Banheiro

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HAILEY AT

Eu não estava entendendo nada, James estava visivelmente abalado. Será que o cavalo dele ia ter que ser sacrificado? Melhor nem pensar nisso.

—tio? Você está bem mesmo o que aconteceu? Eu disse para contar para o James.
—bobagem, sente-se vamos comer.
Nós conversamos um pouco e James desceu sentou a mesa calado, com a pior expressão que já vi até hoje.
—o Atlas vai ficar bem meu filho. Meu tio falou quebrando gelo. Ele pegou um pouco de ovos mexido colocou na torrada e comeu.

Eu fiquei até satisfeita até ele falar:
—é o ovos que faz mexido não precisa pôr a casca dele também.
Disse retirando um pedaço branco de casca da boca.
Eu fiz uma careta pra ele, já tá bom de levar uns tapas!
Meu tio ficou rindo e eu também precisava de um banho então subi, queria dar especo para eles conversarem.

Peguei minha toalha achando que Lorenzo já estava no quarto de James, mas não ele estava saindo do banho.
—Eai loirinha.
—oi, o que aconteceu com o Atlas?
—longa história, em resumo atiraram nele.
—por quê? Como assim? Do nada?
—como eu disse longa história.
—James está com uma cara horrível.
—a cara dele já é feia. Lorenzo falou fazendo graça e eu até ri.
—vai tomar banho?
—to precisando. Ele consentiu e eu o vi encarando meu corpo. Mas passei de boa e entrei no banheiro, antes que eu fechasse a porta:
—ah espera, deixa eu folga mais o chuveiro lá em cima que eu deixei fechado.
—ta. Ele passou por mim e esticou o braço para abrir.
—não deixe fechado!
—eu esqueci que você não tem tamanho.
—eu não sou pequena é a mãe de você que em vez de ter dado leite deu adubo.
—olha ela, Hailey de Miami fazendo analogias com as coisas da fazenda.
—haha engraçadinho. Aí eu percebi que o que ele disse realmente fez sentido.
—acho que estou ficando doida já, nem pense que eu vou virar uma caipira.
—você pode virar uma, não tem problemas.
—eu prefiro um lugar grande com piscina, empregados, bolsas e muita compra.
—você é engraçada. Ele me olhou e eu acabei rindo do cabelo bagunçado dele.

Nesse momento James apareceu na porta do banheiro e ficou olhando o jeito que eu e Lorenzo estávamos, nada demais!
—vão morar no banheiro? Preciso usar.
Lorenzo saiu e eu agarrei a toalha.
—vai usar, depois de mim! Fechei a porta e fui tomar meu banho.

Quando eu desci e troquei de roupa, meu tio tinha ido dormir. Eu sai para olhar e James não estava. Mas eu escutei um barulho fomos e os empregados estivesse debatendo algo.
—o que aconteceu?
—o James saiu e pediu pra dar algumas frutas e legumes para o Atlas, só esqueceu que ele não deixa a gente chegar perto.
—posso tentar...
—acho melhor não em.
—eu montei dele uma vez.
—por que o James mandou ele te levar, sabe quanto tempo esse cavalo fez de aulas, ele é extremamente inteligente.
—e bravo também. Um outro falou.
—melhor não mesmo, vai que eu acabo quebrando minha unha. Disse e ia saindo, mas lembrei que foi ele quem me ajudou.

—vou levar, mas só porque não quero ficar devendo nada a ninguém, nem mesmo a um cavalo.
Peguei a cesta com as coisas e fui caminhando até o celeiro. Atlas estava no chão, sem ânimo algum.
Era triste ver ele assim, já que sempre está com um semblante de está atento até uma mosca que passasse.
—oi pocotó tudo bem? Que pergunta idiota essa minha não?

—sei que estou em débito com você... então aqui ô comida e come logo! Falei e joguei umas coisas e já ia saindo, mas ele nem moveu então algo me fez voltar.
Entrei no local que ele estava e Atlas relinchou pra mim bravo.
—calma, calma, sei que você está doente e eu por incrível que pareça só quero ajudar.

Peguei um vegetal e coloquei na boca dele morrendo de medo.
Estendi a mão e virei a cara contando os minutos para ele engolir meus dedos, como imaginei ele relinchou outra vez e eu dei um pulo de susto
—QUER ME MATAR É? Aí ele simplesmente pegou a comida, com um ar de orgulhoso, meu Deus!

Eu senti lá no fundo que ele relinchou para me passar medo. Cavalo tosco! Pior que o dono.
Ele terminou e eu fui dando mais ao final tentei passar a mão na cabeça dele, mas Atlas logo ficou bravo e eu até ia tentar mais uma vez.
—não faz isso! James apareceu furioso e eu afastei.
—você é louca? Vai confiando seu corpo a um animal que nem confia em você.
—eu acho que confia...
—tola!
—ela machucou você menino? Atlas ficou igual a um bobo, fazendo manha e deitando sua cara enorme no ombro dele.
—deram comida pra você? Comeu tudo?
—EU!! eu dei comida para ele.
—anrram ta.
—mal agradecido, a sorte é que não fiz por você, palhaço!

Virei as costas e James falou:
—aonde vai?
—importa? Fugir é que não vou, aliás eu preciso de um carregador!!!
—você ao menos terminou de limpar o outro celeiro?
Putz o celeiro.
—porra, quanto tempo você vai enrolar pra arrumar a merda de um celeiro?
—vai você e arruma então!
—o trabalho é seu não meu! Se eu fosse arrumar já estaria pronto a muito tempo.
—então devia ter feito.
—só sabe torrar dinheiro.

Eu escutei ele comentar e fiquei possessa de raiva.
Eu ia limpar a porcaria daquele celeiro tão bem mais tão bem que ele vai ter que me pagar dobrado.

****
—tudo bem aí senhorita? Precisa de ajuda?
—não preciso não! Falei jogando umas coisas fora e metendo água naquele lugar de madeira. Até que sem toda aquelas tralhas velhas o lugar era bem espaçoso e o cheiro de mofo já havia ido embora.

Eu estava pintando de suor me sentindo um nojo!
Quando escutei:
—o Atlas não quer comer não sei por que... James estava comentando com um outro caipira. Mas aquele cavalo já tinha comido, por que estava fazendo manha para o James?

Meu pior castigo Onde histórias criam vida. Descubra agora