Meu pior castigo

Acordo

James saiu até a cozinha contando vitória.
Esse miserável! Idiota! Tosco!

—quando ela vai embora? James perguntou ao seu pai, sentando a mesa enquanto tomava café.
—tenha paciência com ela, Hailey não tem o coração ruim.
—ela é insuportável e quanto antes for embora melhor, se ela aprontar mais uma eu mesmo a levo embora.
—te dou a cada do píer se ajudá-la a ser melhor.
James já deu um passo pra trás.
—vai aumentar meu salário também?
—se você se esforçar muito, se que consegue, ela só precisa de uns ajustes.
—ela precisa nascer de novo, é totalmente mesquinha.
—temos um acordo ou não?
—já que vai me pagar tão bem, aceito o serviço de babá. James pegou uma cerveja e foi pra seu quarto.

Naquela noite eu não desci nem pra jantar de tanta raiva que estava dele. Como pode ser tão irritante. Mas é claro que isso não iria ficar assim, Hailey se recomponha e vamos à luta!
Dormi sem ter o que fazer, só observei aquelas cobertas tão estamparas e uns quadros pintados à mão estendidos na parede...

Quando levantei, já era tarde e não percebi a hora, um milagre eu ter dormido te mais tarde sem aquele tosco me gritando, mas logo percebi quando levantei da cama, me arrumei e desci, ele não estava em casa. Mas foi questão de tempo até escutar aquela bota batendo na entrada de casa.
Ele me olhou e franziu a sobrancelha.
—tá levantando agora?
—e qual o problema?
—quantas vezes terei que falar pra você parar de ser folgada que isso aqui não é um spa?
—eu vejo que está bem longe de ser um spa!

Alguém bateu a porta e James olhou e logo reconheceu a voz que o chamava.
—james!
—outra mulher?
—vou perdoar você por hoje se atender e falar que não estou.
—ok, caipira por que eu não retribuiria a gentileza?
Hailey foi até a porta atender toda solicita como se estivesse totalmente disposta a ajudá-lo e abriu.
—pois não?
—quem é você?
—eu quem deveria saber quem está batendo à porta não?
—não preciso de apresentações, cadê o James?
—eu não conheço nenhum James.
—ai! Está brincando comigo? Falou se estressando.
—ahhh o James. A garota do outro lado da porta até achou que ela fosse louca.
—a caminhonete dele está ali, cadê ele?
—ele mandou eu falar que não está em casa.
—como é?
—por acaso você é namorada? Por que se for eu aconselho trocar, odiaria ter um namorado que me evita... mas olha pra mim que homem iria me ignorar não é mesmo? Sorriu pra ela com a maior arrogância do mundo.

—cadê ele?
—James? Meu bem? A garota piscou várias vezes pra ela.
—desculpa é que somos íntimos... ah não dessa forma tipo de família.
—ele está mesmo evitando você, nossa, que tal voltar mais tarde?
—JAMES! Ela gritou e Hailey tomou um susto e pós a mão no coração.

James apareceu fuzilando Hailey enquanto dava passos até a morena na porta.
—por que mentiu pra mim?
—estava ocupado.
—era só falar que estava ocupado.
—por que está falando comigo desse jeito? James questionou mais irritado ainda por acabar de ser traído.
—eu... eu só queria te ver e você mente pra mim e entro aqui com essa garota na sua casa.
—olha, acho que esse negócio entre eu e você já deu, sempre soube que eu não namoro ninguém, era bom pra mim e pra você, mas melhor acabar por favor não venha mais a minha casa.
—james, espera por que está me dispensando assim do nada?
—estou ocupado e sem tempo pra isso.
—como sempre! Ou já se interessou por essa aí?
—ela nem é uma garota de verdade, agora preciso ir.

Hailey só ficou parada na última frase, ele disse isso pra me atingir? Quem mais seria uma garota além de mim? Idiota sou a feminilidade em personificação.
A mulher na porta me encarou com tanta fúria e foi embora batendo à porta.

