🎉Festival ✨🎊

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Assim como a espetada também estava esperando James me chamar de burra, mas por incrível que pareça ele levantou apressado.
—o que você está fazendo? Sua tonta! Retirou a agulha da minha mão na maior pressa. Depois colocou um pano no meu dedo para estancar o sangue tudo em questão de segundos.
—não está doendo mais James.
—DA OUTRA VEZ FOI UM COPO E AGORA UMA AGULHA, NA PRÓXIMA VEZ VAI FICAR SEM A MÃO? PORRA PRESTA ATENÇÃO.
—ei ei ei! Que isso James? Tá estressado?
Meu tio falou e eu não conseguiu para que olhar James.

—devo ter perdido o juízo mesmo. Falou e saiu, eu estava hipnotizada e até meu tio achou estranho.
—o que aconteceu com ele?
—eu... eu não faço ideia.
—deixa eu tentar.
Depois de termos dado alguns pontos eu coloquei um band-aid no dedo e saímos para o centro da cidade. As pessoas passavam ao lado da caminhonete com seus longos vestidos também, maquiagens chamativas e o local estava cheio de bandeirinhas coloridas por toda a parte é uma enorme do México.
—que hermoso se ve hoy! Lo mejor día del año.
Meu tío comentou.

A música e as faíscas saindo das danças, barracas de comidas típicas por toda a parte e até um moço com um chapéu enorme de Nacho.
—que brega, ninguém mais usa isso. James falou.
—não é brega é a tradição.
Ele estacionou e nós descemos do carro. Meu tio foi entregar algumas coisas e eu fiquei esperando James fechar o carro. Mas ele estava demorando, eu olhei para trás e ele continuava sentado só que apertando o volante com muita força.
—James tá tudo bem?
—to ótimo, vai na frente.
—não, não vou sem você o que aconteceu? Abri a porta que ele estava e a expressão não era das melhores.

—você tem algum remédio aí? Trouxe algo? O que está sentindo?
—sai daqui Hailey, vai fazer... qualquer outra coisa.
—mas você está mal!
—FALEI PRA VOCÊ SAIR!
—IDIOTA! Bati à porta do carro e comecei a andar pra longe. Eu logo me arrependi então fiquei observando um pouco de longe tendo a certeza de que ele iria sair e James minutos depois fez isso.

Bom ele me parecia bem, então pouco tempo depois encontrei Ana.
—nossa Hailey ficou linda.
—acredito que você estava ainda mais, nunca tinha te visto de vestido.
—eu gosto de causar impacto. Nós rimos e ela foi me mostrar cada coisa, comida, bebida, dança.
Vi meu tio ajudando um senhora em uma barraca e já fiquei de olho.

—VEM DANÇA! Ana gritou pra mim entrando no meio da multidão.
—vai estragar meus saltos.
—VEM LOGO.
Era uma coreografia e eu não fazia ideia de como fazia, só olhava para o lado e ia copiando.
Uma fila de mulheres e outra de homens.
As mulheres saldaram e no ritmo da música iam dançando e se entrelaçando enquanto eu seguia junto, embora perdida.

Meu cabelo pulava e os babados da roupa também sorria grande para Ana e acompanhava a música depois de algumas entrelaçadas o homem que vinha passar o braço no meu era Lorenzo e então eu lembrei que ia ter que dar sua resposta essa noite. Eu já sabia o que queria, não podia namorar outro além dele.
—Loirinha, você está linda.
—obrigada, só meu cabelo que não está em bom estado.
—está lindo sim, um pouco rebelde, mas lindo.
—então tá, já viu que não sei dançar isso né?
—você está indo bem para uma novata.
—já devo ter pisado no pé de no mínimo uns três.
—direita agora. Eu fui e ele riu de mim.
—vou buscar algo para beber você quer?
—pode deixar que eu pego, certeza que todos os pés aqui irão agradecer, além disso meu tio está em uma barraquinha com uma senhora e eu quero ver quem é.
—tudo bem, te espero por aqui.
—tá bom.

Eu sai da multidão e andei e andei, sendo empurrada e empurrando. Parece que o México inteiro estava aqui hoje. Vi James bebendo uma enorme caneca de chopp, passei por ele e o escutei falar:
—vai pegar um resfriado andando com esses ombros pra lá e para cá amostra.
—pelo contrário, dancei tanto que aqueceram.
—vai conseguir passar a noite inteira pulando?
—qual sua preocupação nisso?
—não estou preocupado.
—então cuide de si próprio.
—pare de ser teimosa. Falou e veio até mim retirou sua jaqueta e colocou sobre meus ombros eu não entendi nada depois desse gesto.
—por que faz isso?
—isso o que? Questionou me olhando bem no fundo dos meus olhos enquanto suas mãos arrumava sua roupa em mim.
—por que grita comigo, faz pouco caso da minha pessoa, fala coisas que me machuca e depois me entrega sua jaqueta como se nada tivesse acontecido em momento algum? Age como se quisesse cuidar de mim quando na verdade a maioria do tempo me esnoba... o que é isso James?
—não é necessário pensar tanto só por que te entreguei minha jaqueta.
—então pra quantas pessoas já entregou sua jaqueta? Preocupado se ela iria ficar doente ou não?
—não sei.
—não sabe ou não tem?
—não estou apaixonado por você se é isso que quer saber.
—na verdade não era o que eu queria ouvir, mas parece que é o que preciso saber.

Nós encaramos por mais algum tempo e parecia que estávamos conversando com os olhos sem qualquer com que seja fosse pronunciado.
—pegue sua jaqueta, eu não preciso dela.
—pode ficar.
—já disse que não quero. Comecei a retirar e ele colocou a bebida de lado e tentou por de volta a roupa em mim.
—para de besteira!
—só não quero nada de você!
—ah não quer nada de mim Hailey?
—o que você teria para me oferecer? Gritos! Obrigada!
—se retirar eu vou colar na sua pele.
—compre uma boa cola.

Eu a entreguei estendendo no meio do seu peito. James por um segundo ficou louco e deu um passo suficiente até mim. Agarrou meu rosto e me beijou....

Meu pior castigo Onde histórias criam vida. Descubra agora