Capítulo 15: Parte 1: Caos

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Essa primeira parte, é a parte das possibilidades, eu pensei diversas vezes como seria esse capítulo, quando eu alcançasse ele. E de repente estando aqui, escrevendo-o acho que saiu conforme minhas expectativas. Espero que gostem, que entendam e que comentem. Boa leitura. 

A música de hoje é: The doors - The end (Ok melancólica demais, mas vocês vão entender quando lerem) 

Freen

Chegamos ao tribunal, o frio na barriga aumentava ainda mais, como sempre a entrada estava lotada de jornalistas, Becky me olhou como se pedisse que eu não falasse com eles. Eu não pretendia falar, estou sem tempo, preciso falar com Seng. Estamos em cima da hora. Antes de sair do carro, Becky segurou minha mão e disse:

- Freen saiba que seja lá qual for a sentença eu estarei aqui.

- Rebecca, me ouça. Pode acontecer muita coisa ali dentro, que estão distantes do que você sabe, ou do que você acredita saber. Você não pode se decidir se não sabe o que é.

- Freen, me conte.

- Eu não sei se posso. Eu não sei se tenho coragem em admitir. Tudo parecia tão certo até o momento em que te encontrei no lago, após ver minha mãe. Mas agora, depois de tudo que vivemos essa noite. Eu não sei.

- Freen você precisa confiar em mim.

- Eu sei.

- Então qual o problema?

- Eu não sei se você pode confiar em mim.

- Está dizendo isso porque é culpada?

- Estou dizendo isso, porque tudo está para além da culpa. Pelo princípio e pela idealização do fim.

- Freen eu não entendo.

- É melhor assim Becky, acredite em mim.

- Então você será presa hoje e não me dirá nada?

- Eu preciso falar com Seng, após isso, pode ser que as coisas mudem.

- O que Seng tem haver com isso?

- Tudo.

- Freen me conte, confie em mim, eu te imploro.

Rebecca me pergunta e sinto que devo contar tudo a ela, que talvez essa seja solução. Mas, antes que eu possa abrir a boca, alguém bate a janela do carro, eu olho e é minha mãe.

- Mãe? - Becky olha para a janela e depois me olha. - Eu viro para ela e digo. - Vai ficar tudo bem Rebecca. Mas agora não tenho mais tempo.

Em seguida saio do carro correndo. Minha mãe me segura pelo braço.

- Você está louca Freen? Perdeu o juízo?

- Fale baixo, a advogada vai ouvir.

- E porque a advogada está com você no carro?

- É uma longa história.

- Não é tão longa assim, visto que ela está usando suas roupas.

- Como você repara.

- Freen não tome decisões baseada em um casinho. Você precisa se concentrar, você sabe o motivo de tudo isso. Não seja estúpida.

- Mãe, eu preciso falar com o Seng.

- Freen, eu te proíbo.

- Você não pode.

- Freen...

Enquanto ela me chama eu acelero os passos, sei que se continuar ouvindo ela, eu irei desistir. Ela sempre me apoiou nesse processo, sempre me ajudou a tomar minhas decisões. Mas agora há outras questões em jogo. Eu sei que posso estar sendo precipitada, mas eu sei o que eu sinto. Vou em direção ao tribunal, cabeça erguida, não falo com os jornalistas. Eu sigo em frente, irei falar com Seng antes da sessão.

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