❝Live Every Second❞ | Tom Kaulitz

Capítulo 56 - ❝Qual é a sua emergência?❞

 .-Tom Kaulitz-.

       Eu não fazia a miníma ideia de que horas eram, só que aquela garota não foi o suficiente para me fazer esquecer o que sentia, aquele vazio existencial que eu sabia que perduraria por mais longos dias.

      Tudo o que fiz foi voltar para a mesa, encontrando apenas Bill ali, o que era estranho, já que achei que ele provavelmente estava dançando a uma hora dessas. 

       Os olhos idênticos aos meus me fitaram e forçaram um sorriso. Esse era aquele momento que eu via meu irmão alto, talvez um pouco bêbado, lamentando pelo fim de um relacionamento que não era dele. Bill já tinha dito para mim que Lia era importante para ele a nível o quanto eu era importante, compreensivel, ela tinha se tornado a amiga que ele precisava a anos e não tinha, nenhuma namorada minha foi verdadeiramente próxima dele e Lianna tinha conseguido o feito de se tornar parte de nossas vidas de forma que agora, longe de nós, nos fazia sentir o mesmo vazio, mesmo que de formas diferentes.

- Onde eles foram? - pergunto não ousando tocar no assunto. Não queria piorar a situação dele questionando como ele estava.

- Leona ligou pro Georg e Gustav só falou que já voltava - respondeu dando outro gole na bebida, que dessa vez era, muito provavelmente, vodka e red bull.

- Saíram a muito tempo? - Billy apenas negou se encostando no banco.

       Odiava ver meu irmão daquele jeito, era estranho e incômodo a forma que ele tomava as minhas dores para si, então eu costumava apenas esconder e lidar sozinho. Poderia ser um erro, Bill é minha outra metade em muitos sentidos, somos irmãos gêmeos e muito além disso, somos melhores amigos, eram raros os segredos que tinhamos que o outro não sabia, e se não contavamos era porque realmente não queriamos contar a ninguém.

      Toda aquela situação era uma droga, ver ele tentando fingir que o meu termino também não o afetava, primeiro por, provavelmente, se sentir no dever de se afastar da Lia para não me machucar, e segundo por não querer me ver do jeito que eu estava. Então, se eu não fosse ficar bem, ao menos deveria fingir, tirar esses fardo do meu irmão de cuidar de mim, ele não merecia essa preocupação para a cabeça.

     Antes de falar qualquer coisa, Gustav voltou para a mesa, as mãos nervosas segurando o celular e o semblante franzido, parecendo preocupado.

- É, então, eu preciso ir - balbuciou, coçando a garganta em seguida.

- Aconteceu alguma coisa? - pergunto enquanto Bill se aproximava para ouvir melhor.

- Nada que precise se importar - contudo, novamente, antes que eu ou Bill falassemos algo, Georg apareceu tão preocupado quanto o guitarrista.

- Eu tô indo - indica para a porta, me levando a franzir o cenho. O que tá acontecendo?

- Não mesmo - rebate meu irmão se levantando - O que aconteceu que os dois tem que sair agora? - indaga cruzando os braços irritado.

      Gustav e Georg então se olharam, quase que trocando pensamentos, ponderando se contariam ou não.

- A Leona acabou de me ligar desesperada falando que chegou em casa e a garrafa de bebida do pai estava seca e as chaves do carro tinham sumido - Georg se põe a falar, parecendo nervoso.

- E ao que parece, a Lia  saiu dirigindo bêbada por aí - Gustav volta a nos olhar, engolindo em seco - A Alex ligou no telefone de casa e ela não atendeu, então ligou no celular e mandou ela voltar para casa. Isso já faz uma hora e ela ainda não apareceu.

      O desespero subiu pela espinha, me travando no meu lugar de forma que eu odiasse a sensação de estar caindo, mesmo que não estivesse. As mãos suaram e minha garganta se secou. Era óbvio que ela não estava bem.