CAP.53

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~ Madelyn Carter ~

Eu estava tão nervosa que não consegui prestar atenção nos meninos e muito menos nas músicas

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Eu estava tão nervosa que não consegui prestar atenção nos meninos e muito menos nas músicas.

Da onde eu estava nos bastidores as pessoas da plateia não conseguiam me ver, mas eu via todos e não conseguia parar de olhar obsessivamente para o público que estava eufórico pelo show.

Para eles, aquele era só mais um show normal tirando a parte de que os meninos estão cantando as musicado novo álbum, mas eles nem imaginam o por trás.

Quando os meninos foram para a terceira música e nada aconteceu eu entrei em desespero, minhas mãos suaram frio por pensar que não daria certo é que o Jaden não apareceria.

Percebi o olhar perdido dos meninos que para a plateia era imperceptível. Todos tínhamos a mesma pergunta em mente. Ele está aqui?

Os agentes que estão envolvidos na busca disseram nos dar um sinal caso encontrassem algo, mas o tempo passava e nada. Nada acontecia.

Quarta música.

Quinta música.

Sexta música.

Sétima música.

Oitava música.

Pelo canto de olho vi uma movimentação dos agentes do outro lado da arena. Eu travei por pensar que ele estava aqui, mas ainda não tínhamos certeza de nada e eu sei que os agentes só irão nos dizer quando trabalho estiver concluído.

— Está pronta? - a voz da Viktoria me chamou atenção e eu assenti a pergunta. — Quando quiser. - a mesma me entregou um microfone e se afastou.

Eu respirei fundo antes de subir ao palco e a voz do Bill junto ao som dos instrumentos sumirão, as luzes do palco foram apagadas e a plateia não entendeu o motivo.

Uma pequena luz surgiu acima de mim e o olhar de todos caiu sobre meu ombros. A Sam e o Ethan que estavam nos bastidores fizeram um sinal para que eu prosseguisse com o plano.

A minha parte do plano era apenas ajudar os agentes a parar com o show como se fosse uma emergência, eu só precisava acusar o Jaden, era apenas isso que eu tinha que fazer para dar tempo aos agentes de encontraram o Jaden, mas eu vivi com o segredo por tanto anos que aquilo se tornou um peso para mim e eu senti que eu deixaria sair.

— Boa noite. Sinto muito pela interrupção do show de hoje, mas queria esclarecer algumas coisas. - tentei não transparecer o nervosismo mesmo que estivesse óbvio o tremor na voz.

Todos ficaram estranhamente em silêncio e meu olhar passou por cada um da plateia enquanto eu juntava força para continuar dizendo.

— O meu nome é Madelyn Carter, e eu tenho 23 anos. - respirei fundo antes de continuar. — Há seis anos atrás, no dia 14 de agosto de 2006 eu fui estuprada por Jaden Harper, o empresário da banda Tokio Hotel e dono do estúdio dos mesmos. Eu fui drogada, e acordei no dia seguinte em uma cama de hotel com o Jaden. - algumas lágrimas se fizeram presentes e eu pensei que não aguentaria, mas senti minha mãe ser segurada e mesmo não tendo coragem de olhar eu sabia que era o Tom.

Nem ele e nem ninguém sabia que eu diria a verdade, que eu contaria a história. Aquilo não estava nos planos, mas serviu do mesmo jeito para dar o tempo que precisava.

— Eu tinha dezessete anos na época e fui forçada a assinar um contrato absurdo para manter sigilo da violência que vivi. Pouco tempo depois eu descobri que estava grávida... e decidi manter o bebê. Me mantive longe da banda, mesmo sendo ex namorada do guitarrista, e por seis anos, cumpri com minha palavra e escondi oque aconteceu naquela noite. Mas há quase duas semanas atrás, esse homem sequestrou minha filha, Maya, apenas por que eu e os meninos nos reencontramos em uma viagem de cruzeiro há algumas semanas atrás. - eu deixei tudo sair de uma vez pra não pensar no que estava fazendo.

Eu ia continuar falando, mas gritos vindos da plateia foram ouvidos quando homens armados com uniforme invadiram o ambiente do palco e da plateia. Eles gritaram para mantermos o silêncio é a plateia ficou quieta novamente.

Todos congelamos e passamos os próximos minutos observado-os varrendo a multidão. O tempo pareceu passar mais devagar. Meu coração acelerou e minhas mãos voltaram a tremer, e só ali percebi que eu e o Tom ainda estávamos de mãos dadas, não dissemos nada, mas nenhum dos dois se atreveu de soltar.

As luzes voltaram a acender gradativamente e os federais ainda invadiam o espaço. Ainda não tínhamos a resposta que queríamos e nos mantivemos firmes em cima do palco.

Então, a figura de um homem alto e loiro, que usava um terno como se fosse o dono do mundo e não um fugitivo, surgiu através da porta do lado do palco sendo carregado por três policiais.

O olhar de todos caiu sobre ele que manteve o rosto levantado como se não sentisse culpa, como se tivesse orgulho, e eu me permiti chorar, mas chorei em silêncio, só deixei a raiva guardada descer como lágrima.

O Jaden olhou diretamente pra mim, mas a Maya não estava com ele e eu vi o esboço de sorriso que surgiu no rosto dele como se não sentisse remorso algum. Ele não sentia.

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𝑨𝑮𝑨𝑰𝑵𝑺𝑻 𝑼𝑺 | 𝑻𝒐𝒎 𝑲𝒂𝒖𝒍𝒊𝒕𝒛Onde histórias criam vida. Descubra agora