—o que foi? Perguntei já que ele não parava de me lançar um olhar de morte.
—nada, venha comigo vou apresentar a você seu local de trabalho.
—rum! Hailey só colocou sua outra bota uma roupa cara rosa com alguns brilhos colados e foi saiu de nariz empinado cantando vitória e logo seu brilho foi sumindo.
—eca!!! Que lugar é esse?
—não está vendo? A casa dos porcos.
—CREDO! E ESSE CHEIRO HORRÍVEL! Esquece não vou nem dar mais um passo para perto desse lugar, vamos eu prefiro o celeiro.
—mudei de ideia aqui é melhor pra você, sem opção de troca.
—Eu não vou ficar aqui! Ainda mais com minha roupa linda!
—ninguém obrigou você a se fantasiar pra ir à uma festa. Agora pega os baldes e põe a comida lá no fundo.
—NÃO! NÃO E NÃO.
—quer que eu grave? Pra você postar "superando minhas frescuras"
—hahaha muito engraçado.
—anda logo que não tenho o dia inteiro.
—faça o que quiser não preciso de babá.
—foi o que eu argumentei, agora pega!
—tem luva?
—tem sim e creme para as cutículas também.

Idiota! Peguei o maldito balde e abri a porteira colocando um pé dentro que logo afundou com a lama.
—QUE NOJO!
Coloquei meu outro pé e fui entrando pronta pra vomitar. O cheiro embrulhava meu estômago e a textura em que eu pisava e a lavagem dentro do balde foi de me dando tontura, olhei pra trás vendo ele assistir meu sofrimento com alegria estampado no rosto, lindo com sua barba feita e aqueles cabelos escorridos negros.... Espera! Cancela a última parte!

É claro que eu devia me sobressair em tudo e não dar esse gostinho a ele entrei segurei firme o balde empinei meu nariz e sai marchando naquela lama até jogar a comida deles no lugar. Os porcos começaram a correr para onde eu estava e eu sem querer acabei esbarrando em um e dei um grito. O porco começou a correr atrás de mim feito louco e eu correndo também desesperada quase chorando.
—SAI! PARA! JAMES! FAZ ESSE PORCO PARAR!!!

Ele só sorria s filmava minha situação deplorável.
—AAAHHHHH
Gritava desesperada e vi os outros homens da fazenda parados e rindo enquanto me assistia.
—ABREEEE! Gritei para esse imbecil que mantinha a porta fechada.
—corre em círculos.
—JAMESSSS! Gritei apavorada vendo o porco chegar mais perto com cara de bravo e só vi quando desmaiei de cara na lama.

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Quando fui abrindo os olhos, percebi que estava na sala de casa, os sofás rústicos e o chão de madeira logo tomaram minha vista. Sentei no lugar onde estava e passei a mão no meu cabelo que estava molhado.
—acordou pantufa, achei que tinha morrido.
—engraçadinho, o que aconteceu? Perguntei colocando a mão na cabeça e minha mente logo me bombardeou com a cena caindo na lama. Levantei assustada e olhei pra ele.
—por que meu cabelo está molhado?
—achou que eu ia deixar você deitar no meu sofá com aquele cheiro? Toda suja?
—tá, mas a culpa foi sua seu imbecil, por que não abriu a porta pra mim?
—tava divertido.
—e como meu cabelo ficou molhado?
—água?
— James!!! Você... coloquei as mãos à frente do meu corpo recém violado. Ele veio aproximando de mim e eu assustada a cada passo seu.
—o Que acha que eu fiz?
—quem te deu permissão pra retirar minha roupa?
—está com vergonha? Vai me falar que nunca ficou pelada na frente de ninguém?
—não! Não fiquei! Eu odeio você era pra ser para o meu futuro namorado em um momento especial em um quarto grande com uma cama redonda forrada com seda, champanhe e banheira... idiota.
— que homem vai querer namorar uma fresca como você? Ele me desconcentrava enquanto falava comigo e as vezes no início das frases lançava um sorrisinho de lado mostrando seus dentes bem alinhado.
—a pergunta não é essa, a pergunta é quem eu vou querer namorar, sou eu quem escolho.
—como o primeiro homem que viu e analisando seus tributos não devia ser tão orgulhosa.
—como é?
—tive que retirar sua calcinha e sutiã e não vi nada que pudesse contar vantagem.
—você é tão ridículo!

Eu mordi meu lábio controlando minha vontade de voar no pescoço dele. James afastou de mim quando escutou meu tio chegando.