Capítulo 35 - ❝Bebedeiras e Arrependimentos❞

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        O som certo momento começou a ficar cada vez mais alto, me levando a crer que estávamos perto. Minha mão ainda segurava a mão de Tom quando as luzes tomaram nossa visão ao fazer uma curva. Muitas pessoas juntas em um único lugar, cheirava a tudo menos uma coisa que faria bem a meus pulmões. Álcool, cigarro e outras coisas, tudo a "céu aberto", ninguém ali se importava se alguém estava vendo algo, o que me fez crer que, por mais insalubre fosse, ninguém sequer se importaria quem somos.

- A meta é sair vivo então? - comenta Georg perto de nós, nos levando a rir - Vibe jogos mortais.

- Basicamente - concorda Bill com Gustav ao seu lado negando com a cabeça.

       Nos encaixamos em um lugar perto de onde ficavam as bebidas, sofás feitos de pneus e estofados finos e sujos, mas não tinha outra coisa. Quando entramos a primeira coisa que veio a mente era: Como Tom sabia desse lugar? Mas eu apenas escolhi me manter quieta, aproveitar primeiro, perguntar depois.

      Nos sentamos já com nossas bebidas, fiz questão de pegar algo mais forte que cerveja, me sentando ao lado do guitarrista que me olhou arqueando uma sobrancelha. Lhe ofereço apenas esticando a garrafa da vodka que queimava minha garganta a cada gole

- Melhor ir com calma - fala alto perto de mim, com os meninos concordando.

- Eu to indo com calma - dou outro gole, tentando conter outra careta.

- Lia, é sério - tenta pegar da minha mão e eu puxo a garra de volta

- Vou dançar, quem vem? - pergunto, mudando de assunto e já indo na direção de onde as pessoas dançavam, mas nenhum deles veio comigo.

       Era perigoso eu ficar sozinha? Sim, mas queria um pouco de liberdade, então apenas continuei indo até a pista onde comecei a dançar sozinha. Sentindo a música me balançar em meio a goles da bebida que já não queimava minha garganta.

        Eu sentia que cada minuto que se passava, mais o álcool ganhava poder sobre meu corpo e isso foi me deixando ainda mais leve, tão leve que meus olhos começaram a pesar ao ficar chapada de tabela por conta de um casal que fumava um fininho do meu lado. Olhos esses que buscaram por Tom em certo momento, com a minha visão o achando ainda no mesmo lugar, com uma garrafa de cerveja em uma mão e na outra um cigarro, que eu não fazia a mínima ideia do onde tinha saído. Ele então me olhou, ainda sério, levando o cigarro até a boca e o tragando, aquilo tinha sido sexy demais para apenas uma tragada.

        Sem desviar o olhar volto a dançar, mexendo meu quadril de um lado para o outro, com meus braços se movendo ao meu redor de forma leve. O sorriso do Kaulitz então cresceu um pouco, se levantando e vindo até mim. As mãos quentes rodearam minha cintura novamente, se encaixando com perfeição, com ele começando a dançar junto a mim. De costas para Tom, sentia seu membro crescer pelos tecidos, me levando a me mexer cada vez mais.

- Não acho que agora seja uma boa hora, gatinha - sussurra em meu ouvido, comigo sorrindo para ele.

- Toda hora é hora, Tommy - sussurro de volta, me virando para ele e então o beijando.

         O gosto quente me invadiu, a sensação quente ao pé da barriga e que me fez estremecer enquanto minhas mãos se apoiavam em sua nuca. Era inebriante cada parte de seu toque, cada vez que parava para me olhar, toda vez que aproximava mais nossos corpos comigo sentindo a rigidez que tinha em si, me causando ainda mais calor. Suas mãos se detinham aos meus quadris, os apertando e nos mantendo próximos, o calor dos dedos me dedilhando então surgiram em meu sistema nervoso, me causando um leve gemido, o levando a se afastar com um sorriso libertino no rosto.

- Vou pegar outra cerveja, precisa de algo? - eu nego, levantando a garrafa de vodka ainda na minha mão, com ele respirando fundo e concordando - Não sai daqui - eu apenas concordo, o seguindo com o olhar, presa no corpo esguio.

❝Live Every Second❞ | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora