35

34.7K 1.9K 147
                                    

Íris 

Senti um desconforto no braço, abri os olhos e vi que o Perigo estava me cutucando. 
Sentei na cama ainda raciocinando aonde eu estava, cocei os olhos e olhei pra ele. 

Perigo: Já deu a hora. - disse se vestindo e eu assenti - Bora, íris. O guarda já tá puto. 

Me levantei da cama e calcei meu chinelo, peguei meus documentos e fui até a porta, bati na mesma. 

Senti a mão dele em volta da minha cintura e me virei. 

Perigo: Tchau, minha linda. - me deu um selinho - Se cuida, tá bom? - assenti - Qualquer coisa tu me liga.

Íris: Tá bom, Preto. - dei um selinho nele e o guardinha abriu a porta - Se cuida e não faz besteira. - me virei e sai 

Fiz alguns procedimentos para a liberação da saída. 
Caminhei até o carro , ainda raciocinando tudo. 

Entrei no carro, no banco da frente, me inclinei e peguei meu celular no banco de trás. 

Popó: Podemos ir? - assenti e ele ligou o carro 

Liguei meu celular e vi que tinha cinco chamadas perdidas da clínica. 
Meu coração acelerou e o nervosismo já tomou conta de todo o meu corpo. 

Liguei de volta para a clinica e fiquei aguardando chamar. 
Demorou um tempinho e logo depois alguém atendeu. 

Íris: Boa tarde, aqui é a responsável pela Ivana. Aconteceu alguma coisa? - perguntei desesperada 

-: Boa tarde, senhora. Tudo bem? - perguntou e eu permaneci no silencio - Você poderia se encaminhar até a nossa clínica? Precisamos conversar com a senhora. 

Íris: Moça, eu estou muito longe, o que aconteceu? - falei desesperada com lágrimas nos olhos - Minha irmã está bem? 

-: Precisamos que você mantenha a calma, pois estamos fazer de tudo para encontra-la. 

Íris: Como? Não entendi...encontrar? Como assim encontrar? - gritei 

-: Senhora, a Ivana conseguiu fugir com mais dois pacientes essa madrugada. - falou calma 

Íris: Oi? Essa madrugada? - gritei novamente - E isso é hora de me informar? Vocês são tudo irresponsáveis! - minhas mãos soavam e tremiam 

-: Senhora, se acalma! - disse alto - Como informei, estamos fazendo o possível para encontra-la. 

íris: E eu espero que encontrem e logo, porque se não o processo vem! - gritei e desliguei, olhei para o popó - Por favor, me leva na clínica da minha irmã? 

Popó: Não sei se eu posso desviar o caminho, íris. - bufei - Chefe vai tontear a minha mente. 

Íris: Gordo não é teu chefe, Popó. Lembra de quem está lá dentro. - falei e tirei o cinto - Para o carro que eu me viro sozinha! - falei séria - Para o carro, eu vou descer! - gritei e o mesmo freiou fazendo eu parar no painel, olhei pra ele estressada - Babaca! - sai do carro e bati a porta do mesmo 

Estava na Avenida Corredor presidente Tancredo Neves. 
Olhei tudo em volta e decidi pedir um uber. 

...

Cheguei na clínica e já estava escurecendo. 

íris: Preciso entrar. - falei com o vigia que estava no portão da clínica - Preciso falar com alguém! 

-; Senhora, hoje não é dia de visita. - falou sério - Não posso liberar a sua entrada 

íris: Eu sei que hoje não é dia de visita, mas a minha irmã fugiu da bosta desse lugar. - gritei - Ou abre essa porra de portão, ou vou ter que chamar a polícia! - bati o pé 

-: Se acalma...-interrompi o mesmo 

Íris: Para de me pedir pra ficar calma! - gritei - Abre esse portão, eu preciso falar com alguém desse lugar. Que infernoooo! - dei um chute no portão 

Ele pegou o rádio e falou alguma coisa. 
Logo apareceu mais dois seguranças e o gerente da clínica. 

Marcelo: Sei que a situação é grave, mas preciso que se acalme. - falou se aproximando do portão - Eu sei o quanto você deve estar desesperada, nós também estamos...em onze anos de clínica isso nunca aconteceu, peço perdão por todo o transtorno e quero te tranquilizar...estamos nas buscas, vamos encontra-la 

íris: Marcelo, perdão não vai mudar em nada. - passei a mão no rosto estressada - Isso nunca aconteceu em onze anos, mas aconteceu agora e vocês estão totalmente tranquilos quanto a isso. - me aproximei do portão e segurei no mesmo - Eu quero que encontrem a minha irmã e logo, porque se não eu vou colocar essa clínica a baixo em dois minutos! - gritei 

Marcelo: Estamos na busca já, não se preocupe, vamos encontra-la. - olhou o celular - Nosso pessoal já está na avenida e na mata procurando por eles, vamos te dar mais noticias. 

íris: Quero aguardar aí dentro. - ele negou 

Marcelo: Não posso permitir a sua entrada, nossa clínica está com os pacientes muito alterados, está um caos. Preciso que a senhorita vá embora e aguarde um retorno em casa. - falou e se virou 

íris: Marcelo, volta aqui! - gritei sacudindo o portão - Eu quero entrar! 

Ele continuo caminhando até a clínica e entrou. 
Os dois seguranças ficaram me olhando com os braços cruzados. 

Continuei gritando e o mesmo não apareceu novamente. 

-: Senhora, preciso que tu pare com esse show aqui em frente a clínica! - um dos seguranças se aproximou 

...

J2 parou com o carro do meu lado e desceu. 
Ele me ligou a uma hora atrás preocupado porque eu não tinha voltado. 

J2: íris. - se aproximou e se sentou no chão ao meu lado - Vamos embora, amanhã a gente volta. - neguei e ele me abraçou - Dessa forma tu não vai resolver nada. 

íris: Estava tudo dando certo, Jorge...tudo! - bati nas minhas pernas - Porque que nada na minha vida é simples? Tudo eu tenho que sofrer! - as lágrimas escorreram - Eu to exausta de tudo isso...da minha vida! 

J2: Não fala assim, nega. - deu um beijo na minha cabeça - Tudo vai se acertar, não se desespera. - olhei pra ele - Eu estou aqui pra você. - passou a mão no meu rosto - Vamos embora. - neguei de leve - Por favor? 

Ele praticamente me obrigou a ir pra casa. 
Ficou insistindo até eu aceitar. 

Coloquei o cinto e encostei a cabeça na janela. 




Visita íntimaOnde histórias criam vida. Descubra agora