CAP.17

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                          ~ Madelyn Carter ~

Depois que o Tom saiu do quarto eu me mantive paralisada na varanda tentando controlar meus pensamentos

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Depois que o Tom saiu do quarto eu me mantive paralisada na varanda tentando controlar meus pensamentos.

Não era pra eu ter deixado o Tom se aproximar, mas sempre que olho pra ele eu lembro do que tínhamos e do quanto aquilo me fazia bem, eu sinto saudades daquilo, nunca deixei de sentir. Mas agora voltar ao passado já não me cabe mais, o problema é que se nem eu consigo me controlar para manter distância quem vai fazer isso por mim? E pra completar a situação tem a Maya, que em menos de dois dias se apegou a alguém que não vai poder ter e esse sentimento machuca, toda essa porra machuca.

Me deitei ao lado da pequena na cama e me vi pensando no que passa pela cabeça do Tom desde quando terminamos. Eu não queria que aquilo tivesse acontecido, não foi uma escolha minha e eu sei que ele me culpa, mas eu não posso culpá-lo.

[...] Dia seguinte

Quem me acordou foi a Maya, ela não parou de pular na cama e eu sabia que ela estava animada para a primeira parada do cruzeiro onde vamos poder sair para ver a praia e passaremos uma noite na pousada inclusa no passeio do cruzeiro. Ainda eram 7h da manhã mas o cruzeiro já havia parado.

Levantei da cama e percebi o quão elétrica a Maya acordou hoje, ela costuma sempre ter muita energia mas posso dizer que hoje está mais que o normal.

Peguei a bolsa com nossas coisas que organizei ontem a noite e sai do quarto junto com a pequena pra chamar o Ethan e a Sam. Eles também já haviam acordado e já estavam com tudo pronto para sairmos do cruzeiro.

Tentei não pensar muito no que aconteceu comigo e com o Tom ontem a noite, mas falhei, quando é pra tentar não pensar no Tom eu sempre falho. A única opção é fingir que nada aconteceu, mas uma pequena coisa pode trazer o caos de volta, se ele souber que o Ethan não é meu noivo ou se eu deixar escapar oque aconteceu no passado é capaz das coisas ficarem ruins. Eu consigo viver com a mentira, não consigo? Passei seis anos omitindo a verdade, sei que consigo continuar com isso pelo menos até o fim da viagem e depois é só eu me afastar como fiz a seis anos atrás, ninguém vai saber que eu e o Tom estivemos no mesmo cruzeiro, ninguém precisa saber de nada.

Saímos do cruzeiro e foi impossível não se impressionar com o lugar, o sol estava a nosso favor hoje e a praia é linda, acho que nunca vi algo assim.

— Uau, tem muitas pousadas por aqui. - o Ethan observou.

— Sabe qual é a nossa? - minha irmã perguntou.

— Não. - ele riu. — Mas vou encontrar.

— Depois nós podemos brincar? - a Maya perguntou.

— Podemos, mas vamos tomar café primeiro. - respondi.

Havia bastante pousadas e hotéis perto da beira da praia e quando minha irmã e o Ethan compraram a passagem do cruzeiro eles escolheram uma das pousadas mais caras do pacote e eu já imaginava isso.

O Ethan conseguiu a informação de qual das pousadas nós ficaríamos e caminhamos até a pousada que ficava perto. Vamos voltar para o cruzeiro amanhã a tarde para seguirmos viagem, então temos o dia todo hoje para fazer oque quisermos e hoje a noite temos uma festa em um dos salões de festas daqui da praia que inclusive são enormes.

Tem tantas hotéis e pousadas aqui que eu realmente espero não encontrar com o Tom em nenhum momento, só espero que ele e os meninos tenham ficado em um lugar longe de onde eu, minha irmã, a Maya e o Ethan vamos ficar.

Colocamos nossas coisas dentro da pousada em que ficaríamos. Depois nós tomamos café no restaurante da pousada e a Maya pediu para ir comigo na beira da praia. A Sam e o Ethan voltaram para o quarto afim de organizar as coisas e eu fui com a pequena na beira da praia.

Eu e ela tiramos as sandálias para sentir a areia e a água da praia, minha intenção não era ficar muito tempo com ela ali por que o Ethan tem ideias do que podemos fazer hoje antes do show a noite.

Já estávamos a quase 20 minutos na beira da praia e a pequena não parou de correr nem por um segundo, eu corri atrás mas meu fôlego não ajuda muito. Tirei várias fotos dela, na galeria do meu celular só tem ela e eu amo todas as fotos, nunca tive coragem de excluir nenhuma.

— Não acha que já ficamos muito tempo aqui? - perguntei recuperando o fôlego.

A Maya ignorou a minha pergunta e começou a acenar com as mãozinhas para alguém que vinha atrás de mim, por algum motivo eu sabia muito bem quem era e respirei fundo antes de me virar para ver a pessoa.

— Oi pequena. - o Tom chegou em nós.

— Oi. - ela sorriu.

— Pelo visto ficamos perto, eu e os meninos estamos no hotel do lado da pousada de vocês. - ele disse.

É claro que o destino faria isso.

— Vem Maya, o Ethan e a Sam devem estar nos esperando. - segurei a mão da pequena para sairmos dali.

— Sabia que eu e a Madelyn éramos amigos quando criança? - o Tom disse e isso foi o suficiente pra Maya largar a minha mão e começar a prestar atenção nele.

— Sério? - ela me encarou.

— Mais ou menos. - eu disse.

— Éramos sim, morávamos bem perto e nos víamos todos os dias. - ele disse.

— Então vocês são tipo melhores amigos? - a pequena sorriu.

O Tom me encarou esperando que eu fosse dizer algo, mas eu me mantive quieta.

— Antes sim, mas agora não somos mais. - ele disse.

— E por que não? - ela franziu a testa.

— Por que ela foi embora e me deixou sozinho. - ele me encarou.

— Por que fez isso? - ela me encarou.

— Vamos Maya. - segurei na mão da pequena de novo mas ela fez força para não andar. — Maya. - a encarei e dessa vez ela me obedeceu.

Eu raramente chama a atenção da Maya por algo, mas quando eu chamo ela entende, a eduquei muito bem para ela saber quando estou falando sério. Eu e ela nos afastamos do Tom até voltarmos para a pousada e eu não fiz questão de olhar para trás diferente da Maya que não parava de olhar para trás e acenar com a mãozinha.

Voltamos para a pousada e encontramos com a Sam e o Ethan. Terminei de organizar as coisas no quarto em que eu e a Maya vamos ficar e depois o Ethan começou a dizer oque faríamos hoje. A Sam diz que sempre que ele viaja ele faz um planejamento de coisas para fazer no dia e eu acho isso muito útil.

Saímos da pousada e o Ethan alugou um carro para podermos andar pela cidade sem problemas. Nós adentramos no veículo e eu e a pequena ficamos atrás. Não podíamos nos afastar muito da pousada, mas o Ethan não estava ligando muito para isso.

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Pararararara

𝑨𝑮𝑨𝑰𝑵𝑺𝑻 𝑼𝑺 | 𝑻𝒐𝒎 𝑲𝒂𝒖𝒍𝒊𝒕𝒛Onde histórias criam vida. Descubra agora