Meu pior castigo

Imprevisto

Eu até queria me preocupar muito e pensar nisso, mas meu corpo estava em tremenda combustão como se os dedos dele ainda estivessem em mim.
Minha vontade era matar o Lorenzo, depois matar o Atlas e por fim matar a mim que TALVEZ, tivesse esquecido de trancar o estábulo.

Aí Hailey, você só faz besteira.
—vem vamos dormir ou ao menos tentar.
Eu juro, estava tão atordoada e pensando naquela voz que entrei no quarto que já estava, no de James. Deitei na cama peguei uma coberta e coloquei no chão e rico dormiu em cima.

Nem se eu estivesse caindo de sono eu conseguiria dormir hoje. Sempre que fechava os olhos eu lembrava de culpa e dele falando coisas no meu ouvido.
Não sei por quanto tempo eu fiquei acordada.

JAMES AT

—calma, ele não estava muito longe daqui. Lorenzo falou dirigindo o carro.
—tá preocupado com seu pai né? De boa irmão, ele vai ficar bem.
—hmm, espero.
James estava se convencendo de que seus pensamentos estavam em um hospital ou até mesmo em seus cavalo precioso, porém como mentir para seu subconsciente?

—ALI, JAMES! Lorenzo alterou a voz quando viu um cara tentando chamar a atenção de Atlas. Pela estrada escura não dava para ver muito bem.

—AI FILHO DA PUTA, TIRA AS MÃOS DO MEU CAVALO! James saiu falando e caminhando até o cara que importunava Atlas.
—ora... ora... não imaginava que era seu esse lindo cavalo James.
—CARA VOCÊ OUTRA VEZ? VAI TOMRA NO SEU C* QUE TAL? TIRA AS MÃOS DO ATLAS!
—como diabos tá falando que não sabia que o cavalo era do Atlas? Todo mundo sabe que esse negão é dele.
—eu sou obrigado a saber? O cara que só andava com um grande chapéu e sempre implicava James falava com a maior cara de pau.
—Tira essas suas mãos de merda dele!
—eu achei ele, estava na rua, o que é achado... você sabe como termina.
—Sebastian, eu não vou te avisar outra vez, sai do meu caminho.
—eu vou levar esse cavalo James!
—Acho que o sol está afetando esse seu cérebro de merda, Atlas Vem!

O cavalo estava tão agitado, e ficou ainda pior quando Sebastian sacou um revólver apontando para o Atlas.
—CARA VOCÊ FICOU LOUCO? Lorenzo gritou.
—ABAIXA ESSA PORRA SEBASTIAN.
—a gente estava mesmo precisando de uma reunião não James? Como antigamente.
—você está ficando louco! ATLAS VEM!
Ele deu alguns passos e Sebastian apostou o revólver para ele.
—EU MATO VOCÊ SE ATIRAR NO MEU CAVALO! MATO VOCÊ!!
—mas acho que isso machucaria você não?
—ABAIXA ESSA ARMA!!
—CARA NÃO BRINCA COM ISSO! Lorenzo falou.

—ATLAS! O cavalo começou a andar em direção a James e o barulho do disparo assustou os pássaros nas árvores. James paralisou e olhou Atlas desesperado e furioso sangrando a perna.
—VOCÊ É LOUCO? SEU FILHO DA PUTA!!!
Lorenzo correu para tentar acalmar Atlas e James foi em cima de Sebastian.
—opa, foi sem querer!
Recebeu logo um soco na cara, os dois começaram a brigar no chão, James estava possesso, recebeu um soco na boca e continuou a bater em Sebastian. Sem parar parecia um animal.
—JAMES! Lorenzo gritou, atlas estava agoniado e assustado, talvez mais com o barulho.
—IRMÃO, PARA! PARA!

Sebastian nem estava mais revisando, sangrando todo o rosto e Lorenzo segundo o corpo do amigo e o empurrando para trás.
—PARA COM ISSO! O ATLAS NÃO ME OBEDECE, PRECISA QUE O ACALME, James, o atlas! Não volta a ficar assim, seu pai está no hospital!

James parou e levantou de cima de Sebastian. Limpou a boca com o punho e correu até Atlas!
—EI MENINO, ATLAS! OLHA PRA MIM! Ei... Atlas... ei... calma... calma... Atlas estava sangrando muito e caiu no chão.
—eu vou buscar o carro do meu pai precisamos levar ele no veterinário.
—vem logo!
—tá tá... Lorenzo foi e James retirou sua camisa, rasgou ela e colocou no lugar da bala.

—vai ficar tudo bem, tudo bem... passava a mão nele e esperou Lorenzo chegar.
—por que você me desobedeceu? Por que saiu do celeiro atlas! Você é um bom menino, devia ter dado um coice nele.

O cara estava deitado no chão e logo depois Lorenzo chegou dirigindo como um louco.
—LEVANTA ATLAS! James o ajudou a subir no grande baú e foram até a cidade ver um veterinário.

James e Lorenzo passaram a noite na cidade esperando o doutor dar um parecer sobre a situação de Atlas. Por fim disse que não tinha sido muito grave, mas que o cavalo iria precisa de um longo repouso, mas que ele ficasse preocupado caso ele não quisesse mais levantar. Ele concordou e quando amanheceu os dois foram para o hospital.

—como ele tá?
—melhor, por favor não o deixe esquecer os remédio.
James estava sentindo algo estranho. Pegou no braço da doutora e a levou para fora do quarto.
—está mentindo não está?
—não pode me pegar desse jeito!
—posso, se a doutora é uma mentirosa, ninguém que esteja bem desmaia só por falta de um remédio.
—bom... ele me pediu... disse que...
—não me importa! Como ele está?
—vai acabar tendo falência de alguns órgão, a doença já está a muito tempo e o tratamento não está tendo muito resultado.

James balançou a cabeça concordando várias vezes desacreditado.
—mais ou menos quanto tempo?
—não vou saber te dizer James.
—ta... concordou novamente.
—já assinei a alta dele.
—ta.

James entrou de volta para o quarto e deu um sorriso falso.
—eu disse que estava bem seu paspalho.
—é... ele concordou.
—vamos embora.

James estava tão perturbado, preocupado e louco para chegar em casa.
Quando chegaram, Lorenzo o ajudou a descer Atlas e o colocou no celeiro. Quando entraram Hailey estava esperando ansiosa sentada à mesa. Havia preparado algumas torradas e ovos e até tentou fritar uns bacons.

—oi! Tio está bem? Como está? O que aconteceu com o atlas? Hailey perguntou tudo de uma só vez.
—eu to bem, tá todo mundo bem, olha quem fritou um ovo James. Meu pai falou sentando para comer algo que Hailey tentou fazer.
—vou para casa, preciso de um banho.
—põe uma roupa minha, tome banho aqui e coma depois você vai.
—não vou rejeitar, estou louco para um banho.

Ele subiu e eu também.