- Mas que porra é essa? - escuto gritarem, me acordando em um susto.
Meus olhos tentaram se acostumar rápido com a claridade enquanto meu corpo tentava assimilar que eu tinha acabado de cair no chão. Meu corpo doía não só pelo tombo e susto, o que me fez ficar ali no chão mesmo.
Eu e Tom chegamos por volta das cinco da manhã, não tinha olhado direito no relógio, apenas me joguei na cama e dormi. Antes de virmos pro hotel, como ele mesmo tinha falado, passamos em uma farmácia e compramos remédio pra dor, mas não tinha muito o que fazer, teria que me virar com maquiagem para esconder a marca da mão dele.
- Lianna, menina, o que aconteceu com seu pescoço? - escuto Alex perguntar, comigo resmungando no chão e espirrando, por conta do pó embaixo da cama.
- Isso aí não tá saudável, ele já ouviu falar em "não"? - questiona dessa vez Leona, comigo me virando de barriga para cima para olhá-las.
- Se eu conseguisse falar - resmungo me sentando e bocejando - Bom dia pra vocês também - me levanto me apoiando na cama, soltando um grunhido de dor - Alguém viu uma sacolinha de farmácia?
- Como que isso aconteceu? - questiona Alex, com a minha irmã me jogando a tal sacola.
- Soca forte - é a única coisa que digo em meio a um bocejo, indo até a água pra tomar o remédio para dor.
- Soca forte? Isso é divida de jogo - rebate minha irmã comigo a vendo sentada na cama que estava - Como vai esconder isso do papai?
- Ótimo questionamento - falo dando outro bocejo - Eu dou um jeito, tenho algumas maquiagens.
- Eu com certeza te ajudo - se prontifica a ruiva e eu sorrio de volta - Voltamos hoje?
- Sim - respondi coçando os olhos e voltando a me deitar, abraçando o travesseiro - Mas não vamos ficar por muito tempo em casa, vamos começar uma turnê pela europa. Álbum novo, essas coisas.
- Georg me contou - comenta a loira me olhando - Me chamou pra ir junto, mas falei que ia ficar com o papai.
- Vocês sabem que uma hora o pai de vocês vai ter que ficar sozinho, não sabem? - questiona a ruiva, comigo e Leona nos olhando.
- Sabemos, mas não agora, é recente demais - articulo com a ruiva concordando com a cabeça - Falando em voltar pra casa, amanhã eu vou no hospital.
- Acho bom - rebate a mais velha - Isso aí deve ser classificado como abuso - na hora eu jogo um travesseiro nela, resmungando com o incômodo em seguida.
- Foi totalmente consensual, graças a deus - murmuro o final, me sentando encostada na parede - Vou fazer exames antes da turnê, saber se eu tenho algum indício do que a mamãe tinha, deveria fazer também.
- Já fiz - responde rapidamente, se levantando e suspirando, começando a juntar as coisas espalhadas para arrumar as suas coisas - Eu sou infertil.
- Infertil? - Alex e eu perguntamos juntas, comigo me aproximando.
- Sim, tenho cistos no ovários e má formação nas trompas - explica dobrando algumas roupas - Não tenho câncer, mas sou infertil, descobri pouco depois da mamãe em um exame de rotina - dá de ombros, como se não fosse importante.
- Mas você queria ter filhos, nana - eu sentia que ela estava chateada, mas ainda sim tentava levar a vida, afinal, não tinha muito o que fazer.
- Ainda posso ter, só não de sangue, e por mim tudo bem - diz me olhando - Georg não se incomodou - certa surpresa me atingiu. Ela já tinha conversado isso com Georg, essa coisa de ter filhos, isso é um passo e tanto se tratando da minha irmã.
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❝Live Every Second❞ | Tom Kaulitz
Dla nastolatkówLianna é uma garota de 18 anos que sempre sonhou em viver de música, barrada de seus sonhos pelos pais que não viam futuro nisso. Seu futuro então muda quando, em uma noite, ela conhece Tokio Hotel, uma das mais famosas banda de rock emo da Alemanha...