Bolo e cinema?

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No outro dia, um domingo nublado eu levantei e estava um cheiro de café intenso e uma conversa ao longe.
Desci devagar, queria saber o que estavam falando.
Mas parecem ter percebido minha presença quando apareci meu tio perguntou se eu estava bem e se precisava de algo, falei que não, entretanto me entregou remédios para dor muscular e passou um gel no meu braço roxo.
—vai ficar bem não invente de fazer outra loucura.
—tudo bem desculpa e mais uma vez a culpa não foi do James.
—ele é homem é o dever dele proteger uma mulher ainda mais da família, tome seu café.
Concordei e ele saiu colocando um chapéu preto na cabeça.

—bom dia. Disse e ele só levantou a xícara para mim.
—não vou fazer mais nada imprudente.
—sei sei.
Pareceu mesmo que ele não acreditou nem na primeira letra.
—comprei uma comida para o seu porco feio.
—uma comida?
—uma ração melhor.
—serio? Cadê ele? Sai procurando e estava mordendo uma almofada que estava no chão da sala.
—larga isso! Peguei e voltei pra cozinha.
—seu pai disse que comprou ração nova pra você.
—pai o que? James engasgou com o café e eu fiquei rindo.
—acho que ele aceitou que você é da família.
—na verdade, a ração vai fazer ele crescer mais rápido e depois iremos fazer um churrasco.
—credo James!! Ele não vai comer!
—pai de porco é cada uma.
disse e saiu da cozinha. Escutei a porta abrir e vi a Ana.
—entra!
James colocou seu chapéu também é falou.
—ajuda ela a trocar de roupa e daqui a pouco lembra de tomar outro remédio.
Falou calçando as botas.
—eu não sou uma criança James, sei o que fazer não preciso de ajuda.
—não foi isso que me disse ontem no banho. Ana me olhou de uma vez e eu só falei:
—não! Não é o que está pensando!
—quero sua ajuda James...

Saiu me imitando e bateu a porta BABACA!
—como assim no banho Hailey! Conta agora!
Esse...!!! Ahhhr!
—então...
—então o que sua safada? Vai me contando vamos tirar a blusa
—não preciso de ajuda.
—aparentem só do James né?

Eu ri e ela ainda mais da minha cara.
—fala!!!
Lá vai eu conta a história.
—amiga, mas por que está namorando o Lorenzo então?
—ele me trata bem, me leva a lugares não grita comigo e... além disso meus pais iam adora já que ele é rico.
—tá namorando por você ou por seus pais? Além disse não me parece que você gosta dos compreensivos e sim dos arrogantes.
—eu o James só brigamos.
—ue mas é isso que vocês fazem brigam e depois volta aquela tensão aquele clima, o que foi aquilo no bar? Aquela música e você paralisada parecia cena de um filme.

—com certeza não era pra mim, o James tão pouco é do tipo romântico e eu preciso parar de pensar nele assim afinal hoje eu e Lorenzo vamos tentar novamente.
—tentar o que? Nada disse e ela pegou no ar.
—ainda não? Como não?
—eu fico nervosa!
—Hailey você olha pro James e quer ele nu na cama.
—para de falar essas coisas.
—você sonhou com o James transando Hailey!
—xiii cala a boca.

Passamos a tarde na cozinha e a missão de hoje era me ensinar a fazer bolo.
—qual sabor? Ela perguntou e eu fiquei pensando.
—o Lorenzo falou que ele gosta de bolo de cenoura.
—ia ficar muito estranho eu fazer um bolo para o James?
—eles coziam pra você.
—verdade não tem problema, vamos lá já adianto que nunca toquei em uma panela.
—é perceptível.
—ei!! Cada frase era motivo de risadas.
—e você? Nunca me contou de quem gosta.
—eu não gosto de ninguém.
—duvido, pode ir me contando.
—na verdade... eu gosto de uma pessoa, mas nós nunca vamos ficar juntos então eu nunca se quer insisti.
—mas por que não? Você é bonita, monta a cavalo, já vi que aqui é um pré-requisito além de ser educada e de não se vestir tão brega. Ela riu.
—não é bem isso.
—então o que é?
—Hailey vai deixar seu bolo queimar?
—O QUE, NÃO!

****
Quando estava pronto ela falou que James também não gostava muito de doce o que era verdade já que ele só tomava café sem açúcar, que horror. Então falou que era melhor colocar um tal de creme de leite e não sei mais o que.

Assim fizemos para a calda e nós fomos levar.
—Tio! Chamei ele que estava cuidando de umas flores.
—experimenta. Lhe ofereci um pedaço e ele pegou.
—você quem fez? Questionou.
—com uma pequena ajuda. E Ana confirmou.
—está uma delícia, deixe outro pedaço para mim mais tarde tomar com café.
—claro, que bom que gostou.
—agora você precisa achar seu ogro.
—sei onde ele esta. Subimos mais e exatamente como pensei cuidando do vinhedo.
—James. Ele olhou pra mim sem entender colocou as mãos no quadril e me esperou chegar.
—fez o que agora?
—credo! Ana sorriu novamente.
—fiz um bolo.
—voce? Você fez um bolo?
—posso afirmar que foi ela.
—e eu preciso comer isso aí? Já comeu primeiro?
—se não quiser é só não comer seu grosso!
—me dá isso aí. Pegou um pedaço.
—você não deu um pro meu pai né?
—ate agora não morreu.
—coitado ainda não fez efeito.
—James me dá aqui! Ele mordeu e mordeu de novo e o pedaço acabou. Nada disse.
—e então?
—achei que estaria pior.
—custa falar que está bom?
—é tá bom..
—obrigada, eu já sabia.

Sorri vitoriosa e voltamos.
—Minha linda. Lorenzo falou entrando.
—cumprimente a Ana também.
—eai?
—oi.
—você quem fez?
—eu mesma, o James provou e até agora não morreu.
—serio? Ele sorriu e comeu também.
—está ótimo.
—obrigada.
—queria te convidar pra gente assistir um cinema que vai ter hoje, pra me desculpar, vai ser no carro mesmo é um telão acredito que irá gostar do filme.

—se Hailey for o James vai junto. Meu tio entrou falando escutando o convite.
—eu quero ir, mas por que o James?
—tio, ainda não me desculpou?
—eu não vou ver filme bobo, não sou babá da Hailey.
—escutaram o que eu falei? É o que eu disse e pronto!

Meu pior castigo Onde histórias criam vida. Descubra agora