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Íris 

Os pratos principais chegaram e o vinho.
Pedi um strogonoff de camarão e ele um arroz de costela 

Enrico: Você gostou daqui mesmo? - assenti - Pode ser uma programação nossa para toda sexta-feira ou sábado, o que acha? 

Íris: Acho que deveríamos ir de vagar. - ri - Aqui é um ótimo lugar, o clima, o atendimento é ótimo, tudo maravilhoso...mas toda sexta-feira, acho exagero. - ele riu fraco - Vamos de vagar. 

Enrio: Nem como amigos? - pegou o talher e começou comer 

Íris: A gente vai se ver todos os dias, Enrico. Não se preocupe! - ri 

Peguei o garfo e comecei a comer. 

Enrico: Tudo bem, vamos com calma. - tomou um gole do vinho - Aonde você pretende morar? 

Íris: Não sei ainda. - sorri de canto - Não tenho nem ideia...mas prefiro deixar pra pensar depois. 

Enrico: Se tu quiser, arrumo um apartamento pra você. - neguei - De boa, pô. 

Íris: Não precisa, Enrico e obrigada de coração. - falei séria - Você já me ajudou de mais, não quero ficar abusado da sua boa vontade. 

Continuei comendo. 

Enrico: Quando precisar, não sinta vergonha de pedir, Íris. - olhei pra ele - Não me olha com essa cara, eu sei que você está precisando e eu só quero te ajudar, mas tu não deixa!

Íris: Enrico, eu nunca precisei de homem nenhum na minha vida, pra nada. - ele parou de comer e me olhou - Estou sendo sincera...e nem de ficar pedindo ajuda eu gosto, sempre me virei sozinha e vai ser pra sempre assim...porque parece que estou predestinada  ficar sozinha o resto da minha vida. - suspirei 

Enrico: Você não foi predestinada a isso, apenas se afasta de todo mundo e fica na defensiva. - esticou a mão e segurou a minha - Mas eu quero te ajudar, Íris. Não por dó e nem por caridade, mas por reconhecer a mulher guerreira que tu é...sempre batalhou sozinha e não precisa ser pra sempre assim, você sabe. 

Íris: Desde pequena eu sempre me virei, por isso que hoje em dia me afasto e vivo minha vida sozinha, até prefiro muita das vezes. Lidar com pessoas é complicado. -  puxei a minha mão - Mas não quero te incomodar com os meus problemas. 

Enrico: Não está me incomodando, relaxa. - assenti 

Íris: Mas você está me incomodando falando toda hora sobre isso, até parece que to pedindo esmola. - ele riu - É sério, Enrico. 

Enrico: Desculpa, linda. - peguei a taça e tomei um gole de vinho - Vamos falar sobre outro assunto então? - assenti - Quer falar sobre o que? 

Íris: Ah não sei, conta de alguma viagem ou algo legal que tu fez esse ano. 

Enrico: Faz tanto tempo que não viajo pra descansar, ultimamente é só a trabalho. 

Íris: Se quiser uma companhia ou até mesmo uma secretaria particular, eu estou disponível. - falei sorrindo 

Enrico: Sério mesmo? - assenti empolgada - Semana que vem tenho uma viagem marcada para Portugal. 

Íris: Não está me convidando, mas eu adoraria. - sorri 

Enrico: Está mais que convidada, vou organizar tudo e te passo depois. - assenti - E depois dessa viagem tu que fica responsável por marcar as reuniões e resolver sobre o jatinho, hospedagem, essas coisas. 

Íris: Claro, emprego dos sonhos. 

Terminamos de comer conversando sobre vários assuntos. 

Já estava super animada para conhecer outro país e começar a trabalhar fora. 

Garçom retirou os pratos e depois voltou. 

Renan: Desejam mais alguma coisa? - olhou para o Enrico e depois para mim - Sobremesa? 

Enrico: Sim, por favor. - pegou o cardápio e ficou analisando por alguns minutos - Vou querer apenas um sorvete de creme. - me entregou o cardápio 

Analisei um tempinho 

Íris: Quero essa Panqueca Brûlée. - Enrico riu da forma que eu falei - Você entendeu né? - perguntei rindo para o Rena e o mesmo assentindo também rindo e logo saiu - Tu gosta de tirar uma com a minha cara né, palhaço. 

Enrico: Eu não. - riu 

... 

Terminamos de comer e ficamos mais um tempinho ali conversando. 
Ele pediu a conta e logo o Renan apareceu com a maquininha e a nota 

Íris: Deixa que eu pago essa. - falei abrindo a minha bolsa 

Enrico: Jamais! - pegou a maquininha - Cavalheirismo, sempre. - piscou pra mim 

Ele pagou, ajeitei a minha roupa e me levantei. 

Enrico: Vamos dar uma volta na orla da praia. - assenti, ele pegou na minha mão e me guiou até a saída do restaurante 

Começamos a caminhar em silencio. 
A noite estava agradável hoje, um ventinho gelado, aquela sensação maravilhosa do clima leve. 

Enrico: Você está linda. - me olhou de cima a baixo - Linda igual a noite. - pegou na minha mão e me fez girar 

Sorri pra ele. 

Íris: Obrigada. - falei sem graça - Te achei elegante. - ele riu - Quando for sair comigo, não precisa se vestir tão formal. 

Enrico: Eu exagerei né? - assenti rindo - Desculpa. 

Íris: Foi um jantar em um restaurante na orla da praia, não precisa de tanta elegância. - ele assentiu - Mas na próxima tu certa. - ri 

Enrico: Na próxima eu te levo em um restaurante mais chique. - parei e olhei pra ele - To falando sério, uma mulher dessa merece sempre o melhor. 

Íris: Para com essas coisas, eu gosto de simplicidade. - continuamos caminhando - Não sei nem me vestir pra lugares assim. 

Enrico: Você vai da forma que se sentir melhor. - me puxou e me abraçou de lado 

Ficamos andando abraçados. 

Enrico: Está se sentindo melhor? - assenti e olhei pra ele - Certeza? 

Íris: Sim, bem melhor assim. - sorri 

Enrico: Seu sorriso é apaixonante, sabia. - abri um sorriso de orelha a orelha - Posso te beijar? - parou e se virou pra mim 

Íris: Não precisa pedir. - me virei pra ele 

Ele colocou a mão por dentro do meu cabelo e me puxou para um beijo. 

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