha direção, depois círculo seu pescoço com meu braço direito, ela parece perceber enfim o que está acontecendo.

- ¿Estás con ellos?

- Sim. Obedeça que tudo ficará bem.

- Você fala português?

- E muitas outras línguas.

A mulher fica calada, obedecendo tudo que vou dizendo a ela.

- Qual o seu nome?

Pergunto para que ela fique mais tranquila, é importante manter os reféns bem e não desesperados.

- Juliana.

- Bem, Juliana. Basta fazer o que estou pedindo que tudo ficará bem, ok?

- Ok.

- Pois bem, peça a seu chefe para abrir o cofre.

- Não há dinheiro hoje.

- Não tente me enganar Juliana, eu sei que exatamente hoje, estamos lotados. Só por favor, faça a sua parte, quanto mais rápido tu agir, mais rápido isso termina.

Ela não pareceu se importar, mas obedeceu cada frase. Quando já estávamos no fim do assalto, levamos ela até a porta de refém. Um carro já nos esperavamos, correu tudo bem, obviamente. Um pouco antes de entrar no carro, eu lhe dei um beijo no rosto, agradeci pelo apoio e aceleramos.

.........

Freen

A empresa estava aberta há dois anos, os negócios estavam bem, tudo ia conforme planejamento. Rebecca havia me dito que da parte dela tudo estava tranquilo, o que me deixava extremamente feliz. Nosso casamento enfim estava marcado, dois anos após o primeiro pedido. Depois daquele, houveram outros 39. E eu estava preparando o quadragésimo. Pode parecer estranho, mas estes foram os dois melhores anos da minha vida. Mesmo com toda a saudade invadindo meu peito.

Nos últimos meses, tenho visto pouco Rebecca, ela está cada vez mais comprometida com o trabalho e cada vez mais distante de casa. Ela diz que precisa se concentra para que tudo dê certo. Agora antes dos assaltos ela precisa inventar uma história. Recentemente, no jornal saiu uma manchete "Coisa de novela: Assaltos a banco ocorrem em todo o Brasil.

Sai do trabalho e cheguei em casa, troquei de roupa e peguei a prancha para aproveitar antes que anoitecesse. Assim que sai da casa, não acreditei em quem eu estava vendo, parada na minha frente Phimlak, sentada ao lado de Helena.

The laws of loveOnde histórias criam vida. Descubra agora