02 - A Sombra do Coringa

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As ruas de Gotham City estavam envoltas em sua tradicional escuridão, e Batman as percorria incansavelmente, como uma sombra em busca do elusivo Coringa. O palhaço do crime estava mais ativo do que nunca, e seus atos de violência haviam atingido um novo nível de caos.

As últimas pistas indicavam que o Coringa havia mantido conversas secretas com o Pinguim, o astuto mafioso que regia boa parte do submundo de Gotham. Batman sabia que encontrar o Pinguim poderia ser a chave para desvendar os planos do Coringa.

Chegando ao Iceberg Lounge, Batman irrompeu pela entrada, uma presença imponente e ameaçadora. Ele não estava ali para jogos ou negociações. Avançou em direção ao Pinguim, agarrando-o pelo colarinho de seu terno caro e o erguendo do chão com uma força impressionante.

—Pinguim, você vai me contar tudo o que sabe sobre o Coringa. Cada detalhe. Rosnou Batman com sua voz rouca e autoritária.

O Pinguim, com os olhos arregalados e o rosto vermelho, estava claramente aterrorizado. —Eu não sei de nada! Eu juro! Não estou envolvido em nada dos planos do Coringa!

Batman apertou ainda mais a pegada em torno do pescoço do Pinguim, mas algo no olhar desesperado do mafioso fez com que ele hesitasse por um momento. Ele notou o temor genuíno no rosto do Pinguim, como se o palhaço tivesse feito algo que deixou seu outrora confiável aliado em pânico.

—Você e o Coringa brigaram, não é? Me diga o que aconteceu. Insistiu Batman, reduzindo um pouco a pressão em seu aperto.

O Pinguim engoliu em seco e finalmente começou a falar, sua voz trêmula. —Foi uma briga feia, Batman. O Coringa... ele estava mais louco do que nunca. Ele me ameaçou, disse que iria me matar se eu não fizesse as malas e saísse de Gotham imediatamente. Eu não tive escolha, eu juro!

Batman soltou o Pinguim, que caiu de joelhos, ofegando e aliviado por ter escapado da fúria do Cavaleiro das Trevas. Era evidente que o Coringa estava realizando movimentos ousados, e o Pinguim não fazia mais parte de seus planos. Mas quem estava? Batman então logo se lembrou do Senhor Frio que provavelmente estaria envolvido nos planos do Coringa.

—Onde ele está, Pinguim? Onde posso encontrar o Senhor Frio? Perguntou Batman, mantendo sua voz firme e implacável.

O Pinguim levantou-se com dificuldade, passando as mãos trêmulas pelas lapelas de seu terno. —Eu ouvi rumores de que ele estava se escondendo na velha fábrica de gelo abandonada, nos arredores da cidade. Não tenho certeza se é verdade, mas é a melhor pista que tenho.

Batman agradeceu com um aceno e se virou para partir. O Pinguim permaneceu ali, assistindo o Cavaleiro das Trevas desaparecer nas sombras da noite.

Enquanto seguia para a fábrica de gelo abandonada, Batman sabia que estava correndo contra o tempo. Os eventos que se desenrolavam em Gotham eram um pesadelo em constante evolução, e ele estava determinado a detê-los antes que a cidade fosse lançada em um caos ainda maior.

A fábrica de gelo estava envolta em escuridão e silêncio quando Batman chegou. Ele se moveu com sigilo, entrando silenciosamente no prédio decadente. O som do gelo rangendo ecoava pelos corredores, criando uma atmosfera sinistra.

À medida que se aproximava do coração da fábrica, Batman pôde ouvir um som fraco. Era um ressoar baixo e constante, quase hipnótico. Ele seguiu o som até encontrar uma porta entreaberta.

Ao empurrar a porta, a visão diante dele o chocou. Era o Senhor Frio, mas ele não estava em sua típica armadura de controle de temperatura. Seu corpo estava contorcido e sua pele esverdeada. O vírus do Coringa havia feito seu estrago, transformando-o em uma criatura irreconhecível.

Batman: A Sombra de GothamOnde histórias criam vida. Descubra agora