+18| Cidade de Deus, RJ.
Você foi dos amores que eu tive, o mais complicado e o mais simples para mim....
Você foi a maldade que só me fez bem,
A brincadeira mais séria que me aconteceu
O melhor dos meus erros
A mais estranha história
Que alguém...
Guardei os produtos de limpeza na dispensa e fui me arrumar pra ir embora. Mais uma vez limpando a casa do Paulo. Graça a Deus ele gostou muito de mim.
Antes de sair do banheiro tirei uma foto.
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Foto conceito no espelho dos outros. (21)
Saí do banheiro com as minhas coisas e fui até o escritório do Paulo.
Íris: Licença. - bati de leve na porta e entrei
Estava o Paulo e mais um homem, um pouco mais velho que eu.
Um gato.
Íris: Senhor Paulo, terminei e estou indo embora, tudo bem? - falei olhando pra ele
O cara me olho de cima a baixo e sorriu amigavelmente.
Paulo: Íris, esse aqui é meu filho Enrico. - apontou para o cara que se levantou
Enrico: Muito prazer. - esticou a mão e eu cumprimentei com um sorriso
Paulo: Já acertamos tudo mais cedo né?- assenti- Então está liberada. - Sorriu
Íris: Obrigada, até mais. -falei e fui saindo do escritório
Me despedi da Márcia, que é a cozinheira e saí do apartamento indo para o elevador.
- Íris...- escuto alguém me gritando e olho para trás
Era o Enrico.
Íris: Oi, eu esqueci alguma coisa? - falei segurando o elevador e olhando pra ele
Enrico: Não...na verdade como estou indo embora, quero te oferecer uma carona. - entrou no elevador e apertou o botão do Sub solo
Íris: Não precisa não, até porque você provavelmente mora muito longe de mim. -sorri e apartei o botão do térreo
Enrico: Eu não vejo problemas em te deixar lá. Custa nada fazer essa pra você.- insistiu
Íris: Tudo bem...mas só dessa vez em. - ele sorriu
Ficamos em silêncio até o elevador chegar no estacionamento.
Ele foi indo até o carro e eu segui o mesmo. Era uma Range Rover Velar branco.
Eu sou completamente apaixonada nesse carro. Sorri entrando no mesmo, meu sonho de consumo isso aqui.
Enrico: Gostou?-falou olhando pra mim
Íris: Esse carro é a minha paixão. Meu sonho é ter um desses. - falei sorrindo e coloquei o cinto
Enrico: Quer dirigir?- olhei pra ele assustada
Íris: Ta doido? Sem nem dirigir. -ri- Se eu bato esse carro, nunca que vou conseguir pagar o concerto. -ele riu alto e eu olhei pra ele
Enrico: Eu te ensino a dirigir. - olhei pra ele e cruzei os braços
Íris: Porque você está sendo tão bonzinho? Quer algo em troca né? - serrei os olhos
Enrico: Está tão na cara assim? -ligou o carro e deu partida
Íris: Óbvio, rico nunca é caridoso e quando a esmola é demais, o santo até desconfia. - ele riu negando
Enrico: Mas eu quero sim algo em troca. - parou no sinal e me olhou - Tenho uma festa pra ir sábado, tenho que ir acompanhado e não tenho ninguém.
Íris: Não posso. - falei olhando pra ele
Enrico: Você é casada? - neguei -Então é o que? Trabalho?
Íris: Não...é coisa pessoal. -falei olhando para o celular e o mesmo assentiu de leve
Passei o meu endereço pra ele e o mesmo seguiu pelo GPS. Demoramos uns 30 minutos para chegar.
Ele parou na entrada e os traficantes já se posicionaram.
Íris: Falei que não precisava me deixar aqui. Mas mesmo assim obrigada e boa sorte lá na festa. -sorri e sai do carro
Todos os traficantes me olharam, me virei e esperei o carro sair dali. Arrumei a minha bolsa no ombro e passei da barreira.
J2: Qual que é a fita, Íris. Tá saindo com playboy agora? - saiu de um beco
Íris: Filho do meu patrão esse aí, insistiu para me trazer.
J2: Tu abre o olho em, chefe vai ficar sabendo, tu sabe como o povo aqui é. - colocou o braço em volta do meu pescoços e fomos andando
Íris: Tem nada não, J2. Tenho nada com ele.
J2: Se ele falar que tem, tu tem! -riu- To vendo um jeito pra resolver aquele bagulho pra tu em.
Íris: Só toma cuidado, tá bom? - olhei pra ele - Não quero que aconteça nada contigo, ainda mais por causa de mim né.
J2:Fica em paz, gatinha. Vai acontecer nada não. - beijou o topo da minha cabeça - Bora que vou te deixar lá na sua casa.
Fomos cortando pelas vielas.
Íris: Quer entrar pra comer alguma coisa? - parei em frente da minha casa
J2: Já tem alguma coisa pronta aí? - neguei - Então deixa pra lá.
Íris: Eu faço rapidão. - falei abrindo o portão
J2: Não, deixa pra outro dia. Vo parti, beijão pra tu. - falou e foi subindo
Entrei em casa, joguei a bolsa em um sofá e me joguei no outro. Só não estou mais cansada porque graças à Deus vim de carro.
Eu até iria para essa festa com ele, vê o povo rico tudo se entupindo de droga e cachaça. Mas tenho compromisso com a minha irmã e isso eu não posso deixar para depois.
