06 - Ace Chemical

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Os dias passavam rapidamente e o clima de tensão só aumentava em Gotham City. A descoberta da próxima vítima planejada pelo Coringa deixou Harvey Dent e James Gordon em alerta máximo, pois o alvo seria um dos políticos influentes que participariam da grande reunião na próxima semana. Enquanto os dois se preparavam para enfrentar a ameaça dentro do local, Batman decidiu vigiar do lado de fora, mantendo-se nas sombras.

Uma inquietude incomum tomou conta do Cavaleiro das Trevas nos dias que antecederam a reunião. O desaparecimento repentino de Harleen Quinzel, a psiquiatra que se envolveu com o Coringa, despertou sua determinação em desvendar o mistério por trás do sumiço. Todas as pistas o levavam à Ace Chemical, um lugar sombrio e repleto de lembranças obscuras.

Decidido a obter respostas, Batman adentrou cautelosamente o complexo abandonado. O cheiro de produtos químicos tóxicos pairava no ar, o que tornava a atmosfera ainda mais asfixiante. Ele avançava por corredores escuros e empoeirados, guiado apenas por sua intuição. Sua visão especial, proporcionada pelo traje, permitia que enxergasse pequenos detalhes, como as pegadas das pessoas que haviam estado ali recentemente.

Os passos silenciosos de Batman ecoavam pelo ambiente hostil. Um ruído peculiar chamou sua atenção. Ao se concentrar em sua audição aprimorada, ele percebeu algo se movendo nas sombras. Foi imperceptível o momento em que o Coringa surgiu, desferindo uma facada precisa em sua lateral. A dor lancinante se espalhou por todo o corpo do vigilante, mas ele se manteve firme.

Sem titubear, Batman retaliou com um soco poderoso no vilão, que acabou sendo arremessado contra uma parede. O impacto brusco fez com que um cano enferrujado se rompesse, liberando um vazamento de gás tóxico no ambiente. O gás se espalhou rapidamente, transformando o local em uma verdadeira câmara de morte.

Enquanto o gás tóxico se propagava, Batman percebeu que não tinha consigo o traje anti-gás desenvolvido por Lucius Fox. A preocupação apertou seu peito, pois sabia que o tempo estava contra ele. Sem hesitar, correu em direção à saída, lutando para respirar enquanto o veneno invadia seus pulmões.

Ao emergir do prédio, Batman respirou profundamente o ar fresco da noite, aliviado por ter escapado da morte certa. Porém, ao olhar ao redor, percebeu que o Coringa havia desaparecido. Um sentimento de frustração misturado com urgência tomou conta dele.

Sem ter certeza do próximo passo a seguir, Batman subiu até o topo de um arranha-céu próximo, utilizando sua Bat-Garra. A exaustão física e mental parecia pesar mais do que nunca, enquanto seu corpo, enfraquecido pela facada e a perda de sangue, cedia aos efeitos da dor intensa.

No topo do prédio, a cidade se estendia aos seus pés. As luzes de Gotham brilhavam como estrelas distantes, mas mesmo em meio a tanta beleza urbana, era difícil ignorar as sombras do caos que pairavam sobre a cidade. Batman desabou no chão, consciente de que precisava recuperar suas forças para continuar lutando.

Enquanto desacordado, flashes de memórias surgiram em sua mente. Imagens da sua família, da noite fatídica em que tudo mudou, e o juramento que fez a si mesmo de proteger Gotham City dos males que a ameaçavam. Essas lembranças, por mais dolorosas que fossem, o mantinham firme em seu propósito, mesmo quando parecia impossível.

No silêncio da noite, Batman permaneceu imóvel, envolto em seus pensamentos e convicções. Os desafios eram cada vez mais sombrios e obscuros, mas ele sabia que não podia desistir. A cidade precisava dele, mesmo que muitas vezes o rejeitasse e o temesse.

Enquanto o vigilante descansava, a cidade continuava envolta em uma teia de crimes e loucura. O Coringa ainda estava solto, espalhando sua insanidade e caos por Gotham, à espera do momento certo para atacar novamente. E era justamente enquanto Batman se recuperava que o tempo corria implacavelmente em favor do Palhaço do Crime.

Batman: A Sombra de GothamOnde histórias criam vida. Descubra agora