—Prontinha entregue, quer ajuda para descer?
—não não, minha perna já está bem melhor.
—te vejo depois então se precisar de qualquer coisa é só me falar.
—certo.Entrei tranquilamente e meu tio me avistou de longe, com a barra das calças todas sujas como sempre.
—HAILEY, VENHA AQUI!
—ai caramba mais trabalho, já preciso de férias.
—TA! Gritei e fui guardar minhas coisas.
Andando mais lento que uma lesma, cheguei até ele.
—Sua mãe ligou de novo e perguntou de você.
—hmmm, não precisa passar informações sobre mim.
—já conversamos sobre isso, mas vem quero te mostrar uma coisa, acho que ainda não viu.—o que é?
—o James não contou?
—aquele babaca só sabe me insultar.
Nós fomos andando até que ele parou em uma plantação.
—é aqui?
—sabe o que é tudo isso aqui plantado?
—banana?
—não, é o sonho do James.
—o sonho dele é uma plantação? Uau...
—um vinhedo...
—tudo isso aqui plantado é nossos investimentos de anos, das melhores uvas e tudo que a faça crescer bem.
—hmm, eu gosto de vinho... James e vinho... interessante.
—aquele caipira sabe saborear um bom vinho?
—por que trouxe ela aqui?
—James apareceu reclamando
—ela é da família.
—ser da família não quer dizer nada, tenho certeza que fez pouco caso... é bem a cara dela menosprezar as coisas dos outros.
—CONSEGUE PARAR DE ME JULGAR UM MINUTO?
—NAO SE META ONDE NÃO É CHAMADA!
—O MEU TIO ME CONVIDOU PRA VER SEU IMBECIL.
—JÁ VIU? AGORA VA EMBORA!
—James!
—O QUE? ELA SEMPRE METE ESSE NARIZ EM QUALQUER LUGAR DANDO OPNIÕES QUE NINGUÉM PEDIU!
—QUAL O SEU PROBLEMA?
—NÃO PERCEBE, TÁ TÃO ÓBVIO!Por que ele fazia tanta questão em me odiar? Esse caipira filho de uma mãe!
—você faz meus dias aqui serem um inferno.
—espero que esteja gostando.
—babaca! Dei a volta e fui embora.
Ainda escutei meu tio e ele discutirem, mas nem me importei.Assim que eu entrei em casa, não percebi, mas James estava atrás de mim.
—o que acha que está fazendo?
—você outra vez?
—precisa arrumar o celeiro!
—James eu estou cansada! Por que não arruma você?
—por que o trabalho é seu!
—ta, ok, qualquer coisa pra não ficar aqui escutando essa sua voz irritante e vendo sua cara.
James cerrou os olhos e eu sai fingindo não está querendo enterrar ele vivo.Comecei a retirar as coisas na força do ódio e ainda dei um grito quando quebrei uma unha, não tinha como esse dia ficar pior.
É aquela coisa não é... sempre pode piorar. Quando acordamos em um dia que não é pra ser nosso nada sai como o esperado ou pelo menos o mínimo.
Depois que foi dando minha hora de trabalhar eu entrei para casa e fui tomar banho, esbarrei com ele no corredor e nenhum deu a mínima seguindo para os quartos.Troquei de roupa e hoje meu tio iria me levar. Ele sempre estava antecipado e já me esperava.
—Hailey!
—já estou pronta! Disse e desci as pequenas escadas de madeira, peguei minha bolsa e ele me olhou espantado quando viu minha blusa preta de brilho.
—o que? Eu sou fashion...
—tá bom. Ele disse e nós fomos.A noite estava tão estranha, muito calma, eu mesma não estava fazendo nada somente atendi uma mesa a noite inteira.
—oi... era a menina de mais cedo.
—você... não me disse seu nome.
— é Ana Lúcia.
—típico mexicano. Murmurei.
—oi?
—o que vai querer?
—uma caixa de bebida.
—não tem cara de quem bebe tanto.
—não bebo, mas vou levar para o píer.
—píer?
—não notou o movimento baixo?
—claro, estava pensando nisso agora mesmo.
—o Lorenzo esta dando outra festa no píer da fazenda Sanchez.
—sanchez?
—sim, sempre usando o nome do Lorenzo para encobrir que o professor James quem sempre inventou as festas. Ela disse e sorrio.—uma pena que você tenha que trabalhar, eu te daria uma carona podia ir comigo.
Achei interessante, por isso o Lorenzo não podia me buscar?
—espera só um segundo.
Não é por que um não cai nos meus dramas que eu perdi meu talento.
— chefe... será que eu não poderia ir embora agora? Minha perna começou a doer demais e quase não tem pessoas... aí...
—é, hoje o movimento está bem fraco... tá pode ir.
—obrigada, Ana me ajuda?
—claro, seu pé está até inchando.
—pois é... aí. Sai reclamando com uma voz de manha e entrei no carro dela.Pequeno também, um ovo pra falar a verdade.
Mas já que era tudo que tinha fazer o que, que saudade do meu motorista e daquele carro incrível.
—já foi ao píer não foi? Ana perguntou.
—não, o que eu iria fazer lá?
—é divertido...
—eu duvido que um monte de gente bebendo em um lugar pacato seja divertido.
—tenho certeza que daqui a algumas vezes você vai sentir falta.
—se tem algo que eu posso afirmar é que não sentirei falta desse lugar.
Ela só deu um sorrisinho e perguntou se minha perna havia melhorado sorrindo outra vez—estamos quase chegando.
—nossa tudo aqui é longe meu Deus.
Depois de andarmos mais alguns minutos ela estacionou.
—temos que ir à pé agora, o Lorenzo que no caso é o James já proibiu que colocassem os carris próximo demais.
—qual o sentido? Tinha que vir dele né.
—só está estudando com a gente a alguns dias s já o conhece tão bem?
Eu não sabia se ele de fato se importaria que eu falasse abertamente que ele é meu meio primo ou seria mais um motivo pra ele me detestar, enfim...
—boatos, as pessoas aumentam, mas não inventam.
—ah ele é tão divertido.
—tá falando de quem? Aquela música alta estava me matando, nada civilizado.
—dele. Ela apontou e lá estava James sem camisa com um copo de cerveja na mão.

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Meu pior castigo
RomanceVem se divertir nesse romance com Hailey, uma patricinha que tem tudo que quer, seus pais fazem questão de bancar todo o luxo da única filha de 23 anos cursando administração em Miami. Por outro lado temos James, um rapaz que não disfruta de tantas...