Bêbado

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Eu precisava devolver essa é tenho certeza que fez isso, só pra sair com alguma por aí.
—gostou da natureza né James, me aguarde seu caipira furreca!
—retirei minhas roupas e fui tomar um belo banho, seria melhor se a água tivesse quentes, droga de lugar!

Quando sai, escutei a voz de outra pessoa lá embaixo, segundo depois notei que Lorenzo já estava aqui outra vez. De fato carne e unha, meu Deus.

Entrei coloquei um pijama rosinha, lindo de short moletom e blusa. Penteei meus cabelos coloquei muito creme, já que não tenho pretenção nenhuma de envelhecer um ano a mais em um único mês nesse lugar.

Desci escutando minha barriga roncar.
—olá loirinha... Lorenzo falou.
—oi.
—por que ela sempre é assim? Lorenzo questionou olhando para meu tio e o caipira número 1.
—não tem como ela ser outra pessoa além de chata.
—te digo o mesmo, idiota.
—vão começar? Eu quero paz. Meu tio comentou.
—estou morrendo de fome.  Comentei.
—venha, vamos fazer algo pra você. Meu tio levantou e fomos juntos até a cozinha.
—mas eu não sei fazer nada.
—ora, aprende...
—ela também não é capaz disso. Caipira falando.
—te ajudo também, já que minha barriga acabou de avisar que sente fome.
—tanto faz... Lorenzo subiu as mangas da camisa preta xadrez e quando ia pegar em uma panela:
—Lorenzo, vamos sair.
—cara, to com fome.
—compramos algo, vamos!
—beleza!, fica pra próxima loira.
—hmm... e em minutos eles saíram.

Pra onde esses caipiras foram? Eu também queria me divertir em um domingo à noite! Tenho certeza que ele não me levaria. Palhaço!
Me concentrei no que estava fazendo e até que saiu uma comida com a cara bonita.
—tio, desde quando você é o James moram juntos?
Perguntei enquanto estávamos comendo sentados à mesa.
—faz muitos anos que James não ver o pai dele.
—o que aconteceu com a mãe?
—bom, quando o país dele dele separaram eu a mãe dele ficamos juntos e você sabe ela morreu e desde então ele nunca quis ficar com o pai, já era grandinho na época pra entender o que aconteceu.
—e o pai dele não o procura?
—todos os meses, se o James quisesse vê-lo ele estaria aqui em um segundo.
— hmm, e o que aconteceu afinal?
—terminou de comer?
—sim sim... disse e ele recolheu o prato.
—pode deixar que eu lavo.
Mas não respondeu minha pergunta, então tá. Como não tinha muito o que fazer, fui deitar no sofá e ver um pouco de tv.

JAMES ATIVO

—cara assim não vale! Você pegou a garota mais bonita do bar, seu filho da puta. Lorenzo comentou bêbado enquanto James dirigia.
—para de besteira, a morena também era gata.
—será que ela só quis me beijar pelo meu dinheiro?
—se for é ruim? Questionei.
—que nada, eu adoro ser rico. Acabei rindo com a voz engraçada de bêbado.
—safado!
—eu já disse que dou metade da minha fortuna pra você James!
—não quero mais valeu, quando eu for sair com uma estrela talvez eu precise.
—se for sair com uma estrela pergunta se ela tem uma amiga pra mim?
—claro, cadê a chave da sua casa?
—quero ir dormir na sua.
—vai dormir no caralho, mas na minha casa de novo não.
—cara, para de ser assim, eu te ofereço a minha vida e você não me cede o sofá?
—você vomitou na minha sala da última vez e eu quem tive que limpar aquela carniça.
—vai cara, deixa eu ir pra sua casa.
—já disse que não.
—ah! Da próxima vez... é... ah! Não atrapalhe eu e a loirinha, quero ficar com ela.
—ta, faça como quiser.
—vou beijar ela.
—tá você já disse! Ei ei! Põe a cabeça de volta dentro do carro!

****
Quando cheguei em casa, abri a porta e segurei esse bebado para não cair.
—já disse que você é mais que um amigo sabia? Você é meu amigo!
—que diferença fez?
—eu disse amigo, com intensidade.
—faz assim Lorenzo, cala a boca. Olhei para a sala e vimos Hailey dormindo toda encolhida no sofá preto.
—porque inferno ela tá dormindo aqui.
—AI! NÃO É A LOIRINHA!
—cala a boca! Tampei a boca dele e o fui carregando até o meu quarto. Lorenzo caiu na cama todo desajeitado e quando eu virei segurou minha mão.
—vai dormir comigo? Disse de olhos fechados.
—que dormir contigo o que! Me solta. Puxei minha mão e sai.

Peguei uma coberta do quarto da pantufa e desci.
Quem anda na casa dos outro com um short assim?
—descarada. Joguei a coberta e subi indo dormir no quarto da enjoada.

Caramba como é desorganizada, aposto que nunca arrumou o próprio quarto na vida, fresca!
Havia um caderno de desenho em cima da mesinha de madeira escura, olhei de relance e vi um lugar desenhado, com água e... bom parecia um... esquece.
Deitei na cama e quando coloquei a mão por baixo das minhas costas levantei uma calcinha vermelha de renda. Meu maldito cérebro me lançou uma imagem dela usando essa droga. Apertei meus olhos e joguei a calcinha longe.

Ia ser difícil dormir, a cama e o quarto inteiro cheirava a perfume, como era exagerada. Decidi ir tomar um banho e quando sai voltando para seu quarto o cheiro do meu shampoo foi ganhando lugar e parecendo mais meu espaço. Deitei e minutos depois apaguei.

****

HAILEY ATT

—ai minhas costas. Reclamei e logo em seguida abri os olhos percebendo que dormi na sala.

Meu pior castigo Onde histórias criam vida. Descubra agora