Era quinta feira, eu trabalhei durante esses dias todos na música, tentando chegar o mais perto do que eu achei que seria perfeito. Eu saía do estúdio só pra comer e tomar banho, às vezes eu dormia aqui, principalmente porque tínhamos que ensaiar pros shows do fim de semana. Então esses dias foram ensaios, ensaios, escrever e mais ensaios, de certa forma, todos nós estávamos vivendo dentro do estúdio nesta semana.
Quando deu por volta da hora do café da manhã, saí do estúdio e fui procurar o Bill. Essa noite tinha sido uma daquelas que eu não consegui dormir, então virei compondo. Passo pela sala e escuto as vozes vindas da cozinha, me fazendo ir até lá.
- Bill, preciso falar com você - digo chegando na cozinha, atraindo a atenção dos quatro que me olharam assustados - Que foi?
- Você... Dormiu essa noite? - pergunta o gêmeo mais novo.
- Não consegui, tá tão ruim assim?
- Não - Georg, Gus e Bill negam.
- Tá parecendo um guaxinim, só faltou as orelhinhas e as mãozinhas - diz Tom fazendo gestos para as partes que citou, me levando a lhe dar o dedo do meio.
- Ok, o que precisa? - diz o Kaulitz gentil se virando para mim.
- Na verdade, acho que... É uma boa os quatro virem - indico com a cabeça.
- To comendo - avisa o gêmeo mais velho.
- Então fica - dou de ombros, saindo andando na direção do estúdio, ouvindo os passos atrás de mim.
Ao entrar, pego a guitarra e ligo ela no amplificador dessa vez, arrumando a alça e posicionando ela decentemente. Eu tenho passado tanto tempo colado nesse instrumento, que eu to quase virando uma só com ele.
Depois que vejo os quatro ali, suspiro e olho pro papel apoiado no banquinho da bateria, começando a dedilhar a melodia, começando de forma compassada, calma e prosseguindo assim pelo início da mesma, começando a cantar a letra que eu tinha composto. A música era agitada, quente e viva, mesmo que a letra fosse um tanto agressiva, dependendo do ponto de vista.
Quando terminei, olhei pros quatro pareciam analisar até agora. Eu estava nervosa, tinha acabado de chegar, não tinha direito de tomar liberdade para escrever uma música, ou era isso que eu achava e sentia.
- Já tem nome? - pergunta o vocalista.
- Make me wanna die - ele apenas concorda, olhando para os demais.
- O que acharam?
- Boa, muito boa - diz Gus e Georg concorda.
- Estava presa aqui a semana toda por causa dela? - perguntou Tom encostado na batente da porta, comigo apenas agitando a cabeça, com ele olhando para o Bill, que o incentiva a falar com o olhar - É boa.
- Tá incrível - Bill fala rapidamente, comigo sorrindo - Podemos fazer algumas alterações? Pra encaixar melhor algumas coisas.
- Sem problemas - sorrio, tentando conter a alegria. Eles pareceram aceitar muito bem e isso me aliviava.
- Ta, agora vai tomar um banho e tenta dormir, você tá com uma cara péssima - resmunga o Kaulitz mais velho.
- To tão ruim assim? - olho indignada para os outros que concordam um pouco - Ok então - tiro a guitarra de mim e a coloco no apoio, passando por eles e indo pro meu quarto.
Acordo e já era noite. Assim que meu corpo entrou em contato com o colchão, eu dormi imediatamente, nem lembro de sequer ter feito um movimento a mais na cama além de puxar a coberta pra me cobrir.
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❝Live Every Second❞ | Tom Kaulitz
Ficção AdolescenteLianna é uma garota de 18 anos que sempre sonhou em viver de música, barrada de seus sonhos pelos pais que não viam futuro nisso. Seu futuro então muda quando, em uma noite, ela conhece Tokio Hotel, uma das mais famosas banda de rock emo da Alemanha...