Meu pior castigo

Sutiã

—o que o sutiã da hailey estava fazendo no seu carro? O pai dela perguntou certamente curioso encarando James.
—primeiro quem é você e o que está fazendo na minha fazenda?
—James, esse é... hailey tentou falar, mas ele logo atropelou suas palavras.
—seja quem for, a visita já acabou, pode ir embora.
—realmente não fui convidado, mas não acredito que nós precisamos de convite para vir aqui.
—é aí que se engana, pode pegar descendo da minha propriedade temos mais coisas pra resolver.
—james!
—como é rapaz? Ele deu um passo e James ia dar o próximo até Hailey segurar seu braço.
—pai, é claro que ele está de brincadeira.
—pai? Olhou pra ele que estava quase matando ele com o olhar.

—Bom já que é pai da pantufa pode ficar, aliás o sutiã ficou no carro porque...
—acho que caiu da minha bolsa. Hailey falou na frente e James a olhou entendendo o que ela estava tentando fazer, ou seja, ocultar a relação.

—bom, o que estão fazendo aqui?
—não vai se quer dar um abraço na sua mãe? Leoni falou abrindo os braços. Hailey foi até ela e a abraçou, forte com um gostinho de saudade, fez o mesmo com seu pai que beijou sua testa um milhão de vezes demonstrando que ela era sua bebêzinha. James olhou aquilo e não devia, mas ficou com ciúmes e até curioso pela vinda repentina.

James saiu tentando não demostrar pressa e foi ao banheiro, se quer conseguiu chegar a pia, sentou no chão e ficou agonizando por ar para respirar, o peito doía e sentia seu corpo aquecendo.
Minutos depois levantou lavou o rosto e foi direto para o quarto, deitou e mesmo assim seus pulmões não estavam sendo generosos com o oxigênio que precisava.

Cada dia estava ficando mais difícil e cansativo, levantou-se e desceu os poucos degraus de madeira.
—vai sair? Hailey perguntou da cozinha.
—já volto. Disse apenas e saiu.

Entrou na caminhonete e partiu para a cidade, passou pelo bar que hailey trabalhava e seus amigos estavam todo sentado.
—JAMES! PARA AQUI CARA!
Ele estacionou e logo desceu.
—hoje é nosso dia de beber por que está atrasado?
—não vim beber, só vou à farmácia e estou voltando.
—remédio pra que?
—não é pra mim.
—é pra loira?
—não. Olhou pra mesa e observando lorenzo sentado como se não estivesse nem aí com sua presença.

—volto outro dia.
—ah que isso! Vamos beber. Um foi empurrando outro abrindo a cadeira e quando viu estava sentado.
—cadê a aquela garota pilantra? O dono do bar chegou perguntando.
—não a chame assim.
—outro dia que não veio trabalhar.
—sabe que não pode demitir ela.
—vou descontar do salário dela.

Saiu depois de colocar as cervejas na mesa.
—cara, sabe quem vi agorinha com um short que estava uma delícia? Nunca vi aquela garota sem calça e botina. Sorriram a falar e perguntaram quem.
—a Ana, que estuda com a gente, cara filha da puta gostosa.
—a Ana não é esse tipo de garota. Lorenzo falou finalmente.
—vamos ver, se eu investi algumas vezes tenho certeza que ela vai parar na minha cama.
Sorriam bebendo e do outro lado da mesa um clima tenso. James sem falar uma palavra contando os minutos pra sua paciência acabar e ir embora.
—ela não vai pra cama com você seu otario.
—que isso Lorenzo vai falar que ela não é bonitinha.
—qual é James seu copo virou piscina de mosquito? Bebe aí irmão.
—to de boa, não enche a porra do meu saco.
—mulherzinha.
Lorenzo levantou e foi ao banheiro, talvez pra não escutar ou talvez só precisava mesmo.

Minutos depois James colocou a mão no peito ficando pálido e quase empurra a mesa inteira pra levantar e sai às pressas para o banheiro.
Nem perceberam por já estarem alterados.

Abriu uma das portas de madeira da cabine e entrou não conseguiu fechar, tentou buscar ar e ele não chegava a seus pulmões, agoniado socou a porta, seu nariz começou a sangrar sem parar.
—QUE ISSO CARALHO VAI DESTRUIR A PORRA DO BANHEIRO POSSO NEM MIJAR EM PAZ.

Lorenzo gritou bravo abrindo a porta e James caiu no chão.