09 - O Primeiro Confronto

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Após voltar do hospital, Batman finalmente retornou à mansão Wayne. Seu corpo estava marcado pelas feridas, cicatrizes físicas que refletiam o peso psicológico de sua missão. Ao adentrar a Mansão, Bruce foi recebido por Alfred, seu mais fiel confidente.

—Alfred, é bom estar em casa novamente - disse Bruce com um semblante cansado, mas que esboçava um leve sorriso.

—Meu jovem mestre! Estávamos todos preocupados com você! O que aconteceu? - indagou Alfred, misturando preocupação e alívio em suas palavras.

Batman caminhou até a sala, sentando-se com dificuldade no sofá. Enquanto Alfred se aproximava, ele explicou o ocorrido, enquanto sentia a dor latejar em cada palavra.

—Fui atacado por Coringa, Alfred. Desferiu uma facada em mim durante nosso confronto na Ace Chemical. Usei minhas últimas forças para ir ao DPGC, eles me levaram para o hospital - informou o Cavaleiro das Trevas, com sua voz invocando a escuridão que o cercava.

—Meu Deus! Estou aliviado que você esteja vivo, senhor - respondeu Alfred, com o brilho de preocupação nos olhos enquanto ajudava Bruce a se acomodar melhor.

Bruce fixou seu olhar em Alfred, determinado em encontrar uma solução para continuar protegendo Gotham.

—Preciso falar com Lucius Fox imediatamente. Meu traje atual não é suficiente para enfrentar esses criminosos. Preciso de algo mais resistente, à prova de facadas e tiros.

Após um breve momento, Batman discou o número de Lucius Fox. A voz do empresário experiente soou na ligação.

—Lucius, preciso de um novo traje. O que tenho atualmente não é resistente o suficiente para combater esses vilões em Gotham - falou Batman, com urgência transparecendo em sua voz.
—Bruce, venha imediatamente. Tenho algo que pode lhe interessar - respondeu Lucius do outro lado da linha, compreendendo a importância dessa missão para o protetor de Gotham.

No entanto, antes mesmo de seguir em direção aos laboratórios de Lucius Fox, Batman sentia a necessidade de contemplar a cidade que tanto amava. Subindo ao topo de um prédio, ele se deparou com o silêncio perturbador que tomava conta de Gotham à noite.

De repente, o som de uma risada estridente cortou a escuridão, fazendo o Cavaleiro das Trevas se virar rapidamente. O Coringa estava ali, seu sorriso ganancioso delineado pelos traços pálidos que assombravam seus lábios.

—E então, Morcego, qual é o seu nome? E por que está sempre atrapalhando meus planos brilhantes? - questionou o vilão, seu tom de escárnio preenchendo o ar.

Batman permaneceu em silêncio, mas um impulso intolerável percorreu seu corpo. Sem pensar, partiu para cima do Coringa, dando início a uma dança macabra de socos e golpes perigosos.

Cada movimento ressoava como um eco sombrio na noite, uma luta que refletia as profundezas obscuras de suas almas. O som da carne batendo contra aço ecoou no céu noturno, enquanto ambos se feriam em busca de uma vitória fugaz.

O sangue manchava suas máscaras, transformando a batalha em uma sinfonia sanguinolenta. A fadiga era implacável, mas nenhum dos dois cedia. Batman, movido pela dor e por seu senso de dever, reuniu suas últimas forças.

Desesperadamente, Batman lançou um Batarang em direção ao palhaço maníaco, acertando em cheio seu ombro. Coringa, ensanguentado e ferido, pegou o objeto e, com sua voz perturbadoramente alegre, sussurrou:

—A diversão está apenas começando, Morcego.

Com a faca em mãos, Coringa se afastou, deixando Batman aturdido e reflexivo. A força daquela luta havia atingido o Cavaleiro das Trevas, deixando claro que Gotham estava prestes a mergulhar ainda mais na escuridão.

Enquanto o silêncio se restabelecia e a noite se apossava novamente, Batman contemplou a cidade, assombrado pelas palavras finais do Coringa. Seus pensamentos agora focados na luta que estava apenas começando. a partir daí, a sombra que pairava sobre Gotham tornou-se ainda mais densa, mostrando a batalha que Bruce Wayne teria que enfrentar contra seus inimigos e também contra seus próprios demônios internos.

Batman: A Sombra de GothamOnde histórias criam vida. Descubra agora