CAP.11

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                             ~ Tom Kaulitz ~

Eu já havia chegado no meu quarto a alguns minutos, acendi um cigarro e fiquei na varanda

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Eu já havia chegado no meu quarto a alguns minutos, acendi um cigarro e fiquei na varanda.

O céu já estava extremamente escuro e a única coisa que iluminava o mar eram as luzes do cruzeiro enquanto a luz da lua refletia na água. Enquanto eu fumava a minha cabeça se encheu de memórias, todas elas.

Foram seis anos vivendo minha vida me forçando a achar que superei e em apenas em um dia tudo voltou. Todos esses seis anos pra nada?

As porras das lembranças voltaram e oque mais machuca é que a maioria das lembranças são boas, porra a maioria são boas. Foi aquele único detalhe que acabou com tudo, que destruiu tudo, e eu me lembro de ter surtado, surtado pelo oque aconteceu e pelo oque eu vi. Foi por isso que eu deixei de acreditar nas pessoas, eu sei que em um certo momento eu e a Madelyn não estávamos bem e ela me pediu tempo, eu tentei dar oque ela queria, tentei dar o tempo, mas quando eu vi o real motivo daquilo eu entendi, entendi o quanto ela mentia. Se ela realmente me amasse ela não teria feito aquilo, ninguém teria.

Ela podia ter conversado comigo, eu não ia gostar mas teria sido mais fácil. O problema foi que ela escondeu e eu acabei descobrindo sozinho, eu vi com meus próprios olhos e quando discutimos ela não negou, pelo contrário, ela jogou todo o ódio em cima de mim sendo que ela foi a errada, ela que errou comigo.

— Tom? - a voz do meu irmão ecoou pelo quarto e pelo visto esqueci de trancar a porta de novo.

Eu continuei onde estava e dei outra tragada no cigarro soltando a fumaça em seguida.

— Por que está aqui sozinho? Estávamos te procurando. - ele chegou do meu lado.

Dei uma olhada pra trás e vi que o Georg e o Gustav também estavam no meu quarto.

— Por nada. - desviei do meu irmão e sai da varanda.

Eu ia tentar sair do quarto mas o Georg trancou a porta me impedindo de passar.

— A gente viu. - disse meu irmão e só havia uma coisa que eles podiam ter visto. — Ela está aqui, não está? - ele perguntou e não tem por que mentir então eu afirmei com a cabeça.

Meu irmão e os garotos se entreolharam e depois voltaram a me encarar.

— Vimos você e ela na área externa, até pensamos em ir até vocês mas desistimos por acharmos uma ideia ruim. - disse meu irmão.

Um silêncio tomou conta do lugar por alguns minutos, mas eles precisam saber então eu tomei coragem pra dizer.

— Ela está noiva. - eu disse e eles franziram a testa. — O Ethan...

— Ela é noiva do Ethan? - perguntou o Georg e eu afirmei com a cabeça.

— E como tem certeza? - perguntou o Gustav.

— Hoje mais cedo o Ethan disse que me apresentaria a noiva dele depois do show e ela estava com ele, então...

— Então a Maya... - meu irmão começou a dizer.

— É a filha. - completei.

— Puta merda. - disse o Gustav.

— Quantos anos será que a garotinha tem? - perguntou o Georg.

— Acho que no máximo cinco, a Madelyn deve ter conhecido o Ethan logo depois do término. - disse meu irmão.

— É, você tá fudido Tom, vai ter que passar 3 semanas com ela aqui. - disse o Georg.

— E oque vocês conversaram? - o Gustav me encarou.

Eu não respondi a pergunta e eles entenderam que eu não queria falar sobre aquilo, nunca quis e não seria agora que iria querer.

Pedi pra eles sairem do quarto e depois lembrei de trancar a porta. Me deitei na cama e tentei dormir, mas sempre que eu fechava os olhos as memórias vinham, todas elas enchiam os meus pensamentos.

Lembro de quando eu e ela dizíamos que íamos nos casar, mas agora ela é noiva de outra pessoa. Lembro de quando pensávamos em morar juntos, mas agora ela mora com outra pessoa. Lembro de quando ela disse que se um dia tivéssemos filhos eles seriam loiros e agora ela tem uma filha loirinha mas não comigo. Éramos jovens, mas gostávamos de pensar no futuro e queríamos construir uma família, mas agora ela tem uma família com outra pessoa.

Outra pessoa.

[...] Dia seguinte.

Se eu dormi foi muito pouco, meus pensamentos não me deixaram apagar e quando eu vi o céu já havia clareado. O tempo passou rápido e eu nem vi o dia amanhecer.

Ouvi batidas na porta e eu me obriguei a levantar da cama e abri-la.

— Vamos tomar café, você não vem? - era o meu irmão e os meninos logo atrás.

Eu cogitei em não ir por medo de dar de cara com a Madelyn, mas eu não quero que ela perceba que eu me importo, por que mesmo depois de seis anos é óbvio que me importo. Ela precisava ver que eu também estou bem e que ela não faz diferença, mesmo que ela faça.

— Espera que eu só vou trocar de roupa. - eu disse.

— Ta bom.

Fechei a porta e peguei uma roupa qualquer na mala que por sinal já estava uma bagunça. Troquei de roupa e peguei meu celular, abri a porta novamente e os garotos ainda estavam lá.

Nós quatro pegamos caminho para o refeitório do cruzeiro onde é servido o café da manhã. Quando nós chegamos lá já haviam algumas pessoas e nós sentamos em uma das mesas.

— O Jaden mandou mensagem perguntando como foi o show de ontem, vou dizer que foi bom e que a viagem está sendo boa. - disse meu irmão.

— Onde ele está agora? - perguntou o Georg.

— Los Angeles, ele vive lá. - meu irmão respondeu.

— Que bom que encontrei vocês. - o Ethan surgiu do nosso lado.

O cruzeiro é imenso mas tenho a impressão que diminuiu de tamanho por que não é possível que esse cara sempre encontra com a gente, pelo menos ele estava sozinho. O Ethan nos cumprimentou e eu reparei na aliança na mão dele, esqueci de prestar atenção na mão da Madelyn ontem, mas se eles são noivos é claro que ela também deve ter a aliança.

— Nem consegui falar com vocês ontem, mas o show foi muito bom. - ele elogiou.

— Obrigado. - meu irmão sorriu e eu e os garotos assentimos.

— Se importam de eu me sentar com vocês?

— Não, fica a vontade. - disse meu irmão.

— Que bom. - o Ethan se sentou na mesa. — Daqui a pouco as garotas estão vindo.

Óbvio que elas viriam, o Ethan não iria tomar café sozinho. A Madelyn e a Maya devem aparecer daqui a pouco e eu vou ter que fingir naturalidade.

Pelo que eu percebi o Ethan não sabe sobre oque eu tive com a Madelyn, ela nunca deve ter contado a ele, mas não havia motivos pra ela contar, eu não faço mais parte de vida dela.

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Mais tarde posto outro❤️

𝑨𝑮𝑨𝑰𝑵𝑺𝑻 𝑼𝑺 | 𝑻𝒐𝒎 𝑲𝒂𝒖𝒍𝒊𝒕𝒛Onde histórias criam vida. Descubra agora